sábado, junho 20, 2009

Dîner en blanc

É uma tradição parisiense, com mais de 20 anos. Há dias reuniu mais de 8 mil pessoas. Numa convocatória boca-a-boca (mais recentemente, por SMS), os "happy few" informados deslocam-se, vestidos de obrigatório branco, numa noite pré-anunciada entre eles, para um local de Paris, que só é conhecido à última da hora, e fazem um piquenique, com bebidas e comida que cada um traz, em mesas portáteis, decoradas à moda que entendem, com o branco como regra. É uma manifestação "não autorizada", mas que nunca foi proibida. Este ano, teve lugar na Place da la Concorde. Elitista? Talvez, mas com muita graça. Coisas de Paris.

sexta-feira, junho 19, 2009

O "Lisboa"

Reconheço que se trata, talvez, de uma atitude muito geracional. Mas, tenho de confessar, a desaparição, já há quase duas décadas, do "Diário de Lisboa" acabou por ser, para mim, algo traumática, no saldo de memória da imprensa portuguesa em que fui criado. Por isso, a morte do seu antigo proprietário e director, António Ruella Ramos, agora ocorrida, associa-se a essa tristeza e convida aqui a uma nota sobre o jornal.

O vespertino lisboeta foi, durante as décadas da ditadura, uma referência diária na imprensa democrática portuguesa. Tentou sempre representar, ao lado do "República", um espaço para as vozes dissidentes, muito mais do que o equívoco "Diário Popular" (que me desculpem os amigos que por lá tive) e bem antes de "A Capital" - um jornal que resultou da saída , em 1968, de um grupo de jornalistas do "Lisboa". Uma anedota oposicionista espalhava então que os ardinas, pelas ruas de Lisboa, anunciavam assim os quatro jornais da tarde: "Lisboa / Capital / República / Popular!".

O "Lisboa" era um jornal diferente de todos os outros. Menos "popular" que o "Popular", menos "reviralhista" que o "República", menos "à la page" que "A Capital". Para nós, os fiéis, tinha códigos de leitura muito próprios, tinha entrelinhas que nos animavam as tardes nos cafés, funcionava como um repositório de esperança democrática. E tinha gente nova, que aí escrevia, com quem nos cruzávamos, depois da saída do jornal, na "Brasileira" ou no "Monte-Carlo".

Para mim, que "aderi" ao jornal aí por 1966, marcaram-me muito os tempos de "Mosca" (um suplemento humorístico dos sábados, que fez história), do DL Juvenil (suplemento literário para jovens, por onde passou quase tudo quanto "foi gente" na cultura portuguesa imediatamente posterior) e do seu destacável cultural (creio que às 4.ªs feiras, num tempo em que todos os vespertinos mantinham espaços idênticos). Comprar o "Lisboa" era um "vício": imaginem o que seria, nos dias que correm, esperar pelo jornal de ontem, a meio da tarde do dia seguinte! Pois era isso que nos acontecia, pela província onde passávamos férias, disputando com ardor os escassos exemplares vendáveis. Eram outros tempos! Melhores? Claro que não, apenas muito diferentes.

O "Lisboa" teve na redacção nomes da literatura como Sttau Monteiro, Cardoso Pires, Urbano Tavares Rodrigues, Carlos Eurico da Costa, Fernando Assis Pacheco ou José Saramago (fazia inicialmente traduções...). E jornalistas como Álvaro Salema, Norberto Lopes, Artur Portela, José Carlos de Vasconcelos, Veiga Pereira ou Manuel de Azevedo. E a pena ácida e certeira de Mário Castrim ou Pedro Alvim, entre tantos e tantos outros.

Recordo, em particular, os tempos eleitorais, em que aguardávamos o "Lisboa", com aquele "lettering" de título idêntico ao "Le Monde", com grande ansiedade, para ver o que a censura tinha "deixado passar". E, valha a verdade, também lembro os tempos de uma menos saudável ortodoxia, após o 25 de Abril, onde a antiga pluralidade se diluiu - e que terá contribuído, entre outros decisivos factores, para liquidar o jornal.

Mas hoje é tempo de saudar o saldo bem positivo do velho "Diário de Lisboa", na hora da saída de cena de Ruella Ramos, um homem de bem, uma grande figura da imprensa portuguesa, que manteve o seu jornal até onde lhe foi sustentável.

quinta-feira, junho 18, 2009

Frase

"Os iranianos devem, de facto, acender uma vela aos Estados Unidos, que começaram por os livrar do seu pior inimigo, Saddam Hussein, para depois lhes oferecerem de bandeja um Iraque shiita e acabarem por consagrar o seu papel de potência mundial".

Jean Daniel, no "Le Nouvel Observateur" desta semana

Obama

O presidente americano tem vindo a demonstrar, para surpresa de muitos, que a política de diálogo construtivo no quadro internacional, que havia anunciado durante a sua campanha, era... para levar a sério.

Na questão de Guantánamo, no Próximo Oriente, no Iraque, na atitude face ao mundo islâmico e quanto ao Irão, ninguém poderá dizer que o presidente Obama não está a cumprir o que prometeu. E sem arrogância, procurando perceber as razões dos outros, com uma contenção face a certas provocações que representa um registo quase inédito na política externa americana contemporânea.

Dentro dos Estados Unidos, há muitos sectores positivamente motivados com este comportamento, enquanto outros parecem, cada vez mais, aguardar por um desastre desta estratégia internacional, havendo já quem a apelide de uma "carterização" da acção externa - sabendo-se o que isso significa aos ouvidos de quem só sentiu o seu orgulho pós-Vietname resgatado pela agressividade reaganiana.

Porque o presidente Obama tem de manter internamente uma forte credibilidade para poder prosseguir com a sua ousada agenda reformista externa é que mais importante se torna que Estados com especiais responsabilidades à escala global - e, entre estes, em especial, a China e a Rússia - venham a perceber a importância de ajudarem a "nova América" a não se sentir tentada a subordinar-se à agenda da "velha América". É que esta última está já à espreita de algo que possa ser lido como uma humilhação de Washington ou uma qualquer crise grave que consiga imputar a uma suposta fragilização introduzida por Obama na defesa dos interesses americanos.

Carlos Candal (1938-2009)

Morreu Carlos Candal, advogado e democrata de Aveiro, figura histórica da oposição ao Estado Novo e político saliente em vários tempos da nossa vida pública.

Era uma figura que nunca recusava a polémica, nada "politicamente correcto", dotado de uma ironia sarcástica, que muitos confundiam com arrogância, que intervalava com as baforadas do seu emblemático charuto. Tinha uma voz grossa e uma gargalhada forte, de quem sempre esteve de bem consigo mesmo. A certo passo, deixou-se tentar pela aventura do Parlamento Europeu, onde nos cruzámos diversas vezes e comentámos uma Europa que sempre me pareceu ver de soslaio político. O que confirmei, num debate que tivemos em Aveiro, há mais de uma década.

No início dos anos 60, havia sido líder da luta académica, em Coimbra. Jorge Sampaio contou-me que, num dia desses tempos, foi de Lisboa a Coimbra para um diálogo entre lideranças universitárias, em período de tensão política forte. Com todos os cuidados que a segurança recomendava, dirigiu-se à "República" onde vivia Carlos Candal, que não conhecia pessoalmente. Bateu à porta e atendeu uma governanta, que disse que "já ia chamar o Dr. Candal" - em Coimbra, à época, "era-se" doutor antes do curso acabado. O ambiente era muito diferente do contexto homólogo lisboeta, com desenhos humorísticos pelas paredes, garrafões e outros artefactos pendurados do tecto, enfim, toda a parafernália simbólica da boémia coimbrã. Minutos depois, Jorge Sampaio ouviu, do alto da escada, um vozeirão: "Olá, menino! Já desço". Sampaio olhou e lá estava, ainda de roupão indiciador de grande noitada na véspera, a figura do seu interlocutor político, Carlos Candal. Nesse momento, o futuro Presidente da República terá percebido melhor a diferença eterna entre a maneira de ser das academias de Lisboa e de Coimbra. E dos políticos oriundos de ambas, claro.

Sem fugas

O 1.º Tour de France Pénitentiaire acabará amanhã em Paris. Foram 2200 km de uma corrida ciclística que envolveu mais de duas centenas de detidos e alguns funcionários penitenciários, num esforço de reinserção social.

A grande regra desta corrida - interrogo-me por que será... - é que o pelotão deve manter-se unido, do início ao fim das 14 etapas do percurso. O director da corrida foi peremptório: "Ceux qui sont venus pour l'exploit sportif et faire exploser le peloton se sont trompés d'endroit". É pena, teria graça ver algumas tentativas de fuga, com alguns "na roda" dos fugitivos e outros tantos na sua peugada.

Não há camisola amarela, nem de qualquer outra cor. As camisolas dos ciclistas são brancas. Felizmente, ninguém se lembrou de utilizar um equipamento similar ao do Boavista...

José Calvário (1951-2009)

Era por muitos considerado uma figura genial no âmbito da música portuguesa, como compositor e orquestrador. Entre muitos outros trabalhos, escreveu a parte musical da canção com que Paulo de Carvalho representou Portugal no festival da Eurovisão, em 1974, e que acabaria por ser a primeira senha para os militares que fizeram a Revolução dos Cravos.

Conheci-o vagamente em Londres, nos anos 90, cidade por onde ia muito nas suas andanças profissionais. Ficou-me então a recordação de uma personalidade que projectava uma imagem de inquietude e propensão para a acção. Desaparece agora, bem cedo.

Como singela homenagem, com um nome adequado, fica agora aqui o seu "E depois do adeus".

quarta-feira, junho 17, 2009

Sabiam?

São 16 PME portuguesas de altíssima craveira tecnológica, que se agrupam na PEMA - Portuguese SME for the Aerospace Industry. A partir de ontem estão, em stand próprio, na 100.ª edição do Salon de Le Bourget, aqui em Paris.

Claro que sei bem que a divulgação da afirmação e do sucesso internacional destas empresas vai a contraciclo do ambiente de "malaise" que é hoje o sentimento "politicamente correcto" prevalecente no quotidiano de um certo Portugal. Assim, e com um antecipado pedido de desculpas a quem se sentir ofendido na sua estimável depressão, aqui fica esta nota positiva.

Serviço público

No âmbito das informações recolhidas para a elaboração do livro "Les Portugais à Paris", a equipa de Michel Chandaigne acabou por criar um acervo muito interessante e actualizado de endereços portugueses na capital francesa, desde diversos tipos de lojas a restaurantes e instituições culturais. Uma "mina"...

Tornou-os agora públicos aqui e pede a quem possa e queira ajudar a completá-los que envie os dados que possuir.

A isto se chama um belo serviço público... privado.

Brasil e França

A nossa diplomacia no Brasil e na França, as comunidades portuguesas e o trabalho económico em Brasília e em Paris, medidas as respectivas diferenças, foram a base da minha entrevista ao site da Chambre de Commerce et Industrie Franco-Portugaise, que hoje foi publicada. Se acaso nisso tiver interesse, pode lê-la aqui em francês ou aqui em português.

Siza

É grande o prestígio de que Álvaro Siza Vieira desfruta em França. Ontem, ao ser-lhe atribuída a medalha de ouro da Académie d'Architecture francesa, foi impressionante ver um grande auditório, recheado das maiores figuras da arquitectura francesa, dispensar-lhe uma imensa ovação, depois de ter assistido a um filme sobre a sua obra. Siza falou, com modéstia e numa voz de portuense tímido, da sua carreira e do seu amor à profissão.

Um belo momento português em Paris.

terça-feira, junho 16, 2009

Cinema português

A propósito do "Aquele Querido Mês de Agosto", o Le Monde aborda os problemas e os sucessos da nova cinematografia portuguesa. Leia aqui.

Vinho

Contrariamente ao que se possa pensar, trazer vinhos portugueses para França não é a mesma coisa que "levar bananas para a Madeira". A qualidade da produção vinícola nacional - e não só do vinho do Porto - tem já hoje um lugar assegurado no exigente mercado francês e o seu reforço continua a constituir uma grande aposta nossa.

Ontem, com a Câmara de Comércio portuguesa em França, teve lugar uma prova de vinhos verdes portugueses, que concitou a atenção de muitos especialistas. E onde, para minha surpresa de não especialista, verifiquei a presença de vinhos verdes rosés, a corresponder a um novo gosto que o mercado parece alimentar.

Para a semana, em Bordéus, Portugal vai estar em grande força na maior feira vinícola do mundo. A França é a terra do vinho, mas Portugal tem hoje produções de grande qualidade, cuja afirmação temos de impulsionar neste mercado.

G8

"O G8 morreu, não representa mais nada. Não sei como vai ser o enterro, às vezes o enterro ocorre lentamente", disse Celso Amorim, ministro brasileiro das Relações Exteriores.

O chefe da diplomacia brasileira é um experiente político, com um conhecimento profundo da realidade internacional. As suas opiniões merecem sempre ser consideradas com bastante atenção. Mas, por uma vez, fico com a sensação de que toma os seus desejos por realidade, embalado no que foi o efeito político conjuntural da última reunião, a alto nível, do G20.

Durante muitos anos, o Brasil procurou aproximar-se do G8, não conseguindo melhor do que ser convidado para reuniões complementares do grupo dos países mais ricos. Isso foi provocando uma crescente irritação em Brasília, bem consciente de que as economias dos países emergentes cada vez mais representavam uma realidade que o modelo de "directório" do G8 não acolhia na medida merecida. A crise e a necessidade de encontrar um compromisso político susceptível de forçar medidas colectivas para lhe fazer face, a uma escala mais alargada que o G8, conduziram à reunião cimeira do G20, em Londres. Mas o sucesso dessa mesma reunião não pode iludir o facto de que, não obstante as suas virtualidades e representatividade, o G20 esteve sempre muito longe de ter uma coerência política sólida. Veremos o que sairá da sua próxima cimeira, mas,tudo indica que vamos ver criada, a prazo, uma entidade - que poderá ser um G13 ou um G14 - que pode funcionar como um G8 alargado - mas já não um G20, cujo destino funcional poderá revestir apenas a forma de modelos de coordenação ministerial. Mas, antes, haverá que ver se há consenso quanto a isto.

A menos que haja uma "revolução" no sistema de gestão político-económica global, que ainda nada indica que esteja aí ao virar da esquina, parece-me que, sobre o G8, se poderia utilizar a fórmula célebre de Mark Twain: as notícias sobre a sua morte são, por ora, muito exageradas.

segunda-feira, junho 15, 2009

Variações

Foi há 25 anos. Pouco se falava então da Sida, mas um excêntrico barbeiro de Lisboa morria já então dessa doença.

Deixou uma obra musical interessantíssima, como compositor e como intérprete, com uma voz estranhamente singular. Hoje, cantam-no alguns consagrados. Recordemo-lo no É p'ra amanhã.

domingo, junho 14, 2009

Irão

O resultado das eleições iranianas prova que a a balança pende ainda, naquele país, para um sector muito ligado à revolução islâmica dos anos 80, bastante ancorado nas zonas rurais.

Mas o que se passou durante o período eleitoral e na sua sequência, qualquer que seja o desfecho imediato que venha a ter, até em termos de repressão política, revelou que há muito mais na sociedade iraniana do que aquela caricatura de monolitismo religioso que Teerão havia feito passar para o mundo. E isso não vai ser indiferente para o próprio posicionamento futuro do Governo iraniano no quadro internacional. O Irão não é a Coreia do Norte.

Portugueses

As festas populares no seio da comunidade de origem portuguesa em França têm um carácter de grande autenticidade e de uma extrema fidelidade às raízes nacionais. Andei por várias nestes dias e pude falar com imensa da nossa gente que já tornou francês o seu sonho de vida.

Achei muito curioso nelas ver os símbolos do futebol português, com expressão nacional ou clubística, surgirem como "bandeiras" de orgulho português. Embora eu me pergunte se parte desse mesmo orgulho, expresso em alguns outros símbolos mais radicais de teor nacionalista, patente em peças de vestuário, não poderá vir a contribuir para um isolamento, no seio da sociedade francesa, de quem recorre à sua afirmação quase agressiva. A ver vamos.

A festa da Rádio Alfa, realizado no domingo, foi um desses momentos onde pressenti que os portugueses revelam hoje uma saudável serenidade face à livre e alegre expressão da sua identidade numa sociedade que, podendo pontualmente ser tentada a menorizá-los, no fundo os respeitam e até os admiram. Por razões que são cada vez mais óbvias, a França encontra, dia-a-dia, razões de sobra para reforçar essa atitude face aos "seus" portugueses.

Igualmente emocionante, mesmo para quem as coisas da fé nada dizem, foi o encontro dos portugueses que encheu a Notre-Dame de Paris, ao final da tarde de sábado, com os coros da comunidade de origem portuguesa a ressoarem, na nossa língua, naquele magnífico espaço, durante a cerimónia religiosa que lhes foi dedicada, celebrada a elevado nível eclesiástico. No final, alguns dos nossos compatriotas pediram-me para, no próximo ano, podermos ter por lá a nossa bandeira nacional. Confesso que estou hesitante: os portugueses que ali estiveram presentes são, por estas terras, a nossa verdadeira bandeira. Não é preciso nenhuma outra.

sábado, junho 13, 2009

O mal europeu

"A abstenção e a inércia cívicas continuam a ser o mal europeu por excelência. O do cepticismo, do fatalismo, desta espécie de degenerescência democrática que arruina a participação activa e pessoal do cidadão no destino da 'cidade'. Será uma desafeição deliberada pela Europa? Não! É mais a indiferença face a um destino comunitário que, desde as suas origens, esteve confiado às elites. E talvez, aqui e ali, com um gosto preverso e vagamente inconsciente dos povos: poder fazer da Europa que abandonam o bode expiatório da sua própria abdicação..."

Claude Imbert, no "Le Point" desta semana

Vila

Os habitantes de cinco novas cidades e de 22 novas vilas portuguesas comemoram hoje a "promoção" que a Assembleia da República ontem decidiu fazer ao seu estatuto. Consequências? Nenhumas, salvo o usufruto do orgulho por subirem na escala urbana do país.

Porém, há uma vila que persiste em manter-se como tal, desde há muito: Ponte de Lima. Vale a pena registar aqui esta saudável "teimosia", de quem há muito entende não precisar de mudar de estatuto para se impor como uma das mais belas localidades do país.

E, já agora, se puderem, um conselho: não percam as fantásticas Feiras Novas de Ponte de Lima, de 18 a 20 de Setembro. Procurem apenas resguardar-se dos políticos, que por lá andarão seguramente, por essa altura, à caça de uns votitos...

sexta-feira, junho 12, 2009

Lucky?

O duelo anuncia-se terrível, entre o cigarro da versão original de Morris e a palhinha "politicamente correcta" do filme de Lucky Luke que sairá aqui em França, em Outubro.

Onde é que isto nos levará?

O outro 25

Se a manifestação dos 50 anos do 25 de Abril foi o que foi, nem quero pensar o que vai ser a enchente na Avenida da Liberdade no 25 de novem...