segunda-feira, novembro 14, 2022
Cristiano, Cristiano!
Bom regresso, Henrique!
Por razões pessoais ponderosas, Henrique Antunes Ferreira esteve arredado das redes sociais. durante alguns anos. Avisou ontem os seus amigos de que regressou ao cultivo seu blogue “A Nossa Travessa” (https://anossatravessa.blogspot.com/ ). Desejo ao Henrique um feliz retorno às lides blogueiras, embora deva avisá-lo que, nos últimos anos, os blogues praticamente saíram de moda. Este onde agora escrevo existe quase que apenas por mera teimosia pessoal - ou talvez para ir contra a corrente…
domingo, novembro 13, 2022
Notícias do cozido
Notícias da selva
Um amigo, que já se foi há muito, tinha uma tese: ”O nosso estatuto de cidadãos civilizados é aferido pelo modo como deixamos uma casa de banho, pública ou privada, depois de a utilizarmos. Devemos deixá-la como se toda a gente viesse a saber que fomos nós a última pessoa a utilizá-la, mesmo tendo a certeza do anonimato dessa utilização.”
sábado, novembro 12, 2022
O 11 de Novembro
Eureka!
sexta-feira, novembro 11, 2022
Constituição
quinta-feira, novembro 10, 2022
Desgoverno
quarta-feira, novembro 09, 2022
Num Uber
Num Uber, no Rio de Janeiro. Perante um trânsito intenso, lembrei-me de perguntar:
“Entre Amigos”
Quando, em 2018, no Rio de Janeiro, desapareceu o afamado restaurante de origem portuguesa “Antiquarius”, a cidade perdeu um ícone social quase sem par. Criado por Carlos Perico, chegado ao Brasil na vaga pós-25 de Abril, o “Antiquarius” passou a ser um “must” carioca, com a Lisboa que detestava a Revolução - mas não só! - a fazer dali um pouso saudosista. Mas quem gostava de Abril também por lá passava, quando podia. Eu, por exemplo.
Travessuras
Modesta por fora, gloriosa por dentro, a Travessa de Botafogo (e lá vou eu pagar excesso de bagagem!)
“Escama”
Dela ideia dar o nome de “Escama” a um restaurante de peixe, aqui no Rio de Janeiro, junto ao Jardim Botânico. E fazer acompanhar a refeição com um “Alvarinho” local foi uma combinação bem achada.
terça-feira, novembro 08, 2022
Brasil e Portugal
O evento, organizado pelo Cebri - Centro Brasileiro de Relações Internacionais, inseriu-se nas comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil. Colaboraram nesta organização a embaixada de Portugal em Brasília e o consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro.
O embaixador Ricupero desenvolveu uma interessante reflexão sobre a relação entre o tempo da emancipação brasileira e a eclosão da revolução liberal em Portugal. A minha intervenção assentou nos vários olhares portugueses sobre o Brasil, desde a independência do país até aos dias de hoje, na perceção pública e na atitude da elites. A conversa, atravessada por questões do público, evoluiu depois para aspetos relacionados com a situação política atual no Brasil, as eleições intercalares americanas e os desafios da segurança europeia, com o conflito no Leste do continente como pano de fundo.
segunda-feira, novembro 07, 2022
“Agora”
Não deve haver muitos leitores deste espaço que se recordem do jornal “Agora”. Foi preciso vir ao Brasil para encontrar uma edição encadernada do melhor que o reacionarismo salazarista sabia produzir.
domingo, novembro 06, 2022
Falta de respeito
Os passaportes eletrónicos foram criados para evitar filas. Agora, com imensas máquinas avariadas, há filas na zona dos passaportes eletrónicos. Chama-se isto falta de respeito pelos utentes.
Ainda o PCP
Acho graça que gente que detesta o PCP, que nunca lhe passou pela cabeça nele votar, se sinta no direito de mandar bitaites sobre quem os comunistas deveriam ter escolhido para líder. A regra, aliás, é muito simples: um partido nunca deve escolher para líder alguém preferido por quem é seu adversário. “Mind your business!”, diria o “Morning Star”, se isso acontecesse aos comunistas da ilha lá de cima.
Jerónimo de Sousa
sábado, novembro 05, 2022
Portas
A Avenida Álvares Cabral, em Lisboa, tem algumas das portas mais bonitas da cidade. Pena é que muitas delas estejam degradadas e pouco cuidadas.
sexta-feira, novembro 04, 2022
Américas
Creio que, na Europa, não existe uma real consciência sobre o que se passa na vida política americana. Dir-se-á que esse é um problema deles. Os quatro anos de Trump provaram que não é assim. A crispação entre Republicanos e Democratas acarretará consequências para a Europa.
Comum, não única
Ucrânia
“A Arte da Guerra”
“A Arte da Guerra”, cerca de meia hora de conversa semanal, com o jornalista António Freitas de Sousa, sobre temas internacionais, para os meios digitais do “Jornal Económico”, aborda esta semana a eleição presidencial no Brasil, as expectativas nas “midterm elections” nos EUA e as resultantes, em termos de futuro governo, das eleições legislativas que acabam de ter lugar em Israel. Pode ver e ouvir clicando aqui.
Prova fotográfica
Geraldo Alckmin, o nome que Lula foi buscar para vice-presidente, é um homem afável, uma figura serena, com muito bom “trânsito” (a expressão é brasileira) em vários meios sociais e políticos.
quinta-feira, novembro 03, 2022
Onde isto chegou!
Numa rede social cujo nome, de momento, me escapa, acabei de ler isto. É a prova do ambiente de degradação cívica que atualmente se vive no parlamento francês.
Listen…
Quem seria?
Israel
Em Israel, tiveram lugar as quintas eleições legislativas em pouco mais de três anos. O sistema político israelita exige apenas 3,25% dos votos para que um partido possa estar representado no parlamento, o que faz que haja um imensa fragmentação partidária, obrigando, desde sempre, a governos de coligação. A estabilidade política ressente-se imenso, mas obviamente que não haverá nunca um entendimento maioritário para mudar esse ponto da lei, porque, ao fazê-lo, alguns partidos “suicidar-se-iam”.
Um dia, comentei esta bizarra situação com uma judia americana que vivia em Israel. Achei curiosa a resposta que me deu. Na sua opinião, o sistema israelita acaba por ser muito mais democrático do que o sistema americano. Neste último, uma qualquer causa temática que se procure impor, no seio de um dos dois grandes partidos, tem uma grande dificuldade em ser acolhida, por se perder na amálgama daquelas grandes máquinas.
Em Israel, há partidos “de causas”, até de micro-causas. Desde que obtenham aquela base mínima, essa causa passa a ter voz no parlamento. Mas, claro, não podia deixar de reconhecer que havia o outro lado da moeda, a instabilidade por esse motivo induzida na governação do país, pelo facto de ter praticamente deixado de haver grandes partidos.
quarta-feira, novembro 02, 2022
“It’s the economy, stupid!”
Brasil
Bolsonaro
Ao não reconhecer explicitamente a derrota, aceitando, contudo, que se inicie o processo de transição institucional, Bolsonaro pretende evitar que os seus apoiantes o vejam “deitar a toalha ao chão”. No fundo, é uma postura “à Trump”, tentando garantir-se como líder futuro da oposição “de direita”. Há, porém, uma sensível diferença, face ao caso americano: na América, o Partido Republicano é só um, no Brasil há uma constelação de formações, parte das quais poderão realinhar-se com o novo poder.
O novo Brasil
Coreia
terça-feira, novembro 01, 2022
À vida…
Re-Obama?
Barack Obama mostra-se tão, mas tão, entusiasmado em empunhar, por estes dias, a bandeira dos democratas americanos que muitos, na América, perguntam-se se uma candidatura presidencial da sua mulher, Michelle, não poderá ainda vir a estar nas contas de 2024. E isto apenas porque, contrariamente ao Brasil, a Constituição americana impede mais de dois mandatos.
Um herói improvável
segunda-feira, outubro 31, 2022
Lula e o traumatismo ucraniano
Muitos, inevitavelmente, continuarão a alimentar para sempre reticências sobre o seu percurso controverso pelos terrenos da justiça: essa é uma sina que não o abandonará, para sempre. O efeito Bolsonaro foi, contudo, tão negativo, tendo tornado de tal modo infrequentável o Brasil por todos estes anos, que o regresso de Lula ao Planalto, através da legitimação pelo voto, como que acaba por absolvê-lo em definitivo, sendo uma notícia a festejar.
Este ambiente vai manter-se? Posso estar enganado, mas não é de excluir, em absoluto, que esta possa ter sido uma alegria breve, em que emergirão “mixed feelings”. Por que é que digo isto? Porque o mundo em que o Brasil de Lula se moveu, entre 2003 e 2011, já não existe, nos seus equilíbrios básicos. O tempo sereno dos BRICS e do IBAS, dos abraços à hora do café do G7, dos consensos fáceis no G20, já lá vai. Hoje, há por aí uma guerra, sedeada na Ucrânia, na qual os EUA, os seus amigos íntimos europeus e outros Estados dependentes estão de um lado e, do outro, está uma Rússia acossada, com grande parte do sul a abster- se de tomar posição.
Para os EUA, bem como para uma União Europeia que hoje vive sob a sua, uma vez mais óbvia, tutela de segurança, não parece haver espaço para dúvidas: quem não está por nós está contra nós. A Lula, que já emitiu sinais de que o seu Brasil desejaria poder permanecer sobre o muro (nisso não diferindo muito dos sinais emitidos por Bolsonaro), apoiado em alguma ambiguidade, vai ser pedido, seguramente, que desça dessa posição equívoca e que diga, com total clareza, em qual dos dois lados se situa. Posso estar enganado, mas a diplomacia brasileira vai, nos tempos mais próximos, ser sujeita a um traumatismo ucraniano.
Entre bênçãos
Brasis
Números
domingo, outubro 30, 2022
É tudo muito simples
Feliz
Há coisa melhor do que castanhas e uma ginjinha? Pode haver, mas quando se anda pela Baixa lisboeta, com o Outono a sentir-se no corpo, comprar uma dúzia de castanhas assadas, embrulhadas em cartuxo de jornal velho, ir medindo o passo até não sobrar mais nenhuma (com irritação breve, quando alguma sabe a “má”) e, por fim, coroar tudo numa ginjinha (com elas) no largo de S. Domingos é, para mim, a definição de tempo feliz. Mas será talvez defeito meu, que me contento sempre com pouco…
“A Mesa”
sábado, outubro 29, 2022
Mil Lulas
Depois do debate de ontem entre os dois candidatos presidenciais, é-me algo penoso escrever sobre o momento político no Brasil. Não tenho a mais leve dúvida de que a derrota de Bolsonaro é, a grande distância, o melhor que pode suceder. Contudo, o que se passou naquelas quase três horas foi um espetáculo político lastimável, ajudado pela incompetência que desenhou um modelo de debate feito por uma cobarde abstenção jornalística. Linguagem baixa, insultos, demagogia, populismo, mentiras repetidas e ausência total de novas ideias foi o que se ouviu e viu. Bolsonaro é o “grau zero” da política e é um susto (e também uma imensa tristeza) pensar que metade do Brasil parece disposta a dar-lhe uma oportunidade para renovar o mandato. Lula é um figura do passado, que apela incessantemente à memória dos anos dourados, em que uma muito diferente conjuntura económica e política lhe permitiu inegáveis brilharetes. Agora, parece cansado e sem trazer nada de novo. Mas não caiamos na tentação simplista de dizer “venha o diabo e escolha”. Não! Face ao patético ocupante atual do palácio do Panalto, apetece-me dizer como os maoístas: que mil Lulas floresçam!
sexta-feira, outubro 28, 2022
A Ana do Poço
António Costa
… mas faz!
Brasil
Nova China
quinta-feira, outubro 27, 2022
“A Arte da Guerra”
Com o jornalista António Freitas de Sousa, em “A Arte da Guerra”, uma produção audiovisual do “Jornal Económico”, faço esta semana um balanço do congresso do Partido Comunista chinês, analisámos o governo de Giorgia Meloni em Itália e as escolhas de Rishi Sunak, o novo chefe do governo britânico.
Pontualidade
Há pouco, no Facebook, chegou-me um pedido de “amizade” de um velho amigo brasileiro, René de Mesquita Júnior.
Clareza
Fernando Henrique Cardoso decidiu anunciar hoje o seu voto em Lula, na eleição do próximo domingo. Um estadista percebe bem a distinção entre o essencial e o acessório.