terça-feira, junho 01, 2021
O “Ribas”, na Ericeira
segunda-feira, maio 31, 2021
A direita
Chega de ambiguidade
domingo, maio 30, 2021
As aparências podem iludir
Culpa rósea
Raspa o pobre
Chega de democracia
Copianço
Para grunho, grunho e meio!
Descubra as diferenças
Guerra nossa
Ai ia?!
sábado, maio 29, 2021
“Observare”
Bolas
sexta-feira, maio 28, 2021
Recordando Salazar
Há pouco, numa velha pasta com papelada, encontrei um projeto de artigo que, em fins de 1970, tinha preparado para o jornal de Vila Real, “A Voz de Trás-os-Montes”.
O diretor desse jornal da diocese, o padre Henrique Maria dos Santos, aceitava, com grande generosidade, desde 1968, textos que eu lhe enviava de Lisboa, onde vivia. De início, todos os artigos eram publicados. Depois, com o tempo e com certas “ousadias” da minha parte, constatava que alguns textos “caíam”. O padre Henrique explicava-me que o censor local, o capitão Medeiros, andava cada vez mais “de pé atrás” face àquilo que aparecia subscrito por mim. É que já tinha levado uns “apertões”, de “lá de cima, de Lisboa”, por ter caído em algumas “habilidades” minhas.
O texto que agora encontrei, tem uma nota manuscrita, à margem, de que foi “censurado pelo Medeiros, segundo me disse o padre Henrique”. O artigo não trazia nada de especialmente gravoso para o regime e tratava corretamente o “presidente do Conselho”, Marcello Caetano. Porém, ao referi-lo, eu “esclarecia” que ele era a pessoa “que substituiu António de Oliveira Salazar, um académico de Coimbra que, como os mais velhos ainda terão na memória, chefiou o governo do país por algum tempo”... Salazar tinha morrido cerca de três meses antes!
Uma obviedade daquelas era demais para o pobre do Medeiros!
Passos perdidos
quinta-feira, maio 27, 2021
“A Arte da Guerra”
Esta semana falamos do destino do acordo de investimento UE-Índia, do conflito entre a Espanha e Marrocos e da situação grave que envolve a Bielorrússia.
Pode ver aqui.
quarta-feira, maio 26, 2021
Bielorrússia
O MEL visto por um zangão
- O MEL, em especial graças a algumas das estrelas convidadas, terá ficado aquém das expetativas de agregação da direita. Mas fiquem atentos: vai vir aí uma revoada de textos, em especial no “Observador”, a fazer “damage control“, explicando que a culpa, como não podia deixar de ser, acaba por ser da esquerda!
- O Dr. Rui Rio afirma, com regularidade que o PSD não é um partido de direita. Mas vai ao evento do MEL, onde sabe que vai encontrar os PSD tresmalhados que criaram o Chega e o IL, tentando evitar que alguns mais lhe fujam para essas alas. Não acho que vá ter muita sorte. Nem eu, nem, ao que parece, David Justino.
- É pena que a Europa, que está no título do MEL, seja, manifestamente, o parente pobre dos debates.
- O MEL parece estar a ser uma inestimável exposição de um setor político onde, em algumas áreas, se sente um claro desespero pelo afastamento do poder. Preocupante, e espero que também para muitos participantes, é a emergência de alguma condescendência para com o autoritarismo, passado ou futuro.
- Sempre me pareceu natural este encontro das direitas. É mesmo politicamente saudável que partilhem um debate sobre o país e nos digam o que pensam. Convidarem ou não o Chega, também é lá com eles. Connosco fica apenas o direito de avaliar quem se sente bem na companhia de quem.
- Confesso que temo telefonar a alguns amigos que estiveram no MEL, perguntando-lhes se se sentiram confortáveis em todos os momentos do evento.
Arlindo Barbeitos
Julgo que terei conhecido o Arlindo Barbeitos, como era vulgar nessa Luanda dos anos 80, num jantar em casa de alguém. Seria com a Alzira e o João Sobral Costa? Não sei, nem isso interessa hoje muito. Só sei que fiquei marcado pela serenidade sorridente daquele que me foi então dito ser um reputado poeta, depois de ter andado anos pela guerrilha. Era etnólogo, formado em Frankfurt. Tinha um perfil físico que sempre achei muito pouco angolano, o estilo que podia ser de um árabe.
terça-feira, maio 25, 2021
Terça
Esta terça-feira passou tão rápido que, se me não lembrassem, já me escapava a escrita de um longo e muito substantivo texto aqui no blogue. Ele aqui fica. Não, não foi por ter estado entretido com a reunião do MEL. Eu é mais zangões!
segunda-feira, maio 24, 2021
Ceuta
CNN (2)
CNN
domingo, maio 23, 2021
Mais um vizinho
Church’s
Ontem, na sindicância de verão às prateleiras de sapatos, deparei com uns Church’s bem antigos - se é que o conceito de antigos se pode aplicar àquela marca prestigiada de sapatos eternos.
sábado, maio 22, 2021
E voam?
Mediterrâneo
Presciência
Um dia, ao tempo em que exercia funções no governo, recebi no meu gabinete o embaixador de Israel em Portugal. Vinha despedir-se, no termo do seu mandato.
sexta-feira, maio 21, 2021
O Bloco e a esquerda
Brasil
Nem sempre o que parece é
A Finlândia do meu descontentamento
Há pouco, nos escassos minutos em que, nos dias de hoje, passo por uma emissão de televisão (é verdade!), dei de caras com a canção que representa a Finlândia, este ano, no festival da Eurovisão.
quinta-feira, maio 20, 2021
“A Arte da Guerra”
O reacender do conflito israelo-palestino, um olhar sobre as eleições no Chile e sobre o futuro político do Afeganistão, depois da saída das tropas ocidentais.
quarta-feira, maio 19, 2021
Coimbra Martins
Nunca esquecerei as palavras que António Coimbra Martins me disse quando, semanas depois de eu ter chegado a Paris, em início de 2009, para ocupar o cargo de embaixador, o recebi à porta da nossa residência, num dia em que o convidei para almoçar, a dois: “Nunca tinha sido apresentado ao senhor embaixador mas, pelos muitos amigos comuns que temos e que me falam de si, é como se o conhecesse há muito”.
terça-feira, maio 18, 2021
Israel e Portugal (1)
Israel e Portugal (2)
segunda-feira, maio 17, 2021
Edgar Rodrigues e a liberdade
Um dia contarei, com as palavras certas, uma realidade a que nenhum embaixador português escapa no Brasil: o ter de equilibrar, na sua ação, o respeito histórico que é devido a essa memória de resistência ao período ditatorial com a permanência, bem ancorada ainda em algumas instituições da comunidade luso-brasileira, de um forte núcleo saudosista do tempo anterior ao 25 de abril. Estas últimas pessoas espelham uma certa comunidade histórica tradicional, a qual viria a ser reforçada nesse sentimento, depois de 1974, por quantos saíram apressadamente de Portugal, temerosos dos novos tempos revolucionários, e ainda por pessoas que abandonaram Angola e Moçambique, por ocasião da independência desses novos países.
O embaixador de Portugal, sendo naturalmente representante do Estado democrático que hoje existe em Lisboa, tem de ter em conta toda a gente: desde quantos comemoram alegremente o 25 de abril até quantos detestam, aberta ou veladamente, essa data e ainda mantêm, em vários espaços do seu movimento associativo, bustos ou retratos de Salazar, de Carmona ou mesmo Américo Tomás.
É uma “arte” conseguir fazer essa “quadratura do círculo” e, podem imaginar, esse comportamento foi bastante difícil para um embaixador que tinha sido militar no 25 de abril e que nunca escondeu as suas convicções políticas. Mas, com falsa modéstia, julgo ter conseguido ter sempre o tom certo, perante essas memórias afetivas contraditórias.
Tudo isto serve para retomar o fio à meada, daquilo que escrevi no primeiro parágrafo deste texto. Tentei, embora um pouco tarde demais no meu tempo de funções, organizar em congresso académico sobre o exílio português no Brasil durante o período da ditadura de Salazar e Caetano. (O que tentei no Brasil acabei por conseguir fazer, anos mais tarde, em Paris). Reuni com a UFRJ e organizei um encontro com dois especialistas luso-brasileiros no assunto: Heloísa Paulo e Douglas Mansour da Silva. Mas não fui capaz de concitar os apoios que eram essenciais - e, claro, não podia contar, para o exercício, com as instituições representativas da comunidade luso-brasileira, pelo facto destas viverem no conflito que antes explicitei.
Ao tempo da minha ida para o Brasil, tinha uma particular curiosidade em poder vir a conhecer pessoalmente uma figura de quem tinha lido uma prolífica obra de historiografia sobre o movimento libertário português, Edgar Rodrigues. Fora alguém que se vira obrigado a exilar-se no Brasil e que continuava bastante ativo na escrita. Era então o mais antigo exilado político português no Brasil ainda vivo. Para meu grande espanto, a generalidade das pessoas com quem falei, do setor democrático e oposicionista da comunidade portuguesa, desconheciam a sua figura ou só muito vagamente tinham ouvido falar dele.
Tive algum trabalho para obter mais dados sobre ele. Mas o que pude apurar, somado à importância das dezenas de obras que publicou, foi suficiente para me decidir propor que lhe fosse atribuída a distinção da Ordem da Liberdade, em Portugal. Essa minha ideia caiu, contudo, em saco roto, em Lisboa. Falei então com Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de abril, que se ofereceu para promover a oferta da Medalha daquela Associação a Edgar Rodrigues. Fiz-lhe entrega desse galardão - que foi o reconhecimento possível - num encontro que tive com ele no Consulado-Geral no Rio de Janeiro, antes da minha saída definitiva do Brasil, em 11 de novembro de 2008, de que deixo registo fotográfico.
Edgar Rodrigues veio a morrer meio ano mais tarde, em 15 de maio de 2009. No passado fim de semana, no âmbito do LEV - Literatura em Viagem, um festival literário em Matosinhos em que, por coincidência, fui dos participantes convidados, foi feita uma homenagem a Edgar Rodrigues que este ano, se fosse vivo, completaria 100 anos. Veremos se, finalmente, esta efeméride e esta evocação permitem fazer renascer a ideia de lhe ser atribuída a Ordem da Liberdade.
domingo, maio 16, 2021
“Entrevista de vida”
Durante uma hora, no cenário muito bem recuperado do Teatro Constantino Nery, dei ontem uma “entrevista de vida”, muito bem conduzida por Hélder Gomes.
Quem estiver interessado, pode ver e ouvir a entrevista clicando aqui.
Acusação
Decidam-se!
sábado, maio 15, 2021
O mundo é muito pequeno!
sexta-feira, maio 14, 2021
Na vizinhança
quinta-feira, maio 13, 2021
O silêncio dos Borges
Há pouco, li uma citação de Jorge Luís Borges: “No hables a menos que puedas mejorar el silencio”. E ao ver o nome Borges associado à palavra silêncio, vieram-me à memória duas figuras que faziam parte do meu cenário de infância e juventude, em Vila Real: os “Borginhos”.
quarta-feira, maio 12, 2021
“A Arte da Guerra”
Pode ver aqui.
Mito
terça-feira, maio 11, 2021
Do Sporting
B & B
Há bastantes anos que ouvia falar daquele restaurante, situado numa certa capital de distrito, onde não vou muito e onde tinha escassas refe...