segunda-feira, agosto 04, 2014

À conversa no "Pereira" (3)

- Que te pareceu o Carlos Costa?

- Deu ar de ser um homem sério. Se calhar, seria um bom primeiro-ministro...

- Bom, mas, para isso, era necessário ser eleito.

- Lá estás tu com "picuinhices" (a palavra não foi esta, mas o vocábulo original era homofóbico)

- E mandavas o Passos Coelho para o Banco de Portugal?

Opto por não reproduzir a resposta ouvida, por razões facilmente compreensíveis.

- E que te parece que vão fazer ao "bad bank"? Quem será que vai ter que dirigir aquilo?

- Há um nome de alguém que seria um excelente presidente do "bad bank", mas, às tantas!, não o querem...

- Quem?

- Então não estás mesmo a ver?

- Não...

- O Ricardo Salgado. Há alguém que conheça melhor do que ele toda a "porcaria" que fica no "bad bank"? E tinha imensa graça pô-lo a responder diretamente aos acionistas e aos credores prejudicados.

- De facto...

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu continuo na minha: Cavaco Silva é o melhor para o "bad bank". Não se trata do melhor economista de Portugal? Não previu o que se veio a passar no BES? Não nos trouxe logo uma palavra de conforto e de esperança assim que a crise no BES começou? Não mandou tomar as medidas necessárias para defender os pequenos accionistas do banco? Se é há mais de oito anos o Presidente de sucesso de um país cada vez mais "bad", porque não gerir o " bad bank", diretamente e às claras, a partir de Belém?

Anónimo disse...

"Ideologicamente" o liberalismo em Portugal significa liberdade para roubar! Todas as outras "ideologias" aspiram ser "liberais"...É a "atração" material da filosofia materialista: Todos querem o "Top of the Rock"...

Anónimo disse...

Afinal a supervisão financeira e o apoio descarado aos bancos continua igual ao tempo do Sócrates. Que "lata" continuarem a dizer que o povo está a viver acima das possibilidades!
Com 5MM tambem eu criava um banco!
Salazar foi mesmo um principe: não seriam presos, reporiam todo o prejuizo causado, tostão a tostão.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...