segunda-feira, março 22, 2010

Craques

Aí duas vezes por ano, os telejornais da hora do almoço das televisões portuguesas enchem-se de imagens da chegada ao aeroporto da Portela de novos reforços para os "grandes" clubes. Normalmente, são futebolistas brasileiros, descobertos pelos seus "olheiros". Nas peças, seguramente com base em informações fornecidas pelos clubes, esclarece-se, por exemplo, que se trata de "um excelente médio-ala, com muita rapidez na progressão no terreno" ou "um jogador de área, forte no choque e com um bom pé direito", que marcou, no último ano, x golos no Cruzeiro do Piauí ou coisa assim.

Na entrevista, o "craque", empurrando o carrinho de bagagens, quase sempre de óculos escuros na testa, por vezes já com um cachecol do clube, com um atento "responsável" à ilharga, este por definição agarrado ao telemóvel, diz que o o seu "sonho foi sempre representar o  grande clube que é o Porto (ou o Sporting, ou o Benfica - é indiferente)" e que espera "dar grandes alegrias à massa associativa".

Embora siga com alguma atenção o futebol português, verifico que, não raras vezes, essa é, praticamente, a última vez em que ouvimos falar desse "craque", cuja "adaptação" não terá sido "a mais feliz" e que, meses depois, é cedido a clubes de menores ambições.

Teria imensa graça - mas exigiria uma também imensa e não plausível coragem! - se alguém se dispusesse a fazer uma reportagem sobre o posterior percurso dessa multidão de "craques" que arriba a solo português, confrontando os discursos elaborados sobre eles à chegada - feitos com o apoio "teórico" de "A Bola, do "Record" ou de "O Jogo" - com a avaliação da sua "prestação" efetiva nos clubes de primeiro destino. Mas não deve haver tempo: estão quase a chegar por aí os novos "craques" para a temporada 2010/2011...

6 comentários:

C.Falcão disse...

olá! Que tal "les souvenirs" do Cairo?

E não é só no futebol!.. Dos fracos não reza a história.
É certo que não podem ser "recebidos" com dúvidas.
Enquanto houver esperança...
A importância dada pelos média? Vender o jornal e informar.
C.Falcão

Anónimo disse...

Então e o Egipto? E as pirâmides (até me lembrei da anedota!)? O Nilo? E as gentes daí? E Alexandria, o Cairo? Não há relato, Embaixador? Estamos ansiosos!
P.Rufino
PS: aqui há uns tempos, li algures que teria sido encontrada uma estátua de Cleópatra, no fundo do mar, esculpida, supostamente, à época. Estará no Museu do Cairo?
AH! O Futebol, bom, mais pancadaria, menos pancadaria entre adeptos, segue igual. Com o Benfica a um passo do título. Portista sofre. Mas agora o que nos interessa é o…EGIPTO, visto por Sexa!
Abraço!

Anónimo disse...

...e Senhor Embaixador, teremos que admitir, que o "seu" clube é dos que tem crónicas mais engraçadas sobre esse tema. Lembro-me do craque de nome Careca que o Presidente Sousa Cintra apresentou como sendo melhor que Pélé....e era, o Pélé fazia a bola desaparecer mas este Careca conseguiu desparecer por inteiro. A "contratação" do Rijkaard também foi divertida.

Há tantas...dariam um livro muito divertido para ler em viagens curtas de avião.

Helena Oneto disse...

Estamos tod(a)os muito curios(a)os!:)Conte-nos Senhor Embaixador, foram a Rosetta ? à Biblioteca de Alexandria ? ao Mosteiro de Santa Catarina ? ao Sinaï ? a Luxor ? a Esna ? a Thèbes ? ao vale dos Reis ? ao Vale das Raínhas ? a Edfu ? a Abu Simbel ? a Isis ? a Philae ? à Ilha Elefantina ? a Basma ? a Assouan ? a Abu Simbel ao nascer do sol?

Please, conte-nos histórias de encantar Senhor Embaixador (as de futebol dão vontade de chorar...)

Amadeu Magalhães disse...

Para quem se interessa por seguir a carreira dos "ditos" craques, a Internet tornou-se uma ferramenta bastante útil.
Vejamos no caso do "seu" Sporting onde andam algumas glórias do passado:

CRAQUES E FLOPS LEONINOS

http://craqueseflopsleoninos.blogspot.com/

AMADEU MAGALHÃES

margarida disse...

...Quanto mais imploramos, mais se esquiva, damas e cavalheiros.
Sorrirá q.b. até, enquanto pondera no tema – qualquer outro tema! – do próximo ‘post’.
Temos uma “Excelência” provocadora e arreliadora; resta-nos aguardar que lá pelo Natal nos fale das areias escaldantes do deserto, dos narguilés e da dança do ventre.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...