Há muitos anos que a Irène fazia parte da paisagem do "Café de Flore", ali no boulevard Saint-Germain. Do seu posto de comando, onde são emitidas "las dolorosas", escrutinava com os seus belos olhos bem azuis toda a sala e, não raramente, espalhava raspanetes para orientar o serviço.
Durante anos, ao passar turisticamente por Paris, via por lá a Irène, sempre elegante, de cabelo à "garçonne", mas nem lhe sabia o nome. Neste último ano, através de amigos comuns, ela passou a ser o nosso primeiro contacto, nas passagens regulares pelo "Flore". Procurava-nos as melhores mesas, dava notícias da passagem de conhecidos. Até ontem.
Ontem, a Irène fez a sua última noite de trabalho. Há meses que nos falava desta data. Vai reformar-se, gozar "a vida que resta". Parecia triste. Sem nostalgias mas com grande simpatia, fomos dizer-lhe adeus. E não fomos os únicos.
Ontem, a Irène fez a sua última noite de trabalho. Há meses que nos falava desta data. Vai reformar-se, gozar "a vida que resta". Parecia triste. Sem nostalgias mas com grande simpatia, fomos dizer-lhe adeus. E não fomos os únicos.
4 comentários:
Claro que também já gosto da "Irène"...
Presumo que só vai banir as ameaças do insidioso cansaço, para melhor recordar o auge e promover a Sua calidez...
Fique descansado.
Isabel Seixas
A Irène disse-me que ainda irá ao Flore no dia 31, o verdadeiro último dia!Eu é que não estarei lá - escala técnica em Lisboa a caminho do Rio de Janeiro - mas vou mandar~lhe flores. Sugiro a todos os que a conhecem que o façam também. Merece-as inteiramente!
Senhor Embaixador
Acaba de me dar uma novidade. Que vou transmitir, para já, aos amigos daí, com quem partilho o gosto de comer no Flore.
Madame Irene era uma instituição. E vai, para muitos, continuar a sê-lo!
Para descobrir "La Fine Flore de Saint-Germain" un artigo de Sophie Fontanel (ELLE 2005) e "devenir un habitué".
Irène é referida no artigo, bien sûr...
http://www.cafedeflore.fr/in/wp-content/uploads/2009/10/elle2000.pdf
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