Nas conversas numa serena praia atlântica, esgotada a crise no BES e o prestígio declinante da TAP, o tema do novo comissário europeu veio à natural baila.
Alguém lembrou um facto que passou sem grande destaque: há poucas semanas, a Finlândia, substituiu o comissário que tinha na anterior Comissão, Olli Rehn, que era candidato ao Parlamento europeu. Indicou ao Dr. Durão Barroso nada mais nada menos do que o seu então primeiro-ministro. O nome foi naturalmente aceite. A operação parecia até ridícula: então faltava muito pouco tempo para o termo de vigência da Comissão, nem sequer estava ainda designado o futuro presidente e uma figura daquela importância saltava "do banco" apenas para cumprir um mandato residual?
Sem surpresas, o cavalheiro veio agora a ser indicado por Helsínquia como seu nome para a futura Comissão.
Alguém acredita que não houve entretanto garantias firmes quanto à sua futura pasta? Querem apostar em como ele vai herdar o "portfolio" de Olli Rehn, responsável pelos "Assuntos Económicos e Monetários", ou outra de valia exatamente similar? Ou será que alguém acredita que o ex-PM finlandês vá tratar do "Multilinguismo" ou de outras temáticas microscópicas, que Juncker vai atribuir daqui a uns tempos? Na Europa, quem sabe mexer-se leva sempre um comprimento de avanço.
Alguém acredita que não houve entretanto garantias firmes quanto à sua futura pasta? Querem apostar em como ele vai herdar o "portfolio" de Olli Rehn, responsável pelos "Assuntos Económicos e Monetários", ou outra de valia exatamente similar? Ou será que alguém acredita que o ex-PM finlandês vá tratar do "Multilinguismo" ou de outras temáticas microscópicas, que Juncker vai atribuir daqui a uns tempos? Na Europa, quem sabe mexer-se leva sempre um comprimento de avanço.
O tema suscitou, na conversa onde eu estava, algumas reações a propósito:
- Não é de admirar: trata-se de um primeiro-ministro. Da vez em que nós mandámos para lá um, deram-lhe logo a presidência da Comissão...
Passo à frente alguns comentários fortemente adjetivados que logo se seguiram, porque este é um blogue para ser lido por famílias, independentemente das faixas etárias, pelo que tem de sustentar um padrão vocabular digno do tempo estival. Mas registo uma sugestão:
- Que não fosse por isso que ia haver problemas! Se essa era a solução para nos darem uma boa "pasta", porque é que não mandámos logo para lá o Passos Coelho?!
O entusiástico unanimismo das reações que se seguiu confortou-me o ânimo quanto à possibilidade de vir a estabelecerem-se, neste país, consensos políticos muito alargados.
8 comentários:
" Na Europa, quem sabe mexer-se leva sempre um cumprimento de avanço."
Ou
"...um comprimento de avanço"?
se calhar dá para as duas versões !
Mas em Portugal temos muitas pastas, e seria de fazer um bom trabalho no país
"Na Europa, quem sabe mexer-se leva sempre um cumprimento de avanço."
Corrija "comprimento", s.f.f., e apague.
A expressão tem raiz nas corridas de cavalos onde o avanço (ou atraso) de um concorrente é eficazmente medida pela dimensão longitudinal do cavalo.
Se Passos fosse um homem inteligente, indicava António Costa, que tem currículo à altura. Poderia assim ganhar as eleições a Seguro.
Não é só na Europa. Quem sabe mexer-se leva sempre avanço. "Comprido" ou não...
Querido Lavoisier
"Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Cumpramos a preceito os Teus desígnios...
a lei da conservação da massa,
""Comassim"" também não se vai descobrir nenhum elemento... Novo
Tem toda a razão, Dra. Helena: "comprido" ou não. Ao menos valha-nos algum humor!...
Muito bom o sentido de humor de HSC. Obrigado pela boa gargalhada que proporcionou...
David Caldeira
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