Neste dia internacional da mulher, e num tempo em que combate à violência doméstica está (felizmente) na atualidade, vale a pena lembrar, pelo que revela de um Portugal que, se calhar, ainda continua a existir por aí, o que uma mulher de A-Ver-o-Mar dizia à escritora Luísa Dacosta, quando interrogada sobre se o marido lhe batia: "Ele não me bate muito, só o preciso".
8 comentários:
O Universo, obdece a leis, a formulas e a dimensões. Ninguem consegue calcular com precisão a idade do Universo, a idade da Terra, a idade do Homem. Sabe-se contudo que tudo tem início num determinado ponto e que evolui a partir daí. Einstein afirmou que tudo começou com o "Big-Bang" e que virá a terminar com o "Big Crunch" ou, o "Big Freeze". Contudo a Antropologia revela-nos certezas naquilo que concerne à evolução da raça humana. E nessa matéria, existem certezas que explicam a "lógica" de a mulher ser considerada, desde os primordios, um ser inferior. Esta inferioridade advem da diferença entre a sua anatomia e a do homem, começando pela inferior força muscular e pela menor amplitude de movimentos dos membros superiores e inferirores.
Estas diferenças impediam-na de caçar, ou seja de contribuir para a obtenção da principal fonte de alimentos que garantia a sustentabilidade da tribo ou clã. Com a continuação da evolução humana, a mulher foi no entanto revelando possuir "competências" que compensavam e em alguns aspectos superavam as dos homens. Ou seja, enquanto os homens possuiam a força e a agilidade para caçar e utilizar as armas, a mulher possuía a intuição para colher ervas, raízes e frutos comestíveis e ainda, aqueles que possuiam propriedades medicinais. Possuíam ainda a capacidade de memorizar os locais onde enterravam provisões quando encetavam a perseguição das manadas em transumância; provisões essas (sobretudo odres com água) que garantiam o regresso à tribo, do grupo de caçadores e da carne que entretanto caçavam e que as mulheres preparavam e transportavam. Estas capacidades, evoluiram com a mulher, na mulher e, através da mulher, ao longo dos séculos e dos milénios, garantindo-lhe um lugar equivalente ao do homem mas em separado, na estrutura social do clã. Depois, tudo se alterou radicalmente, a Terra sofreu grandes alterações climatéricas, deu-se o degelo, o Homem começou a construir habitações, a domesticar animais, a cultivar. Uma nova estrutura social foi surgindo aos poucos e a relação homem-mulher começaram adquirir nova forma, sujeita a novas leis, irremediavelmente penalizadoras da condição feminina nas novas sociedades. Hoje, assistimos a novas mudanças e ao estabelecimento de novas leis, desta feita para garantir alguma proteção a esse ser maravilhoso que tem acompanhado o homem na sua longa caminhada, que o tem apoiado e de forma muitas vezes humilhante, o tem feito prosperar e realizar. Esperemos que num furturo muito próximo, as mentes se abram e com elas o entendimento de que a existência humana depende da simbiose harmoniosa entre os dois únicos seres animais racionais que habitam o planeta.
ou o provérbio muçulmano:
bate na tua mulher todos os dias , se não souberes porquê , ela sabe com certeza
Caríssimo Chico
... e como dizia o outro, só se perdem as que caem no chão ou a mulher que dizia quanto mais me bates mais gosto de ti...
Como diziam os Parodiantes - À uma é cada uma...
Abç
Gostava de dizer ao Bartomoleu das Certezas Certificadas que a teoria do Big Bang foi proposta por Georges Lemaître e batizada 20 anos mais tarde (pejorativamente, diga-se) por Fred Hoyle.
Anónimo, se escolhermos esse "caminho", então teremos de recuar a Newton e à sua teoria "espaço-tempo"...
O sr. Bartolomeu caminhe por onde quiser, mas não acuse o sr. Einstein de afirmações que nunca produziu.
Pelos comentários só quando entendermos a natureza dos "buracos negros" é que perceberemos as mulheres e em consequência atingiremos o triunfo máximo da razão humana e o entendimento deveria ser perfeito!
Aí, esse ser (algumas maravilhosas) dirá: Há um problema! perguntaremos logo: Qual? e ela: deixa pra lá...
Anónimo, desde que a humanidade ultrapassou a "Idade das Trevas" viu-se enredada em múltiplas incógnitas de cariz existêncial. Umas, levam com frequência a outras, sem que as anteriores tenham conhecido solução. Essa questão de "entendermos as mulheres" ou de as conhecermos, ou de as percebermos, é uma questão em que tanto homens como mulheres se têm deixado enredar e que, quanto mais esbracejam para dela se livrar, mais presos ficam. Na realidade existem inúmeros desconhecimentos, impossíveis de conhecer intrínsecamente (pelo menos enquanto existirmos na presente dimensão) com os quais convivemos harmoniosamente. Não sei se o triunfo máximo da razão humana será atingido se ou quando passarmos a compreender as mulheres. A meu ver, aquilo que o homem necessitam compreender, é a necessidade de cooperação e de interação sem perder tempo e razão a "desembrulhar" a natureza de cada um. Dou-lhe um exemplo que provávelmente irá considerar estapafurdio mas que do meu ponto de vista ilustra o que acabei de afirmar. A maioria de nós que utiliza o computador ou outro qualquer aparelho similar, não faz a mínima ideia do seu funcionamento e até, quando a máquina não corresponde ao nosso desejo, costumamos dizer "esta coisa parece que tem vida própria". No entanto, aprendemos o necessário para a usar e interagir com ela e através dela. outro exemplo prático pode ser o automóvel; a esmagadora maioria dos condutores aprendeu a conduzir, mas não faz a mais pálida ideia de como a máquina funciona, no entanto, usa-a diáriamente e muitos até lhe dedicam uma estima superior àquela que dedicam a um ser humano. Aquilo que em minha opinião precisamos, é aprender e habituarmo-nos a relacionarmo-nos de forma paralela e visando a promoção pessoal de cada um individualmente e de todos, socialmente.
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