quinta-feira, dezembro 23, 2010

Diplomatas

Tenho grandes dúvidas sobre a eficácia informativa das peças jornalísticas que, ontem e hoje, o "Diário de Notícias" publicou sobre a diplomacia portuguesa. Nem me quero pronunciar sobre o rigor do que foi escrito, até porque há por ali dados que eu próprio desconhecia.

A condição diplomática tem "nuances" de vida que se torna muito difícil explicar, em particular porque há aspetos menos claros e menos óbvios para quem tem um quotidiano  profissional mais sedentário.

De qualquer forma, quero louvar o esforço de quantos procuram, dentro da estrutura sindical que agrega os diplomatas - e de que já fui vice-presidente, com responsabilidades na negociação do estatuto da carreira -, defender os nossos interesses profissionais, sublinhando junto do poder político os direitos de uma das poucas carreiras públicas que nunca fugiu aos seus deveres e que, nesse âmbito, tem dado constantes provas de um elevado e não ultrapassável sentido de Estado. 

Sei que falo em causa própria, com tudo o que isso diminui a autoridade do argumento, mas é o que sinto.

7 comentários:

jose albergaria disse...

Caro Senhor Embaixador,
Seu leitor atento e agradecido, desejo-lhe um Santo Natal e um 2011sem crises...se puder.
José Albergaria

Helena Sacadura Cabral disse...

E "quem não se sente não é filho de boa gente" digo eu, que pratico com orgulho, o ditame popular!

Anónimo disse...

Pois e não deve ser fácil principalmente progredir para a categoria de "plenipotenciário" Meu Deus até custa a escrever...
Isabel Seixas

Portas e Travessas.sa disse...

Senhor Embaixador

Muito se fala dos "pobrezinhos" - muitos se põe em bicos de pés - eu, que nasci num bairro pobre de Lisboa -acho, interessante, um "ditado" Judeu - sem comentários.

"A verdadeira caridade é praticada em segredo. O melhor tipo de caridade é aquele em que quem a faz ignora quem a recebe, e quem a recebe ignora quem a faz."

Alexandre Ayres disse...

17/12/10 "Em princípio, a partir de hoje e nos tempos mais próximos, este blogue vai entrar num registo de alguma acalmia "postal". Mas como a realidade é, às vezes, mais imaginativa que os homens, não se admirem se assim não acontecer"
Ainda bem que não houve a tal "acalmia".
Muito boas festas.
Alexandre Ayres
Já está no friozinho de Vila Real

Alcipe disse...

Não me pareceram mal os artigos do "DN". Há coisas que têm de se dizer.

patricio branco disse...

da leitura do trabalho no DN de hoje, uma coisa fica clara, ao mesmo tempo que também fica escura(incompreensivel): fica claro que não há lógica no calculo do que os diplomatas recebem em diferentes paises, pois recebem menos em países de vida mais cara e mais em países de vida menos cara. Ora esta lógica pouco lógica é dificil de perceber. Não há quem saiba fazer calculos no ministério de que dependem?

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...