Foto de António Pedro Ferreira
Faz hoje precisamente 40 anos.
A tensão fora imensa, durante todo o dia. Recordo os caças a passar a meio da manhã sobre Belém (que eu via da varanda da Ciesa-NCK, onde tinha o meu emprego matinal), as notícias do ataque aéreo e terrestre ao regimento do RALIS, o almoço rápido e pesado na messe do Instituto de Altos Estudos Militares, em Pedrouços, e uma infindável tarde, prenhe de boatos, telefonemas e dúvidas, passada entre a 2ª divisão do EMGFA, no palácio da Ajuda, e o então Instituto de Sociologia Militar (hoje Instituto de Defesa Nacional), na calçada das Necessidades.
Era o dia 11 de Março de 1975. Spínola havia provocado a revolta contra o MFA em Tancos, mandara avançar forças sobre Lisboa, convencido que poderia conseguir um levantamento de outras unidades, descontentes com a progressão radical da revolução. A tensão político-militar tinha atingido o seu ponto extremo e culminaria com a patética rendição dos pára-quedistas em frente ao RALIS, sob a mediação de Luís Costa Correia, com a fuga de Spínola para Espanha, a prenunciar que muita coisa poderia mudar a partir de então. Não sabíamos, porém, o quê e como.
A tarde acabou e eu regressei a casa, a ouvir a rádio e a ver, pela enésima vez, as imagens da televisão. Por um pressentimento de que algo iria passar-se ainda nesse dia, voltei ao Instituto de Sociologia Militar, depois de jantar. Começaram a aparecer por lá alguns milicianos do Exército, como eu e o Agostinho Roseta, militares da Marinha, gente vinda do RALIS, estes últimos a descrever com emoção os eventos da manhã. E surgiram algumas figuras gradas do MFA, próximas do PCP, como Ramiro Correia e o próprio Dinis de Almeida, figura do dia.
De repente, como que por acaso, começou a consensualizar-se uma onda de revolta pelo facto do “Conselho dos Vinte”, que funcionava como órgão militar máximo desde a extinção da Junta de Salvação Nacional, estar “placidamente reunido nos tapetes de Belém”, como alguém disse. Aparentemente, ao que nos chegava, o Conselho estaria apenas disposto a reflectir sobre a crise, sem cuidar de afastar ou punir alguns culpados óbvios, senão por acção, pelo menos por indesculpável omissão ou complacência com os “conspiradores spinolistas”, como o nosso radicalismo de então simplificava os revoltosos do dia.
Para muitos dos exaltados presentes, a lista dos responsáveis já era longa, desde os serviços de informação militar até certas figuras da hierarquia militar e à "reaccionária" direcção da televisão, o que significava, para alguns, querer atingir Ramalho Eanes, o general que, meses mais tarde, seria o comandante operacional do contra-golpe de 25 de Novembro de 1975.
Aí pelas 10 horas da noite, forma-se, no seio do "pessoal" que discutia a situação, uma ideia imparável: ir a Belém, interromper o “Conselho dos Vinte” e exigir uma reunião extraordinária da Assembleia do MFA, para essa mesma noite.
Dito e feito. Aí avançámos nós rumo à Presidência da República. Entrei ao volante do meu carro pelo pátio das Damas, à Ajuda, sem nenhum impedimento dos polícias do portão, como que amedrontados pelo aparato da fila de viaturas. A meu lado ia o Agostinho Roseta, dois desconhecidos oficiais da Marinha de boleia no banco de trás, a quem não arrancámos grandes palavras em todo o trajeto.
Depois, foi aquele povoléu de roldão pelos corredores, qual entrada no Palácio de Inverno, com escadas que notei que desciam e subiam de seguida, até que entrámos numa sala, onde demos de cara com o almirante Rosa Coutinho. O Conselho devia estar interrompido e o almirante, com o seu sorriso largo, olhando o nosso tom decidido e grave, lançou, divertido: “Até parece que vêm fazer um golpe de Estado!”.
Foi então que se ouviu uma voz, saída de uma cadeira à esquerda da porta por onde entráramos, e em quem não havíamos ainda reparado: “Eu não lhe dizia, meu almirante, que a rapaziada acabava por aparecer por cá?!”. Era uma figura muito conhecida do MFA, desde sempre muito ligada ao PCP.
Nesse instante, olhei para o Agostinho Roseta e ambos concluímos, em silêncio, estarmos a fazer o papel de “inocentes úteis” numa manobra para a realização de uma Assembleia extraordinária, muito bem urdida pelo "partido" e pela “esquerda militar” que lhe era afeta.
De seguida, as coisas precipitaram-se. Saímos para uma sala maior, os membros do Conselho acabaram por se juntar à tropa "amotinada" que nós éramos, houve uma dura troca de palavras durante cerca de um quarto de hora, com Vasco Lourenço a tentar ser a força moderadora do lado dos conselheiros, tendo o presidente Costa Gomes acedido, finalmente, à realização da Assembleia – esse areópago de cerca de 240 militares que era uma espécie de parlamento da revolução.
Meia hora mais tarde, perante o entusiasmo de muitos e o visível incómodo de alguns, estávamos a reunir, de volta à calçada das Necessidades, aquela que ficou conhecida como a “assembleia selvagem” de 11 de Março, uma Assembleia do MFA convocada em termos mais do que duvidosos e com uma composição mais do que nunca “ad hoc” – de que a melhor prova era a minha própria presença, que dela não fazia parte formal, embora, noutra qualidade, tivesse estado presente em reuniões anteriores, o que voltaria a repetir-se até julho.
Aquela foi a noite dos confrontos verbais extremos, de um apelo pateta e isolado a fuzilamentos de “traidores”, de uma imensidão de intervenções dramáticas, em que até eu não deixei de meter a minha breve colherada oratória. Às oito da manhã, estava a tomar pequeno almoço com o José Rebelo, então correspondente do “Le Monde”, sedento de notícias, numa leitaria no Saldanha.
O dia correu numa imensa agitação e, na noite desse já 12 de Março, ajudei a discutir, numa acalorada assembleia do Exército, os nomes para o Conselho da Revolução, que a reunião “selvagem” da véspera criara. A minha legitimidade para participar nesse exercício continuava a ser mais do que duvidosa, mas os tempos eram o que eram.
Antes, porém, num intervalo, fui procurado pela mesma figura que na véspera encontrara em Belém, a qual, a pretexto de felicitar-me por uma intervenção feita momentos antes, me deu a ler, para consideração e eventual apoio, uma proposta com nomes para figurarem como representantes do Exército naquele novo Conselho. O nome do próprio constava da lista.
Olhei para ele, “escaldado” pela cena de Belém, e retorqui apenas: “Não acha essa lista demasiado óbvia?”. Voltou-me as costas. Eu podia continuar a ser inocente, mas havia coisas para as quais já não me prestava a ser útil. Há dias encontrei-o na rua. E dei-lhe um abraço, claro.
Faz hoje precisamente 40 anos.
A tensão fora imensa, durante todo o dia. Recordo os caças a passar a meio da manhã sobre Belém (que eu via da varanda da Ciesa-NCK, onde tinha o meu emprego matinal), as notícias do ataque aéreo e terrestre ao regimento do RALIS, o almoço rápido e pesado na messe do Instituto de Altos Estudos Militares, em Pedrouços, e uma infindável tarde, prenhe de boatos, telefonemas e dúvidas, passada entre a 2ª divisão do EMGFA, no palácio da Ajuda, e o então Instituto de Sociologia Militar (hoje Instituto de Defesa Nacional), na calçada das Necessidades.
Era o dia 11 de Março de 1975. Spínola havia provocado a revolta contra o MFA em Tancos, mandara avançar forças sobre Lisboa, convencido que poderia conseguir um levantamento de outras unidades, descontentes com a progressão radical da revolução. A tensão político-militar tinha atingido o seu ponto extremo e culminaria com a patética rendição dos pára-quedistas em frente ao RALIS, sob a mediação de Luís Costa Correia, com a fuga de Spínola para Espanha, a prenunciar que muita coisa poderia mudar a partir de então. Não sabíamos, porém, o quê e como.
A tarde acabou e eu regressei a casa, a ouvir a rádio e a ver, pela enésima vez, as imagens da televisão. Por um pressentimento de que algo iria passar-se ainda nesse dia, voltei ao Instituto de Sociologia Militar, depois de jantar. Começaram a aparecer por lá alguns milicianos do Exército, como eu e o Agostinho Roseta, militares da Marinha, gente vinda do RALIS, estes últimos a descrever com emoção os eventos da manhã. E surgiram algumas figuras gradas do MFA, próximas do PCP, como Ramiro Correia e o próprio Dinis de Almeida, figura do dia.
De repente, como que por acaso, começou a consensualizar-se uma onda de revolta pelo facto do “Conselho dos Vinte”, que funcionava como órgão militar máximo desde a extinção da Junta de Salvação Nacional, estar “placidamente reunido nos tapetes de Belém”, como alguém disse. Aparentemente, ao que nos chegava, o Conselho estaria apenas disposto a reflectir sobre a crise, sem cuidar de afastar ou punir alguns culpados óbvios, senão por acção, pelo menos por indesculpável omissão ou complacência com os “conspiradores spinolistas”, como o nosso radicalismo de então simplificava os revoltosos do dia.
Para muitos dos exaltados presentes, a lista dos responsáveis já era longa, desde os serviços de informação militar até certas figuras da hierarquia militar e à "reaccionária" direcção da televisão, o que significava, para alguns, querer atingir Ramalho Eanes, o general que, meses mais tarde, seria o comandante operacional do contra-golpe de 25 de Novembro de 1975.
Aí pelas 10 horas da noite, forma-se, no seio do "pessoal" que discutia a situação, uma ideia imparável: ir a Belém, interromper o “Conselho dos Vinte” e exigir uma reunião extraordinária da Assembleia do MFA, para essa mesma noite.
Dito e feito. Aí avançámos nós rumo à Presidência da República. Entrei ao volante do meu carro pelo pátio das Damas, à Ajuda, sem nenhum impedimento dos polícias do portão, como que amedrontados pelo aparato da fila de viaturas. A meu lado ia o Agostinho Roseta, dois desconhecidos oficiais da Marinha de boleia no banco de trás, a quem não arrancámos grandes palavras em todo o trajeto.
Depois, foi aquele povoléu de roldão pelos corredores, qual entrada no Palácio de Inverno, com escadas que notei que desciam e subiam de seguida, até que entrámos numa sala, onde demos de cara com o almirante Rosa Coutinho. O Conselho devia estar interrompido e o almirante, com o seu sorriso largo, olhando o nosso tom decidido e grave, lançou, divertido: “Até parece que vêm fazer um golpe de Estado!”.
Foi então que se ouviu uma voz, saída de uma cadeira à esquerda da porta por onde entráramos, e em quem não havíamos ainda reparado: “Eu não lhe dizia, meu almirante, que a rapaziada acabava por aparecer por cá?!”. Era uma figura muito conhecida do MFA, desde sempre muito ligada ao PCP.
Nesse instante, olhei para o Agostinho Roseta e ambos concluímos, em silêncio, estarmos a fazer o papel de “inocentes úteis” numa manobra para a realização de uma Assembleia extraordinária, muito bem urdida pelo "partido" e pela “esquerda militar” que lhe era afeta.
De seguida, as coisas precipitaram-se. Saímos para uma sala maior, os membros do Conselho acabaram por se juntar à tropa "amotinada" que nós éramos, houve uma dura troca de palavras durante cerca de um quarto de hora, com Vasco Lourenço a tentar ser a força moderadora do lado dos conselheiros, tendo o presidente Costa Gomes acedido, finalmente, à realização da Assembleia – esse areópago de cerca de 240 militares que era uma espécie de parlamento da revolução.
Meia hora mais tarde, perante o entusiasmo de muitos e o visível incómodo de alguns, estávamos a reunir, de volta à calçada das Necessidades, aquela que ficou conhecida como a “assembleia selvagem” de 11 de Março, uma Assembleia do MFA convocada em termos mais do que duvidosos e com uma composição mais do que nunca “ad hoc” – de que a melhor prova era a minha própria presença, que dela não fazia parte formal, embora, noutra qualidade, tivesse estado presente em reuniões anteriores, o que voltaria a repetir-se até julho.
Aquela foi a noite dos confrontos verbais extremos, de um apelo pateta e isolado a fuzilamentos de “traidores”, de uma imensidão de intervenções dramáticas, em que até eu não deixei de meter a minha breve colherada oratória. Às oito da manhã, estava a tomar pequeno almoço com o José Rebelo, então correspondente do “Le Monde”, sedento de notícias, numa leitaria no Saldanha.
O dia correu numa imensa agitação e, na noite desse já 12 de Março, ajudei a discutir, numa acalorada assembleia do Exército, os nomes para o Conselho da Revolução, que a reunião “selvagem” da véspera criara. A minha legitimidade para participar nesse exercício continuava a ser mais do que duvidosa, mas os tempos eram o que eram.
Antes, porém, num intervalo, fui procurado pela mesma figura que na véspera encontrara em Belém, a qual, a pretexto de felicitar-me por uma intervenção feita momentos antes, me deu a ler, para consideração e eventual apoio, uma proposta com nomes para figurarem como representantes do Exército naquele novo Conselho. O nome do próprio constava da lista.
Olhei para ele, “escaldado” pela cena de Belém, e retorqui apenas: “Não acha essa lista demasiado óbvia?”. Voltou-me as costas. Eu podia continuar a ser inocente, mas havia coisas para as quais já não me prestava a ser útil. Há dias encontrei-o na rua. E dei-lhe um abraço, claro.
Caramba, já passaram 40 anos.
(Reedição atualizada de um post antigo)
19 comentários:
A "Guerra dos Botões Dourados"
Parece que foi ontem o General da rapsódia - conhecia bem era visita ao "bebado" da DST - fico por aqui
O Blogue "Entre as brumas da Memória" faz um comentário curto, mas muito interessante sobre o 11 de Março de 1975.
Mais importante do que ter vivido o acontecimento militarmente por dentro foi vive-lo politicamente, porque aquilo que realmente acabou por marcar foram as decisões políticas subsequentes, como, por exemplo, algumas nacionalizações (banca e Seguros). Igualmente, as declarações de então, de Partidos como o PPD, que embora a contragosto aceitou essas nacionalizações, a Políticos, como Mário Soares, que vibrou com o acontecimento.
Por mim, renho esses momentos, politicos e mlitares, que foram históricos, enquanto cidadão que a tudo assistiu, como muitos outros milhares. E, quando se olha para onde estamos hoje, dirigidos por gente sem idoneidade, esse momento de História, embora, naturalmente interpretado como cada um melhor o entender, recorda-se com alguma saudade. Não para se voltar atrás, a História nunca se repete e não tem que repetir, mas se tirar lições.
Naqueles tempos havia reuniões por tudo e por nada. Parece que ficaram por esses mesmos tempos. De lá para cá, 3 bancarrotas, BPP, BPN, BES, PPP,....e tudo fica na mesma.
A tropa do part-time.
Eis um aniversário que seria conveniente esquecer. O 11 de Março de 1975 é talvez a data mais negra dos últimos 100 anos em Portugal.
Lembro-me do 11 de março de 1975 como se fosse hoje. A temperatura (celsius) estava mais elevada do que a de hoje, dir-se-ia uma Primavera mais avançada a caminho do Verão!...
Caríssimo Chico
Passei esse famoso dia no "Portugal Socialista", onde como chefe da Redacção coordenada os poucos camaradas redactores e colaboradores do semanário.
Entretanto, como não tinha notícias da Raquel que estava no aeroporto onde trabalhava, tirei-me dos meus cuidados e fui até lá.
Ali presenciei cenas caricatas com o Dinis de Almeida a a dar ordens para abaterem os aviões com...G3
A Raquel estava lá no meio da maralha de punho erguido contra o Fitipaldi das Chaimites. Trouxe-a para o "Portugal Socialista" onde ajudou a fazer o jornal.
Daí telefonou para um tio médico para este ir buscar os miúdos que estavam sozinhos em casa no Carnaxide Novo onde então nem havia telefones.
À noite,depois de depositar em casa a família Ferreira (para os putos era uma grande aventura que dava a televisão) e voltei à capital onde ainda tive a oportunidade de saber coisas sobre a "assembleia selvagem" que escrever no semanário do PS.
Foi um dia e uma noite que jamais esquecerei ainda que não estive por dentro das movimentações militares, como te aconteceu.
Mais tarde, no 25 de Novembro, aí sim até entrei no meu RI1 já Regimento dos Comandos, e fui o único jornalista a fazê-lo.
Um dia destes contarei na Travessa o "meu" 25 de Novembro entre a calçada da Ajuda e a sede do COPCON em Monsanto. Quando me der na bolha e tiver pachorra que vou recuperando pois parece que estou melhor da minha "coisa" - obviamente a minha perna esquerda...
Abç
Foi uma data tramada,concordo.Como sequelas,entre outras coisas,nacionalizou-se a Banca! E durante dezasseis(16) anos não se viram manifestações com a palavra de ordem "Queremos o nosso Dinheiro!" Maldita esquerda,que não nos deixava manobrar, a nós,os génios da gestão...
Foi uma data tramada,concordo.Como sequelas,entre outras coisas,nacionalizou-se a Banca! E durante dezasseis(16) anos não se viram manifestações com a palavra de ordem "Queremos o nosso Dinheiro!" Maldita esquerda,que não nos deixava manobrar, a nós,os génios da gestão...
Foi uma data tramada,concordo.Como sequelas,entre outras coisas,nacionalizou-se a Banca! E durante dezasseis(16) anos não se viram manifestações com a palavra de ordem "Queremos o nosso Dinheiro!" Maldita esquerda,que não nos deixava manobrar, a nós,os génios da gestão...
Foi uma data tramada! Teve consequências:nacionalizar-se a Banca foi uma delas. E durante dezasseis anos,nunca se viu uma manifestação com a palavra de ordem "Dêe-nos o nosso dinheiro!". Maldita esquerda, que não nos deixava gerir,a nós,os génios da Finança!
O Freitas não aparece. Como não há nada que lhe permita cascar nos américas, ele fica à distância. Que raio, embaixador, nem uma palavrinha sobre o Carlucci? Qualquer coisa que permita ao homem deixar aqui um testamento!
Parabéns pelasinceridade na descrição. Eram tempos diferentes, quem não os viveu pode ter dificuldade em compreender algumas coisas, mas não devemos ter vergonha do que se passou.
Um reparo: creio que o Eanes ainda não era general na altura.... Capitão? Major?
Só foi pena que a cambada da Banca e das Seguradoras não tivessem continuado nas mãos do Estado. Ter-se-ia evitado o desastre em que nos encontramos, pelo menos em boa parte, visto a maioria da dívida privada, os tais 200 mil milhões de euros, ao tempo das nefastas negociações com a Troika era da Banca. E ter-se-ia evitado interferencias de soberania do BCE e Comissão sobre este paupérrimo país. E claro nunca teria havido casos como os do BPN, BES e outros. Gozo imenso de satiasfação que a malta da Direita deteste o 11 de Março. Um raio que os parta!
Ó ANTUNES FERREIRA escreva enquanto jornalista porque em termos militares você calcula muito mal o azimute.
Informação para o comentador HY :
A patente de Ramalho Eanes em 1975 era Tenente Coronel.
março desavindo um romance que fala do assunto, de mário ventura
Obrigado, Correia da Silva. Li de facto que em 1975 seria promovido a tenente-coronel, mas leio em muitos locais referências ao major Ramalho Eanes na direcção da RTP em relação com o 11de Março... Provavelmente a promoção será posterior?
É um pormenor sem qualquer relevo. Apenas tinha a noção que só depois do 25 Novembro é que ascendeu ao generalato.
Enviar um comentário