O nome Debré está fortemente associado à memória do gaullismo. Michel Debré foi primeiro-ministro do general e é considerado o "pai" da constituição da V República, que ainda hoje rege a vida política francesa.
Jean-Louis Debré, o actual presidente do Conselho Constitucional, é filho de Michel Debré e foi ministro do Interior do presidente Jacques Chirac, de quem é considerado uma das personalidades mais próximas. Do seu currículo consta igualmente a importante presidência da Assembleia nacional francesa.
Anteontem, num programa de rádio (e agora também de televisão) que, por vezes, raia o "politicamente incorreto" - o histórico "Grosses têtes", de Philippe Bouvard, de que já aqui falei - Debré foi entrevistado. Aí demonstrou como é possível conciliar a presença num lugar de responsabilidade institucional com o culto de um humor saudável, com uma liberdade de espírito de quem está de bem com a vida. Durante hora e meia, foi sujeito ao escrutínio irónico de grandes profissionais da "blague" e saiu-se desse exercício com garbo e "panache".
Além de outros livros, Jean-Louis Debré "ousa" ser escritor de romances policiais e possui uma graça refinada. Independentemente das ideias políticas que professam, confesso que me agrada ver as figuras políticas mostrarem-se capazes de sair para o mundo exterior e aproveitarem o melhor desse mesmo mundo.
Jean-Louis Debré, o actual presidente do Conselho Constitucional, é filho de Michel Debré e foi ministro do Interior do presidente Jacques Chirac, de quem é considerado uma das personalidades mais próximas. Do seu currículo consta igualmente a importante presidência da Assembleia nacional francesa.
Anteontem, num programa de rádio (e agora também de televisão) que, por vezes, raia o "politicamente incorreto" - o histórico "Grosses têtes", de Philippe Bouvard, de que já aqui falei - Debré foi entrevistado. Aí demonstrou como é possível conciliar a presença num lugar de responsabilidade institucional com o culto de um humor saudável, com uma liberdade de espírito de quem está de bem com a vida. Durante hora e meia, foi sujeito ao escrutínio irónico de grandes profissionais da "blague" e saiu-se desse exercício com garbo e "panache".
Além de outros livros, Jean-Louis Debré "ousa" ser escritor de romances policiais e possui uma graça refinada. Independentemente das ideias políticas que professam, confesso que me agrada ver as figuras políticas mostrarem-se capazes de sair para o mundo exterior e aproveitarem o melhor desse mesmo mundo.
6 comentários:
Esse modo d estar na vida e na politica, é tipico dos grandes homens.
Nem mais Senhor Embaixador. Mas a maioria dos políticos confina-se ao seu mundo, fechando-se, afinal, àquele de que pretendem ser representantes. Ou interpretes. Daí o desencanto de grande parte de nós pelo que dizem e pelo que fazem.
Quantos políticos portugueses com responsabilidades, "ousam" fazer coisas diferentes?!
E os escassos que o fazem é sempre em período de interregno...
Os politicos portugueses têm medo de perder uma certa respeitabilidade...
TOTAL (como dizem nuestros hermanos)...sao assim umas personagens cinzentas e de nariz empinado.
Para ocupar altos postos (e fazê-lo bem) é necessario uma immmmmmmensa cultura e sobretudo ter uma enormiiiiiiissima abertura de espirito !
Tenho dito !
A bem da Naçao.
Como concordo com a D. Helena Sacadura Cabral e, também, com D. Julia Macias-Valet.
O terceiro poder aquando da Revolução Francesa era o povo, não era? o terceiro, o último!
o primeiro era o clero, que passou para segundo, uma permutazita inocente. Actualmente o primeiro... o povo!!
Estão a dizer-me aqui nos bastidores que errei a resposta. Afinal não foi hoje!
Curiosamente quando foi da aproximação das eleições todos eles, incluindo Primeiro Ministro, foram "armar ao pingarelho" no programa dos Gato Fedorento que, esses sim, a sabem toda... e ganharam uns milhares à custa dos políticos!
Vá lá que se salvou o Presidente da República.
Até mestre Louçã lá foi. Uns "vendem-se" ao dinheiro. Outros ao voto.
Jean-Louis Debré é naturalmente filho de Michel Debré o "pai" da "arquitectura constitucional" da V éme Republique. Todavia, daqui a uns anos dos Debré a história só guardará provavelmente a memória de Robert. O Professor Robert Debré, pai de Michel, foi o "verdadeiro" pai da pediatria moderna.
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