segunda-feira, março 09, 2015

Declaração de interesses

Neste ano em que, lá para outubro, se decidirá a quem vai competir a futura liderança política do país, decidi aceitar o honroso convite que me foi feito para integrar um grupo de pessoas a quem caberá acompanhar a preparação do programa socialista para as próximas eleições legislativas.
 
Fazem parte desse grupo Ana Maria Bettencourt, António Correia de Campos, António Vitorino, Augusto Santos Silva, Gustavo Cardoso, Helena André, Helena Freitas, João Cravinho, Paulo Pedroso e eu próprio.
 
Há muito que decidi, em definitivo - e eu sou dos que levam a sério a palavra irrevogável -, nunca mais voltar a ter ação política ativa, mas considerei ser meu dever cívico integrar esta tarefa, pontual e limitada no tempo, de aconselhamento de quantos  se envolvem no esforço democrático e patriótico de preparar uma agenda de alternância, capaz de resgatar o país do improviso governativo que sobre ele se abateu nos últimos anos.
 
Se estiverem de acordo comigo, "wish me luck"! Se não estiverem, amigos como dantes e, lá para outubro, logo regressa o quartel-general a Abrantes...

35 comentários:

Anónimo disse...

Claro que estou de acordo.
Parabéns para quem o convidou.
Cumprimentos
Francisco F. Teixeira

Anónimo disse...

Parabéns! Os portugueses precisam da sua lucidez!

Fernanda Leitao disse...

I wish you all the luck. A diáspora precisa de um programa sério e competente, para defesa dos seus interesses específicos, e ninguém melhor do que o Senhor Embaixador para o aconselhar a quem de direito. Bem haja!

Isabel Seixas disse...

Parabéns Sr. Embaixador, sem dúvida(para mim) o elemento mais credível.

Anónimo disse...

Seixas da Costa e não Luis Amado num grupo de trabalho PS é garantia de rigor, consistência e näo de oviedades ululantes.

Defreitas disse...

Coragem e competência são os requisitos necessários. O Senhor Embaixador tem os dois e sem duvida também o de crer que a politica nefasta da direita reaccionária não e uma fatalidade. Para o bem dos Portugueses e do bom nome de Portugal no mundo, BOM SUCESSO !

Anónimo disse...

parabens pelo seu empenho,porque a sua lucidez sera importante ,bem haja.

Bartolomeu disse...

Eu gostaria de assistir na proxima campanha, à apresentação de um programa eleitoral sóbrio, realista, conciso, claro e objectivo. Eu, e penso que a maioria dos portugueses se fartou de programas eleitorais que só o são enquanto dura a campanha e que após as eleições são esquecidos e abandonados, tendo servido somente para iludir o povo, conquistando-lhe o voto. Além dos votos de confiança e amizade que os anteriores comentadores lhe dedicaram, quero desejar-lhe clarividência nas propostas que fizer para a composição desse programa e lembra-lo que o Senhor e os restantes membros, estarão a propor medidas que pretendem emendar erros, colocando o país num caminho de prosperidade, promovendo ações que irão refletir-se na vida dos portugueses. Não lhe desejo sorte, desejo-lhe que a si e aos seus «compagnons de route» não faltem a abertura de espírito e a razão que lhes permita encontrar as medidas exequíveis e necessárias, não dogmáticas de que o país precisa.

Anónimo disse...

Acho muito bem. Comecem logo por pensar numa alteração à Constituição no sentido de acabar com a eleição presidencial por sufrágio directo. Está provado que é uma inutilidade.
JPGarcia

Anónimo disse...

É desta que Olivença se vai mesmo...

Anónimo disse...

Nada que não se estivesse à espera. Era uma tendência que se fazia parte, em crescendo, dos últimos meses.
Desejo-lhe boa sorte e, a capacidade de incutir algum do seu bom senso e sentido de País, naqueles com quem irá colaborar.

Anónimo disse...

Caro Embaixador, fiquei desiludida. :(

Anónimo disse...


Bom Dia, Senhor Embaixador

Parabéns e ... Obrigado por ter aceite.

Como é possível que uma notícia destas me tenha comovido, como estou neste momento?!

Será porque é a primeira vez, desde a eleição de António Costa, que volto a ver uma pequenina luz ao fundo do túnel?

Anónimo disse...

Mixed feelings: por um lado alguém que sabe do que se fala quando se fala em Política Externa, tendo presente prioridades, limites e oportunidades e que, como tal, poderá ajudar a inverter o caminho traçado nos últimos anos. E mais importante, com provas dadas!

Por outro, same old, same old, nomes na sua maioria que só fora de funções governativas é que sabem o que se pode fazer, juntamente com outros que fora do mundo partidário, mobilizam tanto como o actual Festival da Canção.

Mas que não seja por isso que deixo de lhe desejar boa sorte, Sr. Embaixador. Merece-a, sem dúvida. E a Política Externa portuguesa precisa de quem, junto de quem decide, a defenda.

Janus disse...

Vai mesmo ter que ter boa sorte...
No entanto, é isso mesmo o que, sinceramente, lhe desejo.

Deolinda Rugeiro Cruz disse...

Parabéns! O meu voto vai para si e para o Eng.º Cravinho! São sem dúvida 2 personalidades que me garantem conhecimento e seriedade!!

Anónimo disse...


Entretanto, o PS terá que começar também a preparar a campanha para as presidenciais.
É que Cavaco Silva já lançou a candidatura do seu preferido: O título do Diário de Notícias de hoje indica claramente quem é - Durão Barroso.

José de Brito Pires disse...

Gostaria que o seu contributo se traduzisse em ideias que postas em prática, constituíssem a verdadeira alternativa à actual política de austeridade, com o fomento da economia, sem prejuízo das contas públicas. Boa sorte,

Anónimo disse...

Sr. embaixador: não poderá dar uma ajudinha para erradicar de vez as Estrelas decadentes que por lá pululam e que passam o tempo a chegar-se à frente, mais ainda se vislumbram uma câmera de televisão que as fará surgir na Grande Gala. A Grande Bouffe do poder serve para cuolocar genros, filhos, enteadas, primas.Antigamente na minha terra natal falava-se de empenhos, hoje os nomes dão mais tecno

Anónimo disse...

Outro sangue a correr nas veias do poder.

Espero com alegria que faça valer os seus pontos de vista.

Guilherme.

Anónimo disse...

Não se limite apenas ao um in-put dobre política externa. Quanto à ausência de Vital Moreira (para já nem falar da de Amado), ainda bem, não se perde nada. Pelo contrário.

Anónimo disse...

"...preparação do programa socialista para as próximas eleições legislativas..."

- Preparem um programa real de acordo com as condições em que se vive em Portugal, ou pelo menos, a maioria das pessoas
- Esqueçam de uma vez por todas a redoma em que uns poucos vivem, que essa não é a realidade do País
- Pensem em opções que não passem por PPP e aumento da dívida e soluções que jamais serão cumpridas
- Não prometam mundos e fundos que não podem cumprir
- Não pensem em gastar mais do que temos nem em aumentar os empréstimos existentes
- Pensem em pessoas com CV imaculado para o as funções políticas que se adivinham
- Sejam honestos com os Portugueses

Não se pede mais nada.

Anónimo disse...

Senhor Embaixador

Como não sou hipócrita, não só não estou de acordo como espero que a força politica que apoia sai derrotada

Espero assim ansiosamente por Outubro para tudo voltar ao normal

Abraço

Anónimo disse...

Sr. Embaixador, caso seja convidado, seria um enorme erro rejeitar ser MNE.

Estes quatro anos representaram um enorme rombo na reputação da nossa politica externa.

A sua contribuição seria muitissimo útil.

Mande a irrevogabilidade a um sitio que ambos sabemos.

Abraços

Joaquim de Freitas disse...

O comentário do Senhor Mello Breyner é sem duvida o mais sincero da lista : "Espero assim ansiosamente por Outubro para tudo voltar ao normal".

O normal para o Senhor seria voltar a 1909. Senão, 1926 até 1974 seria aceitável. Falta de melhor ,vamos lá pela situação actual, que permite de enriquecer a elite, de roubar ainda aqueles que pouco têm e , sobretudo, de destruir a Nação ao obrigar o seu sangue jovem a partir para o estrangeiro .

Confessar que esta situação é a que lhe convém , como aos que tudo possuem, é a prova que tudo deve ser feito para a substituir por um Portugal mais justo. E que não devemos contar com cidadãos oportunistas para quem o bem estar do Povo é a menor das preocupações.

Anónimo disse...

Bom trabalho! As Necessidades precisam de si.

Carlos Serra

Anónimo disse...

O Sr. Mello Breynner sabe muito pouco de história e mete a cabeça na areia para não ver que a vida não é o que ele pensa e o que ele quer. É caso para dizer que, frente à realidade, há burros e asnos. Eu adoro burros, como adoro gatos. Estes, ao menos, têm inteligência prática, contrariamente, a muitos humanos.

Francisco Seixas da Costa disse...

O comentário de José Tomaz de Mello Breyner é perfeitamente legítimo e foi aqui expresso com amiga elegância. Por muto exasperados que alguns estejam com o atual governo - e eu sou um deles - cada português tem o direito de sobre ele pensar o que lhe aprouver. Ajudei a fazer o 25 de abril para poder garantir que a liberdade, doa a quem doer, é hoje de todos.

Anónimo disse...

O "normal" é que, quem ganhar as eleições não cumpra um conjunto de balelas a que chamaram programa de gov.!
Caro Mello Breynner, garanto-lhe, depois das eleições tudo estará "normal"!... (Bem, se os burros e os gatos votarem não garanto...)

Joaquim de Freitas disse...

Senhor Embaixador: No meu comentário não entendi negar o direito, seja a quem for, de se exprimir, e sobretudo num blogue que lhe pertence. O espírito da Revolução na qual participou resta intacto na minha maneira de pensar. Mesmo se alguns daqueles que aqui comentam este e outros temas, reivindicam a pertença ao regime que me negou esse mesmo direito.

Eu sei que a Revolução foi generosa.

O que me levou a comentar da maneira como o fiz, foi uma reacção ao último relatório do INE , que revela que:

- A taxa de privação material cresceu e que hoje há mais pessoas em risco de exclusão social e mais crianças em risco de pobreza.
- O número de pessoas abaixo do limiar de pobreza cresceu e voltou a ultrapassar os 2 milhões de portugueses. O rendimento dos que são considerados pobres é também hoje mais baixo (o rendimento do limiar de pobreza é hoje 5% mais baixo do que em 2009).

- O aumento da desigualdade mostra que a diferença de rendimento entre os mais ricos e os mais pobres aumentou, o que significa que a diminuição de rendimentos foi proporcionalmente maior nos mais pobres. Em 2010, os 10% mais ricos tinham um rendimento 9 vezes superior aos 10% mais pobres, em 2013 este valor subiu para 11 vezes.

- uma degradação das condições de vida dos mais pobres. Estes não só são mais como estão em pior situação. A taxa de intensidade da pobreza, que mede em termos percentuais a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza, foi de 30,3% em 2013, registando-se um agravamento de 2,9 p.p. face ao défice de recursos registado em 2012, e de 7,1 p.p. face a 2010.
- O actual Governo reduziu fortemente os apoios directos à pobreza. O número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) caiu 40% face aos valores de 2010, um corte muito superior ao registado nas despesas correntes. O número de pessoas abaixo do limiar de pobreza aumentou 170 mil, o número de beneficiários do RSI diminuiu mais de 200 mil.

- O aumento da pobreza foi particularmente acentuado nas famílias com filhos. O risco de pobreza entre as crianças aumentou 3 pontos percentuais desde 2010, e é mais de 25% superior ao da população em geral.
- Num contexto de diminuição da população, Portugal não se pode dar ao luxo de desperdiçar uma parte importante do potencial humano de 25,6% de uma geração. Nestes 25% de jovens estão 25% dos nossos potenciais melhores médicos, músicos, engenheiros e economistas.


O Senhor Embaixador compreende , perante o que precede, que alguém possa desejar que "isto" continue", é revoltante.

Anónimo disse...

Os "cozinheiros" do programa do PS são na sua generalidade da ala, digamos, mais conservadora do PS. Não augura nada de entusiasmante, bem pelo contrário. Bom, de Costa, não era de esperar outra coisa. Espero que o PS ganhe (quem mais pode?), mas com apenas uns 30% de votos, que o PSD/CDS caiam no conjunto para uns 25% e que os restantes outros Partidos obtenham o resto.

Anónimo disse...

Padre António Vieira:

"Os Ministros da Pena

Eu não sei como não treme a mão a todos os ministros de pena, e muito mais àqueles que sobre um joelho aos pés do rei recebem os seus oráculos, e os interpretam, e estendem. Eles são os que com um advérbio podem limitar ou ampliar as fortunas; eles os que com uma cifra podem adiantar direitos, e atrasar preferências; eles os que com uma palavra podem dar ou tirar peso à balança da justiça; eles os que com uma cláusula equívoca ou menos clara, podem deixar duvidoso, e em questão, o que havia de ser certo e efectivo; eles os que com meter ou não meter um papel, podem chegar a introduzir a quem quiserem, e desviar e excluir a quem não quiserem; eles, finalmente, os que dão a última forma às resoluções soberanas, de que depende o ser ou não ser de tudo. Todas as penas, como as ervas, têm a sua virtude; mas as que estão mais chegadas à fonte do poder são as que prevalecem sempre a todas as outras. São por ofício, ou artifício, como as penas da águia, das quais dizem os naturais, que postas entre as penas das outras aves, a todas comem e desfazem. "

Anónimo disse...

Para os que pensam que eu sou um perigoso capitalista a defender o meu tacho gostava de dizer que toda a vida trabalhei por conta de outrem, e como nunca roubei não sou rico. Neste momento sou até um dos 13% dos desempregados a receber subsidio de desemprego e cada vez com menos esperança de encontrar emprego pois ninguém gosta dos velhos de 58 anos que no entanto são demasiado novos para se reformar.

Sim Senhor Joaquim de Freitas sou monárquico e do CDS mas penso que isso não é crime pois o CDS é um partido legal e a Monarquia é um regime que está implantado em Espanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suécia, Dinamarca, Noruega, e não me consta que nenhum Cidadão destes Países se queixe muito do regime

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro José Tomaz de Mello Breyner: como compreenderá, não posso publicar o seu comentário. Que agradeço.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro José Tomaz de Mello Breyner: como compreenderá, não posso publicar o seu comentário. Que agradeço.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...