terça-feira, outubro 01, 2024

O direito do mais forte

Deram conta de que estamos a entrar num tempo de "lei da selva" no campo do Direito Internacional Público? Não é condenada a retaliação na lógica do "olho por olho", bem como a violação de fronteiras por alguns atores (não por outros), desde que sejam os do "nosso" lado.

9 comentários:

Luís Lavoura disse...

"estamos a entrar" num tal tempo? Eu diria que sempre nele estivemos!

Joaquim de Freitas disse...

Direito internacional?

Mas Senhor Embaixador, que fazer, num mundo onde as mentiras são a regra? Manipular os manipuladores?

Se a ideia me proporciona alívio durante algum tempo – por exemplo, ver a cabeça de Bernard-Henri Lévy na ponta de uma lança brandida por uma criança líbia – é, humanamente, pouco viável.

É que inventámos a lei e institucionalizámos a justiça há vários séculos, certo?

Mas mais uma vez, não nos vamos queixar. Pensemos nos palestinianos e nos libaneses que vivem diariamente o pesadelo do terrorismo israelita.
Hassan Nasrallah disse de Israel que é o “cancro da humanidade”. A doença espalha-se inicialmente de forma insidiosa, depois surge com os seus ditames assassinos, o seu ódio obsessivo, e nenhum médico qualificado pode fazer nada a respeito.

A humanidade procura um remédio para a loucura exterminadora de Israel, mas para além da cumplicidade criminosa dos governos mundiais sujeitos à sua chantagem, Israel tem estado fora da humanidade há demasiado tempo.


Anónimo disse...

não podemos pretender que as coisas são simétricas entre israel e a rússia. a ucrânia não tem um hezbollah que provoca o deslocamento de 60 mil cidadãos russos (dentro da rússia) devido à chuva diária de rockets e foguetes...

Luís Lavoura disse...

Anónimo

um hezbollah que provoca o deslocamento de 60 mil cidadãos devido à chuva diária de rockets e foguetes

Esses rockets e foguetes só começaram a cair (e os 60000 cidadãos só começaram a fugir) desde que Israel atacou a faixa de Gaza. Antes desse ataque - exagerado e imprudente - os rockets não caíam e os 60000 cidadãos viviam em paz.

Lúcio Ferro disse...

Realmente, as coisas não são simétricas. O governo do Estado de Israel (este e outros) conduz há muito tempo uma política de terrorismo de Estado. O governo de Israel está a levar a cabo uma política de genocídio em Gaza. O Governo do Estado de Israel resolveu voltar-se agora contra o Líbano. O líder do governo do Estado de Israel vai impunemente a Nova Iorque mostrar uns desenhos obscenos e nada lhe acontece. Já o Estado Russo tem demonstrado uma enorme contenção no ataque a alvos civis, não obstante as constantes provocações de que tem sido alvo para ir por esse caminho e o seu líder foi e é demonizado constantemente. Aparte, Vuhledar caiu, fala-se em centenas se não em milhares de prisioneiros.

manuel campos disse...

A ideia de "desmascarar" o Sr. Bernard-Henri Lévy, que anda há demasiados anos a "brincar" com isto tudo para proveito próprio (criou uma imagem a partir do nada, continua no nada mas mantém a imagem), também me é simpática.
Cada vez que leio o nome dele lembro-me do "Allez!" aos estudantes, o que inevitavelmente remete para o "Ide!" do padre de Vila Real que o nosso anfitrião aqui nos trouxe em tempos.

manuel campos disse...

Eu diria que estamos mais uma vez "a reentrar", foram mais anos do que era habitual de alguma paz mais ou menos "podre", há assim um novo ciclo que promete durar pois agora é tudo diferente, com as "guerras" em directo ao almoço e ao jantar banalizam-se, as cenas que podem "ferir os mais susceptíveis" já ferem muito pouca gente.
Às vezes lembro-me dos jogos de vídeo que os meus netos jogavam na adolescência, aqueles em que o herói podia "ressuscitar" sete vezes, há uma indiferença geral perante a morte lá longe que se instalou, como se o "mais longe" não estivesse nestes tempos cada vez "mais perto".
Ao sabor das minhas andanças por Lisboa vou almoçando onde calha, muitas vezes sózinho e portanto a ideia é só comer e desaparecer dali.
Quase todos os restaurantes "vulgares" têm a televisão ligada ainda que sem som, dou por mim a ser o único a olhar de vez em quando para lá, está tudo ocupado com o garfo numa mão e o telemóvel na outra, o pequeno mundo de cada um é cada vez mais o refúgio dos que preferem não saber do grande mundo de todos.
Há um restaurante onde vou algumas vezes, até é razoável, onde ao princípio me sentava estratégicamente e vinha logo um funcionário dizer-me "olhe que assim fica de costas para a televisão", agora já perceberam que é exactamente essa a ideia.

PS- Continuo a optar por contar o que vou vivendo e me vai dando o conhecimento dos que me cercam, não tenho nenhuma teoria para salvar o mundo, o problema das nossas teorias é que nelas não está incluída uma única teoria do inesperado inimigo ou do simples adversário e, claro, depois não funciona na prática.

Anónimo disse...

A 16 de março de 2003, George W. Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e o "nosso" Durão Barroso, decidiram, TUDO DENTRO DO MAIOR RESPEITO PELA liberdade E democracia, invadir o Iraque.
Por esse CRIME foram exemplarmente punidos, como podemos confirmar pela penas que lhes foram aplicadas e, pelas quais, sofreram e ainda estão a sofrer nas suas vidas. Ainda um dia destes vi o "nosso" Durão Barroso, provavelmente numa saída precária, a "botar discurso de cátedra".
Tudo isto DENTRO DO MAIOR RESPEITO PELA liberdade E democracia, invocando os mais altos VALORES, o respeito pelo DIREITO INTERNACIONAL e seguindo os PRINCÍPIOS DO estado DE DIREITO.
ACHA PACHORRA!!!
Tony Fedup

aguerreiro disse...

Eu rezei-lhe por a alma!

Queijos

Parabéns ao nosso excelente queijo!  Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.