terça-feira, dezembro 22, 2015

O partido

Ele aí está, sempre a olhar o futuro com os olhos deixados no passado. Na primeira curva, que se chama Banif mas que podia ter outro nome, "o partido" puxa o tapete e vota contra. Tinha outra solução para o caso? Tinha: provavelmente seria nacionalizar, colocar tudo no domínio público, como a "criatividade" do BE pede também para o Novo Banco. Seria pedir demasiado, a quem vive num museu de si mesmo, que se conformasse com a realidade. Regressa a história do escorpião. Nunca esperei coisa diferente, como por aqui disse.

18 comentários:

Jogatana disse...

Costa tem muitos ovos-de-colombo, embora a esperteza saloia lusa requeira muita gemada.

Anónimo disse...

Pode explicar-nos quais são as consequências para os portugueses de chumbar um OE rectificativo depois do dia 22 de Dezembro?

Depois, dado que não se importa, vou mandar para sua casa a parte que me cabe no conserto do Banif.

Ganha não só mais - irrelavante - como está disposto a que sejam os contribuintes a arcar com as perdas dos que se têm concertado para pôr os dividendos em off-shores.

Manuel do Edmundo-Filho disse...

Pois... uma coisa é a legitimidade deste governo, que a tem inteira, outra são os apoios (traiçoeiros) que o suportam. De um lado um museu, do outro o mesmo museu, mas com um pouco mais de criatividade...

Anónimo disse...

Ou seja, a honestidade é passado!...Muito bem!...
Agora e no futuro é só inteligência: ir ao bolso do Povo sacar o dinheiro dos desmandos! Fantástico! Que inteligência!
O antigo PM não tirou o tapete ao novo! Até lhe está a estender uma passadeira de “inteligência”!
Sempre foi uma “chatice” ser honesto em Portugal!... É Salazarento!
Porque não arrestar os bens de toda a gente que esteve metido nessas coisas. Até podia sobrar para tapar os buracos… Não convém, não é?

Unknown disse...

O orçamento rectificativo (OR) não é a solução desejável, mas a possível. Mas, uma má solução, contudo. No fundo, o PS move-se pela mesma lógica do PSD/CDS, veja-se a reacção de Passos Coelho. Compreendo a atitude do PCP. É o que apetece fazer. Não pode ser criticada. E é uma questão de coerência, no que lhes diz respeito. Essa comparação com afigura do escorpião é pois desajustada. Quando um Banco privado está nas lonas devem ser os accionistas e só eles a arcar com as despesas da solução. Incomoda-me e revolta-me que os contribuintes sejam chamados a pagar os fogos que os banqueiros provocaram nos seus bancos. Mas assim vai continuar a ser pois sabem bem que os governos lá virão com mais um orçamento rectificativo para lhes salvar a pele. Banqueiros e accionistas desses bancos que colocam os seus dinheiros a salvo em offshore, deixando para os contribuintes a conta para os resgatar. Apreciei projecto de exigências que o BE está, de acordo com o que vem nos “media”, a preparar, para quando for discutido e aprovado o tal OR. E há muito que poderíamos ter copiado a solução da Islândia, de solicitar aos eleitores, num referendo, se, enquanto contribuintes, queremos ou não pagar as contas mal paradas e vigaristas dos banqueiros e seus bancos. Não se salvam empresas que produzem riqueza, mas salvam-se bancos que nos trazem a ruína! E ainda se acha que o PCP não tem razão. Não sou do PCP, nem para lá caminho, mas compreendo-o. A pergunta é até quando calaremos a nossa revolta, de termos de continuar a resgatar bancos da falência? Uma solução de absorção pela CGD, com vista a prevenir os prejuízos dos depositantes seria assim tão má? O problema é que isto ainda não acabou. Se calhar em 2016 teremos a conta do Montepio e depois do BCP e sabe-se lá que mais virá! Bom negócio fez, ou irá fazer, o Santander. Com a ajuda da TVI, detida pela Prisa espanhola, escudada no Santander, que soube lançar, convenientemente, o pânico e deste modo possibilitar um belo negócio ao Santander, depois do caos se ter instalado junto da clientela. E ficam impunes, M.L.Albuquerque, Passos Coelho, Portas e o tal Supervisor. Como sempre. E nós, contribuintes a receber esta prenda de Natal! Inacreditável, tudo isto! Revoltante. Como dizia e bem Bagão Felix.

Antonio lourenço disse...

Sem ter nada a ver com o pcp acho que chega de enfiar dinheiro nos bancos e oferecê-los a estrangeiros sempre os mesmos a pagar e esta élite corrupta que nos desgoverna a engordar quando deveria estar atrás das grades pela delapidação e venda de um povo e um país

Anónimo disse...

Desclpe embaixador, mas nesta aliança quem será mais o escorpiao será o seu PS. Acho engraçado quando as pessoas dizem que o PC devia mudar etc etc. Quer que ele mude para desaparecer como os pc de Espanha, França Itália etc etc. Sei que o seu pensamento é neoliberal e burgues e no fundo o senhor e muitos outros aspiram a uma situaçao á Americana, ou seja só dois partidos PS e PSD.

Anónimo disse...

Já cá faltava o Zé do Boné, outro que com toda a certeza tem vivido da saloia neoliberal de PS e PSD. De outra forma como andaria a falar mal de PCE BE.

Anónimo disse...

A velha história: "Sol na eira e chuva no nabal". É realmente muito difícil!...

Anónimo disse...

"Amor che a null'amato amar perdona" (Dante)

Qual é o problema? O PaF vota o Orçamento Rectificativo, porreiro, pá. Só me preocupam as indemnizações dos administradores do BANIF... Serão suficientes para o muito que eles merecem?

a) Feliciano da Mata, amador transformado na coisa amada

Fátima Diogo disse...

Embaixador, o orçamento retificativo vai passar - Passos deu agora o sinal, ao gabar o procedimento do governo Costa. A direita quer este assunto (que não resolveu e do qual é vergonhosamente responsável) passado e esquecido o mais rápido possível pelo povo de fraca memória e, neste momento, quer tudo menos eleições nos próximos semestres.
Embora eu sinta sempre as mesmas reservas que o senhor em relação ao PCP e BE neste acordo, ser realista agora é saber que um governo europeu como o de Costa é assim, jogando na Assembleia politicamente, caso a caso, com os apoios que consegue forjar. Isto sim, é política, a maior das artes sociais. E na verdade tem-se revelado um ótimo governo, conquistado os portugueses de variadas classes, culturas e proveniências de uma forma que me espanta todos os dias...

Augusto disse...

Comer e calar , desculpe mas para este peditório os portugueses já deram e demais. Havia outra solução, que passava pela CGD mas o PS preferiu OFERECER, o BANIF ao Santander, é uma opção, má , e que pagaremos bem caro.

Manuel do Edmundo-Filho disse...

A coerência não é uma qualidade absoluta. Nada, aliás, na vida é absoluto e muito menos na política. Se há qualidade comum aos grandes ditadores é a sua coerência... Aos políticos pede-se, por vezes, que abandonem a sua coerência ideológica para defenderem soluções que a realidade impõe. E por vezes esta só nos deixa dois caminhos: o mau e o menos mau. E é este discernimento que se pede aos políticos.

Não foi, aliás, o PCP incoerente quando viabilzou um governo do PS depois de ter passado quase um vida inteira a dizer cobras e lagartos do PS e a fustigá-lo como se fosse o seu principal inimigo?

Joaquim de Freitas disse...

Podem chamar aos PM's e aos ministros tudo o que quiserem, eles estão off-side desde há muito!

Podem imaginar ver desaparecer 600 000 biliões de dólares de "activos da bolsa" nalgumas horas? 600 000 biliões de dólares da falsas moedas circulantes quando a totalidade dos PIB's mundiais equivale a 50 000 biliões de dólares.

Não se pode compensar os milhares de biliões de "valores" sem valor por outros milhares de biliões de "valores" sem valor.

Sabem que uma boa parte desta fumarada da bolsa é realizada a partir do dinheiro dos prémios de seguro e dos regimes de reformas e das hipotecas pagas pelos trabalhadores (os 7% a 8% dos valores tangíveis entre desta pacotilha especulativa?)

O risco é permanente neste capitalismo selvagem. Os bancos nunca assumiram o risco. Esta noção de risco económico é uma mística capitalista - uma mentira comummente aceite e espalhada na comunidade dos economistas e dos analistas burgueses.

Quando se pensa na orgia da criação fraudulenta de moedas virtuais factícias que continua a grande velocidade desde o krach de 2008, ou seja 57 000 biliões de dólares de 2007 a 2014, que se acrescentaram ao que existia já !

As leis de funcionamento do capitalismo levam direitinho a esta burla e ninguém pode travar ou contrariar este movimento, mesmo se os governos do planeta o quisessem.

O "mexilhão" é que vai pagar isso tudo!

Anónimo disse...

Passando de lado a conversa Guerra Fria e/ou situacionista de alguns que aqui andam, quem me explica quais as consequências exactas para Portugal e contribuintes se o Rectificativo de 2015 chumbar amanhã?

Vamos viver até Janeiro em duodécimos, é? Mantemo-nos em procedimento de défice excessivo? Mas e com o OE Rec 2015 aprovado, saímos do procedimento de défice excessivo? Como, mascarando as contas?

Que consequências tem o chumbo do rectificativo, uma coisa que, PàF, nos caiu ao colo?

Explicai-nos senhores, Vós que sois inteligentes e patrióticos e responsáveis.

Explicai-nos a nós que, estúpidos que nem portas, nunca conseguimos perceber como os banqueiros conseguem ter sempre o sol na eira dos dividendos, e a chuva no nabal das perdas pagas pelos contribuintes.

aamgvieira disse...

Portugal está a chocar o seu "Ovo da Serpente"(Ingmar Bergman).

A Europa cria os seus "ovos" temperados pelos grafitados suburbanos de outros lugares e culturas medievas.

Anónimo disse...

A análise fria que eu faço é a seguinte, as pessoas que aqui vem destilar ódios ao Partido Comunista, sao pessoas que nao conseguem mudar, estao tao calcinados pelo sistema neoliberal que eles próprios se tornaram dogmáticos. Ou seja aquilo de que eles acusam os comunistas, eles próprios o sao, conservadores, dogmáticos do capital e do neoliberalismo.

Anónimo disse...

Seixas, você é - vá lá, assuma isso de uma vez por todas, homem! - um reaccionário do pior! Você gostaria é de ter um porcaria de um sistema eleitoral onde conspurcassem estes dois medíocres partidos políticos: o seu PS e o PSD.
a)Victor F.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...