quinta-feira, dezembro 17, 2015

A Europa, a Turquia e os refugiados


3 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

A negação e desprezo da vida humana pelo imperialismo americano e europeu traduzem-se concretamente nas destruições, os genocídios, e pela violência mais extrema. O caos e a anarquia, no mau sentido do termo , que reinam hoje no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria são as testemunhas eloquentes desta barbaria imperialista

As sementes de desgraça que os EUA, a Europa e os seus aliados locais, e a Turquia em boa posição, semearam nesta região do mundo produziram uma colheita abundante de organizações reaccionárias e terroristas. O terrorismo, que o imperialismo pretende combater, é o seu produto mais autêntico.

Agora não sabem o que fazer destas centenas de milhares de pobres desgraçados escorraçados das suas casas pelo medo dos assassinos.

A hipocrisia e o cinismo reinam nas hostes ocidentais e a Turquia é talvez a mais cínica.

Daesh terá criado na Europa o maior problema do pós guerra , que veio acrescentar-se à crise que a abala.

Luís Lavoura disse...

Ena tantos professores doutores e professoras doutoras.

Borvo disse...

Ao longo dos séculos, a Turquia islâmica sempre foi uma nação com ambições expansionistas e inimiga da Europa. Apenas 3% do seu território se situa no continente europeu, encontrando-se a restante parte na Ásia. A Turquia, com 99% de população muçulmana, nem sequer faz parte da cultura ocidental.

A liberdade de expressão é praticamente inexistente: o artigo 301.º do seu código penal introduziu a noção de «insulto à nação turca», visando condenar quem questionar o tema do genocídio arménio, perpetrado durante a 1.ª Guerra Mundial pelo exército otomano, ou a discriminação de minorias étnicas e religiosas, nomeadamente a cristã.

Ancara persiste em recusar o reconhecimento da pertença de Chipre à União Europeia, ilha cuja parte Norte ocupa, no seguimento de uma invasão militar.

Nas prisões turcas, o recurso à tortura faz parte do quotidiano. O país jamais ratificou a carta das Nações Unidas contra esta prática abominável.

A situação interna da Turquia é instável, sobretudo a partir da chegada ao poder dos islamitas do partido AKP em 2002. As crises governamentais sucedem-se, a par dos rumores de golpe de estado militar.

Por seu turno, multiplicam-se os ataques aéreos da aviação turca a países vizinhos que abrigam bases dos independentistas curdos.

Caso vingassem as pretensões mundialistas de a colocar na União Europeia, o peso demográfico da Turquia permitir-lhe-ia, por si só, dominar a Europa. Daqui a pouco mais de 20 anos, os estimados 100 milhões de turcos seriam considerados cidadãos europeus com pleno direito de voto, contariam com cerca de 90 eurodeputados e um dos maiores exércitos.

A liberdade de circulação na União Europeia provocaria uma emigração massiva de turcos rumo aos países membros mais prósperos e potenciaria o incremento do terrorismo islâmico em solo europeu.

Os ensejos da elite reinante em acolher a Turquia no seio da União Europeia contribuiriam para a islamização crescente do chamado Velho Continente, e constituiria uma porta de entrada para os milhões de Turcomenos oriundos das repúblicas da ex-URSS e da Ásia Central, que optariam pela nacionalidade turca, visando o tão almejado mercado de trabalho europeu.

Maior fornecedor de heroína para a Europa, a Turquia seria uma porta aberta ao tráfico de droga, a par da entrada de contrafacções e do tráfico humano.

Caso a Turquia fosse admitida na União Europeia, que argumentos poderiam ser invocados para recusar a admissão de outras nações não-europeias como Marrocos, Argélia, Cabo Verde, etc.?

Em suma, a Turquia não é um país europeu, do ponto de vista geográfico, civilizacional, cultural ou étnico.

Considerando que a Europa deve manter-se fiel às suas raízes e identidade próprias, os nacionalistas defendem pois que cessem de imediato as negociações com vista à integração da Turquia muçulmana na União Europeia. Imperativos económicos promovidos por lóbis obscuros, jamais poderão justificar a aniquilação do nosso espaço civilizacional milenar.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...