sábado, agosto 23, 2014

Ainda Viana

                      

Hoje, ao assistir ao tradicional Cortejo Histórico, um ponto sempre cimeiro das Festas da Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, e ao ouvir durante horas - nas vozes e nas bandas - o "Havemos de ir a Viana", escrito por Pedro Homem de Mello, musicado por Alain Oulman e que Amália consagrou, dei comigo a pensar em como esta cidade ficou a dever tanto a essa composição, que todos os portugueses trazem no ouvido. Quantos não terão vindo a Viana, ao longo dos anos, também pelo apelo da canção!

Mas, logo de seguida, mudei de ideias. Quantas localidades poderiam ter inspirado um poeta e um compositor genial, e mobilizado "a voz nacional", como Viana do Castelo? Das canções com algum destaque nacional assentes em nomes de localidades portuguesas - Lisboa e Coimbra, claro, mas também Porto, Porto Covo, Figueira da Foz, Porto Santo, Miranda do Douro, Ericeira, Elvas ou Alcobaça e não sei se me esqueci de alguma * - nenhuma tem o qualidade poética e musical da que levou Viana pelo mundo. Não terá sido afinal a esta cidade ímpar que ficaram devedores dessa inspiração?

* afinal tinha esquecido Grândola, Olhão e Covilhã

4 comentários:

Portugalredecouvertes disse...

acho que foi a cidade que inspirou a música e não o contrário!

Teresa disse...

No cancioneiro popular temos, pelo menos, mais duas - (Tia Anica de) Loulé e (A caminho de) Viseu e cantada pela Amália, Covilhã, Cidade neve.

Anónimo disse...

Eu ca por mim dou a cismar que o Porto Santo teve um habitante como Colombo e um "cantador" como o Max, e, que ninguém com o poder economico do nosso Embaixador Seixas da Costa faz o favor de ir àquela "praia-mar" de vez em quando, para lhe dar mais notariedade. No Porto Santo (a que o senhor Embaixador fez alusão no texto) temos uma das três primeiras praias do mundo... Desse mundo todo, aonde cabe bem "Biana" e Portugal"! Tenho dito, porque vou de quando em vez ao arraial da Graça na ilha de Porto Santo.

Isabel Seixas disse...

São tão bonitas essas festas(desde os trajes até...) que deveriam chamar-se senhora da alegria...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...