Hoje, o "Público" faz 25 anos.
Quando apareceu, em 1990. o diário representou uma lufada de ar fresco no panorama jornalístico português, com uma importância quase similar àquela que o "Expresso" teve nos estertores da ditadura - e não será por acaso que o "Público" foi criado por gente saída do "Expresso". O "Público" passou a ser o nosso "Le Monde", o nosso "El País", o nosso "La Reppublica". Era, manifestamente, era um corte cultural com a prática de imprensa diária em que, até aí, Portugal tinha vivido.
Sempre tive no "Público" pessoas que mereceram a minha estima e amizade, ao longo destas duas décadas e meia em que, com as limitações frequentes da distância, acompanho regularmente o jornal. Devo ao "Público" a simpática atenção que deu às diversas atividades que desenvolvi ao longo dos anos. Nele publiquei vários artigos, por ele fui entrevistado algumas vezes. A todos os meus amigos do "Público"- mesmo àqueles que dele se afastaram há muito, como é o caso do seu fundador e idealizador, Vicente Jorge Silva - deixo aqui um forte abraço coletivo de parabéns.
Por muita água que tenha corrido sob as pontes, por muito que o "Público" tenha mudado, uma realidade é indiscutível: há uma imprensa portuguesa antes do "Público" e outra depois da sua aparição.
Por muita água que tenha corrido sob as pontes, por muito que o "Público" tenha mudado, uma realidade é indiscutível: há uma imprensa portuguesa antes do "Público" e outra depois da sua aparição.
5 comentários:
Sem dúvida.
Particularmente agora, que o histórico DN parece ter passado a uma sombra de um passado relevante na imprensa.
Apesar de não habitual leitor do Público, não deixa dúvidas, o forte conteúdo do mesmo, a densidade de grande parte dos seus têxtos.
Que tenha lnga vida.
Repubblica
Curioso, cada vez mais acho que a imprensa portuguesa peca por um grande falta de apelo à leitura. Os jornais são chatos, enfadonhos e todos dizem o mesmo. Com tanto que há por investigar, para fazer, 90% das notícias são as mesmas em todo o lado. Exceptuam-se os ditos regionais ou locais. Tudo o resto é mais do mesmo. Por alguma razão de ano para ano perdem leitores. Não mudem e qualquer dia fecham as portas como já tantos fecharam.
“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data” - Veríssimo.
Quando as vezes excedem o aceitável eu diria, sempre!
Mais isento só o digital "Observador".
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