quarta-feira, dezembro 15, 2010

Ensino

Podia ter graça, se não fosse triste, o tom, entre o chocarreiro e o complacente, com que alguma imprensa e muita blogosfera olhou para os resultados educativos em Portugal anunciados pela OCDE. 

Para quem se compraz no aprofundar dessa arte bem lusitana que é dizer mal de Portugal, talvez não fizesse bem (pelo menos, aos que ainda aprenderam francês) lerem o que o "Le Monde" de hoje traz sobre o assunto, ressaltando, com admiração e muito destaque, os resultados do nosso país. 

Mas eu sei que isso vai a contraciclo de "l'air du temps" e que, para muitos - ao escrever o que escreve -, deve tratar-se de um jornal "vendido"...

30 comentários:

Cunha Ribeiro disse...

Gostava de ler o tal artigo do LE MONDE para ver se quem o escreveu OUVIU (sobre), ou VIU o sistema de ensino em portugal, ou se pelo contrário, o ESCUTOU ou OLHOU.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Cunha Ribeiro: A imprensa portuguesa trouxe já todas as informações sobre o assunto. Quem escreveu o artigo consultou o que a OCDE publicou.

Armenio Octavio disse...

Reconheço que existe muita coisa mal em Portugal, um pouco como em outras partes do mundo, não possuímos o monopólio!

O ensino também não está famoso, mas é inegável que nos últimos anos Portugal tem tido um desempenho muito melhor do que vinda sendo habitual, temos melhorado efectivamente...

Não obstante o Programa Novas Oportunidades, se ter transformado em Oportunidade aos Oportunistas...

mas, as democratização das tecnologias, o Inglês, a Escola a tempo inteiros, os Centros Escolares, a acção social escolar, as actividades de enriquecimento curricular, etc... tudo boas medidas

continuem

margarida disse...

Excelência, a foto não retrata a imagem das nossas salas de aulas; os alunos das escolas (públicas) não estão assim serenos e atentos (nem são tão loirinhos, à excepção dos miúdos dos países de Leste) e pelo que me apercebo do que assisto nos transportes, nas paragens, nas ruas, nos playgrounds (perto de casa), nos shoppings, e avulsamente por aí, os resultados tão ‘positivos’ têm mesmo de nos fazer rir, desculpe…
Não é “dizer mal do país” por gosto, é por desgosto.
É com mágoa, é um lamento, um fado - é dor pura.
Assisto a coisas, ouço frases, vejo atitudes de garotada pré-adolescente e adolescente que ‘no meu tempo’ nem a trolhas, estivadores e operários fabris (com todo o respeito pela nobreza das suas respectiva funções, apenas referindo a carência educacional à época) se assistia. Um perfeito horror.
Seria necessário misturar-se ‘com o povo’ e perceber a realidade.
E ‘o povo’ não são exactamente os bairros degradados, é a classe média que utiliza os serviços públicos (que remédio!) e que se sujeita a este nivelamento, a esta massificação nefasta, a este paradoxo do acesso a tudo redundar no conhecimento de tão pouco.
Existe uma descrença e um alheamento generalizados que se vão espalhando dos pais aos filhos e que geraram este estado de coisas, criando hordas de miúdos boçais, ignorantes, egoístas, rebeldes, grosseiros, violentos, desrespeitosos, precocemente sexualizados, destituídos de valores, desconhecedores de regras e perigosamente temerários. Incontroláveis.
Falo do que vejo, do que vivo, do que sei e não de relatórios, de listas e inquéritos, de ‘bondades’ políticas.
Seja de quem ou de que organizações forem.
E tenho a (lamentável) certeza de que não estou só neste olhar sobre, não só o ensino, mas o comportamento geral dos jovens em Portugal.
(não 'conforta', mas sucede que o mal está disseminado pela Europa e pelo mundo, por isso...)

Manuel Cintra disse...

É de facto muito triste o pessimismo e a negritude com que por cá vê tudo.
É um pessimismo militante, outras vezes meramente político. Os dois casos confundem-se e são poderosos aliados...

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Margarida: o que aí vai! Boas Festas!

margarida disse...

... o senhor é que acha que sou uma romântica...; olhe que não, olhe que não...
:)))

Anónimo disse...

Sem pôr em causa aquilo que a OCDE refere e o que aqui o Post menciona, posso compreender em grande parte o que Margarida disse.
Há que ver as coisas, neste caso, com um filtro muito especial. E conhecer o meio, ainda que no meu caso por forma indirecta, ou seja, aquilo que os professores (e para quem tem preconceitos contra os professores, e muita gente tem, sem e também com, alguma, razão) pensam do actual Ensino, mesmo no universitário.
Tive ocasião, por razões de ordem profissional e pessoal de ouvir o “estado do nosso Ensino” e devo dizer que não estou, muito longe disso, satisfeito. Não só o nível de exigência recuou, por razões que agora não importa abordar, como se procurou atingir metas com base em métodos que, em boa parte, estão a pôr em causa os próprios alunos, no futuro. Até posso compreender que por detrás deste tipo de medidas existam boas razões, “muito cristãs, ou democráticas”, que visam a igual oportunidade de todos, aqueles que são aplicados e os que são menos, etc, e nesse sentido se engendre uma formula que permita que se não todos, pelo menos quasi todos possam chegar, agora, ao 12º ano. Fica-me a impressão que se está a escolher um caminho que, ao não permitir, ou melhor, exigir avaliações mais rigorosas, se “atire” para as universidades e o (futuro) mercado de trabalho, gente muito menos preparada do que, por exemplo, há 20, 30, ou mesmo 10 anos atrás. Os alunos hoje respeitam menos os professores, estão pior preparados, têm um grau cultural inferior do que há anos, são mais indisciplinados, não lêem, não sabem redigir como há anos atrás, e por aí fora. E alguns desses jovens praticam muitas das coisas aqui referidas pela Margarida. Eu próprio já, numa ocasião, ou outra, fui incomodado com situações dessas, só que, comigo, “farinha” dessas não pega. Tenho e assumo tal, mau feitio para circunstâncias dessas.
Resumindo e não querendo ir mais longe, há muito que aprendi a não me impressionar, nada, com números. Talvez por ter uma formação jurídica, interessam-me mais os factos do que os números. E os factos revelam, no caso, que os alunos hoje chegam mal preparados, ou pelo menos, menos preparados do que há uns anos atrás, à Universidade. Quer em Português, quer culturalmente, etc. Ponto! Porquê? Não é difícil encontrar responsáveis. Tem a ver com as políticas de Educação que há vários anos e até décadas, se vêm adoptando. O objectivo não deveria ser impressionar terceiros e deles receber elogios, mas, mais importante, ter em conta qualidade e qualificação dos alunos quando completam o 12º ano. Não sei se será o caso, actualmente no nosso país. Ainda recentemente pude ouvir de distintas personalidades com quem convivi por razões profissionais o contrário. Mas se calhar sou vesgo na matéria!
Cordialíssimo abraço,
P.Rufino

Mônica disse...

O Senhor sabe sobre tudo! Estou encantada!
com carinho MOnica

Cunha Ribeiro disse...

Já se esqueceram que não há paz no ensino?
Que a desmotivação está em cada sala de aula, de cada escola, de todo o país? Desde manhã até à noite?
Que sabe quem apenas lê uma estatística, de contornos secretos quanto às escolas que foram testadas,do que vai na alma dos professores deste país?
Quem ensina? Não são os professores? Aqueles que em massa se manifestaram contra as políticas educativas socráticas?
E houve alguma mudança?
Não, não houve nenhuma!
Não, não houve nenhum progresso; houve retrocesso, isso sim, um enormíssimo retrocesso... íssimo...íssimo...
QUE BELO O SEU ROMANTISMO, MARGARIDA!

Anónimo disse...

Ensino/Aprendizagem

Congratulo-me com o artigo do le Monde que não li mas acredito, até por uma questão de "fé" na idoneidade das minhas crenças baseadas na evidência cientifica...

Depois...

Obviamente que os critérios de comparabilidade de avaliação entre o ensino a nível europeu, obedecem a uma análise rigorosa, baseada em indicadores de resultados sustentados, em taxas de sucesso escolar, calculadas com seriedade nomeadamente no somatório dos múltiplos saberes/conhecimentos preconizados para cada fase do ciclo vital do sistema de ensino, desde o básico ao superior.

Por favor não nos subestimemos...

Quanto ao respeito por culturas diferentes hoje o desiderato é muito maior e os critérios de inclusão mais extensos, menos medo das represálias baseadas na disciplina através da agressão física e maior respeito pela individualidade do estudante independentemente do estatuto da família além de um sistema de ensino muito mais humanizado...

A análise de fenómenos coletivos baseada em conhecimento e experiência individual só vale como análise fenomenológica de estudo de caso não se pode extrapolar sob pena de supervalorizar a nossa opinião que é sujeita à luz/ escuridão da nossa subjetividade e aos muros dos nossos modelos.

Haveria muito mais a dizer... Mas mesmo as novas oportunidades são de facto novas oportunidades na construção da equidade, através do respeito pela diferença entre saberes de natureza cognitiva e formal per si aquisição no espaço Escola e valorização humana e justa de saberes apreendidos na Escola da vida...

Que fique claro que ao ingressar num curso cada estudante tem que fazer o curso em desigualdade de saberes, pior para quem detém menos ou não?

Peço desculpa por ser fastidiosa, não consegui ser mais sucinta, além de que o tema me é caro...

Boas festas também ...
Isabel Seixas

A propósito!Antigamente no "Meu tempo", das minhas amigas de escola primária(Cerca de quarenta meninas/raparigas distribuídas pelos 4 anos )Só e só me lembro de uma que como eu teve acesso ao ensino superior ...
Todos sabemos calcular médias.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caros comentadores: as analises da OCDE dizem respeito a aspetos especificos do ensino em Portugal, nao sao uma avaliacao global sobre a qualidade do mesmo. Ninguem disse que o ensino portugues e' o melhor do mundo. Ja que usam a internet, nao tem curiosidade de ler o que a OCDE disse?

margarida disse...

...Touché...
:(

Anónimo disse...

A qualidade do sistema de ensino, para além das políticas definidas, também depende da competência, do esforço e, principalmente, da educação moral e cívica dos professores e dos alunos.

Actualmente, assiste-se a uma hierarquização de culpas – os alunos dizem que é dos professores, os professores dizem que é das políticas educativas e dos alunos… e até alguns pais dizem que é de todos, menos dos filhos.

Tal como no meu tempo de estudante (duas décadas atrás), há professores e alunos educados e mal-educados, assim como pais bons educadores e maus educadores.

Se juntarmos a dedicação e competência, há bons e maus tanto do lado dos professores como dos alunos (extensivo a pais e políticos).

Também me sinto mais desmotivada, mas não é por isso que vou ser adepta do “deixa andar”, caso contrário estava a dar razão ao Caio Júlio César – “Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar”.

No entanto, depois de tantos lugares cimeiros nos rankings das “desgraças”, fico ligeiramente satisfeita por nem tudo ser péssimo.

Isabel BP

manuel augusto araujo disse...

meu caro Francisco Seixas da Costa
melhor que ler o Le Monde, ainda não li mas irei ler, é ler mesmo o relatório da OCDE e também saber o que aí não é referido, como é que os conhecimentos foram avaliados e como é que os professores são obrigados a avaliá-los.
Também é bastante curioso e sintomático que,no auto elogio que atribui às políticas educativas seguidas pelos últimos governos os êxitos agora inflacionados, ninguém refira que as cargas horárias dos professores portugueses são, na generalidade, superiores em pelo menos 10% que a média da OCDE, o que seria um mínimo de justiça por quem anda há vários anos a denegrir a classe docente.
Mais que as políticas educativas talvez se deva atribuir a real melhoria dos resultados, longe da propalada fantástica evolução, ao empenhamento dos professores apesar das más condições em que trabalham, comparativamente a outros países da OCDE.
Uma das pedras de toque que deveria alertar para o rigor das análises da OCDE são as conclusões a que chega sobre o programa Novas Oportunidades. Enfim...
Estou muito longe de compartilhar consigo a certeza que quem escreveu os artigos sobre o assunto consultou o que a OCDE publicou. se o tivessem feito a análise seria certamente mais crítica, mais fundamentada, claramente não é, o que não deve provocar nenhuma admiração.
Cordialmente

Anónimo disse...

É verdade que muito se tem falado dos professores e da forma como têm sido tratado pelo poder politico. Gostaria de relembrar que esses professores mal tratados são os mesmo, que eram pagos à peça para rever provas, as provas não fazem parte do seu trabalho, não têm direito a somente um mês de ferias como todos os outros trabalhadores?. A questão central está nos resultados, e os resultados do trabalho dos professores é visível alguns anos depois quando os alunos chegam ao mercado de trabalho, a ver pelo panorama os resultados não são nada animadores. Nas empresas, os resultados são ao trimestre, e no final do ano se não há resultados as empresas levam o caminho que se lhes deve que é o encerramento!! se o resultado do trabalho fosse consequente haveria muito boa gente a ter de mudar de vida!!!

Cunha Ribeiro disse...

Cara Isabel BP:

Ninguém é adepto do "deixa andar". Por isso é que se tem o trabalho de criticar. Quem critica não quer "deixar andar". Quer é a mudança, que é exactamente o contrário do "deixa andar".

Cunha Ribeiro disse...

Só um anónimo podia dizer o que disse dos professores.
A cobardia é mesmo assim. Muito medíocre. Ainda por cima o Sr ANÓNIMO está a criticar uma classe fragilizada. De que é que tem medo?

Anónimo disse...

Já lá vão uns bons 37 anos desde que dei início, por vocação, como era apanágio ao tempo, da minha carreira de Professor na Escola Pública!...

Se alguma melhoria o PISA pode agora constactar e oxalá que ela se confirme em anos seguintes, aos professores do meu país e apenas aos professores, a todos os professores, quer se queira quer não, ela se fica a dever.

Porque, apesar das políticas de autêntica indignidade contra si ostensiva e sistematicamente desferidas, souberam, como só eles sabem, não misturar o manifesto da sua indignação pública e notória contra tais políticas, com o mais autêntico interesse dos seus alunos reflectido na cabal salvaguarda do processo de ensino aprendizagem, resguardado de qualquer influência negativa a ele alheia e tantas foram!...

Não há PISA nenhum que possa encobrir ou sequer disfarçar o mal-estar que graça no interior das escolas públicas portuguesas e não apenas resultante do descontentamento dos Professores como, sobretudo, em consequência da geral desregulação que lhe foi sistematicamente dirigida nos últimos anos deste desgoverno!...

A actual matriz jurídico/normativa que regula o sector da Educação em Portugal chegou a um coas de tal ordem que jà nem os respectivos organismos oficiais, regionais e centrais, se conseguem entender!...

Desculpe-me Sr. Embaixador, mas esqueci-me de que este não tinha que ser mais do que um mero e circunstancial comentário de um post num blogue, mesmo que de referência!...
O assunto,porém, este assunto sobre que todos parecem arrogar-se ao direito de opinar, não é propriamente futebol e a mim, sobre ele, custa-me sempre ser indiferente a uma meia verdade e, ainda menos ao seu uso de forma populista e demagógica com meros propósitos propagandísticos!...

Os meus Cumprimentos, com
Votos de Boas Festas e Filiz Natal.

João Queiroga

Anónimo disse...

Caro Cunha Ribeiro,

Claro que a crítica construtiva não é aliada do "deixa andar".

Isabel BP

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com o último comentário de Cunha Ribeiro. Sempre detestei , e desprezo, o Anônimo anônimo. Quanto aos professores, convém não esquecer que, desde há uns anos a esta parte têm sido os "bombos da festa", passando-se ao lado do comportamento, muita das vezes inqualificável, dos alunos, sem que os responsáveis últimos do Ensino neste país tenham tido, de imediato e oportunamente, uma atitude de defesa da posição dos professores. Em vez disso, procuraram pôr, em mais do que uma ocasião, "água na fervura" no que ao comportamento dos alunos respeitou.
Não sou professor de coisa nenhuma. Mas conheço gente próxima que o é. O facto de exercer outra profissão, bem distinta daquela dos professores (onde também há melhores e piores profissionais), não me faz afastar, ou desinteressar, do problema com que se debatem. Como em todas as profissões, há bons e maus profissionais. Já ouvi alguns na TV e,confesso, assustei-me. Mas aprendi a não tomar a nuvem por Juno.
P.Rufino

cunha ribeiro disse...

P.RUFINO:

Já me tinha apercebido da sua cultura e inteligência.
Vejo com muita satisfação que também há no seu ADN o Bom senso.

Falta muita gente assim no país.

Helena Sacadura Cabral disse...

Li o Relatório. Preciso de nova leitura. Mas, para já, subscrevo muito do que o comentário de P.Rufino aqui invoca.
E estou ligada ao ensino universitário há 30 anos. Creio ser um mínimo que me habilite a falar...

Helena Oneto disse...

Segui com muito interesse a polémica que este post desencadeou e devo dizer que fiquei muito contente que o “Le Monde” escreva “Allemagne et Portugal: ceux qui sont devenus performants” e “Portugal: Des inégalités sociales corrigées” ( é pena que neste artigo, onde muito há a dizer, somente a opinião da ministra da Educação é referida .

Porque vivo aqui há mais de 32 anos e porque não conheço a realidade do ensino em Portugal (os meus sobrinhos e primos estudantes têm menos de 10 anos) não pretendo de modo algum dar uma opinião sobre este assunto mas gostaria de dar uma “achega” a alguns comentários depois de ler com atenção os artigos do “Le Monde Education” e em “rápida diagonal” as primeiras e ultimas (das 275) paginas do primeiro volume do relatório PISA (Programme for International Student Assessment) da OCDE assim como alguns artigos a ele referentes em jornais portugueses. Li no Publico online que alguns professores contestam a selecção dos jovens que fizeram os testes do PISA dizendo que foram escolhidos entre os melhores e médios de cada classe o que favoreceu as estatisticas. É verdade ?

Subscrevo –também- o comentário do “sage” P. Rufino mas não só. Reconheço na “terrifiante” fotografia que a Margarida faz de uma certa juventude que ela cruza diariamente, uma realidade bem dura da “jeunesse des quartiers difficiles de Paris et de ses banlieues”. E é essa realidade que nos frustra a todos e da qual somos espectadores mas também responsáveis.

Debates como estes são essenciais para “une prise de conscience” collectiva e o contributo activo dos pais, professores e do governo, é indispensável.

Helena Oneto disse...

Suite:
Bem sei que, para alguns, pouco ou nada servira transcrever estas linhas do editorial do “Le Monde Education” sobre os resultados do PISA em França, mas faço-o, não para confortar o alguns mas para dar a conhecer a quem estiver interessado:

“De pis en PISA
Nouvel aristocratisme, l’élitisme républicain à la française continue de prouver son inefficacité. Publiés le 7 décembre, les résultats aux derniers tests PSA –qui comparent les acquis des élèves de 15 ans des pays de l’OCDE- sont moins bons que les précédents. Et l’on peut craindre que les prochains seront plus mauvais encore, puisqu‘ils récolteront les fruits d’une politique qui coupe massivement dans le nombre et la formation des enseignants, restreint les réseaux d’aide aux élèves les plus démunis et favorise la ghettoïsation des établissements en difficulté (….). Toujours prompte à vouloir copier l’Allemagne, la France pourrait s’inspirer des dispositifs qui ont permis à son voisin d’opérer une belle remontée dans les classements PISA. Voire du Portugal, qui vient de faire un bond d’une vingtaine de places en moyenne en réduisant les redoublements, en mettant l’accent sur la formation de ses enseignants et sur l’aide aux élèves en difficulté".…

Espero que o primeiro ministro assim como a ministra da Educação, governo, deputados, professores, pais e alunos portugueses façam o necessário para que se possa de novo ler, a propósito do próximo PISA isto: “Le Portugal est ainsi le sixième pays dont le système éducatif compense le mieux les inégalités socio-économiques des élèves.
C’est aussi l’un des pays comptant le plus grand porcentage d’élèves issus de familles économiquement défavorables atteignant les niveaux d’excellence en lecture”.

Helena Oneto disse...

(suite 1):
Bem sei que, para alguns, pouco ou nada servira transcrever estas linhas do editorial do “Le Monde Education” sobre os resultados do PISA em França, mas faço-o, não para confortar o alguns mas para dar a conhecer a quem estiver interessado:

“De pis en PISA
Nouvel aristocratisme, l’élitisme républicain à la française continue de prouver son inefficacité. Publiés le 7 décembre, les résultats aux derniers tests PSA –qui comparent les acquis des élèves de 15 ans des pays de l’OCDE- sont moins bons que les précédents. Et l’on peut craindre que les prochains seront plus mauvais encore, puisqu‘ils récolteront les fruits d’une politique qui coupe massivement dans le nombre et la formation des enseignants, restreint les réseaux d’aide aux élèves les plus démunis et favorise la ghettoïsation des établissements en difficulté (….). Toujours prompte à vouloir copier l’Allemagne, la France pourrait s’inspirer des dispositifs qui ont permis à son voisin d’opérer une belle remontée dans les classements PISA. Voire du Portugal, qui vient de faire un bond d’une vingtaine de places en moyenne en réduisant les redoublements, en mettant l’accent sur la formation de ses enseignants et sur l’aide aux élèves en difficulté".…

Helena Oneto disse...

(suite 2)
Espero que o primeiro ministro assim como a ministra da Educação, governo, deputados, professores, pais e alunos portugueses façam o necessário para que se possa de novo ler, a propósito do próximo PISA isto: “Le Portugal est ainsi le sixième pays dont le système éducatif compense le mieux les inégalités socio-économiques des élèves.
C’est aussi l’un des pays comptant le plus grand porcentage d’élèves issus de familles économiquement défavorables atteignant les niveaux d’excellence en lecture”.

Helena Oneto disse...

Peço desculpa do meu comentário ser longo, tive que o "cortar" em três partes. Espero que seja lisível.
Obrigada

Anónimo disse...

Estimada Helena Oneto,
Foi muito lisível e gostei, bastante, de ler o conjunto dos comentários que escreveu.
P.Rufino

Anónimo disse...

“Le Portugal est ainsi le sixième pays dont le système éducatif compense le mieux les inégalités socio-économiques des élèves.

“Portugal é assim o sexto país cujo sistema educativo compensa melhor as desigualdades socioeconómicas dos alunos=

Obrigada também Helena
Pelo menos nisso Parabéns Portugal

Como cidadãos intervenientes na melhoria da educação formal e informal e não formal para além da atitude pedagógica que nos é requerida pela sustentabilidade idónea da
Fase do ciclo vital que atravessamos compete-nos para cada problema sugerir um solução alternativa.

Como docente do ensino superior politécnico há 17 anos, mas basicamente como aluna deste sistema de ensino de vida em geral só consigo somar melhorias e ver reduzidas assimetrias desde que nasceu a minha consciência de auditora...

Juro que não acordei virada só para o sol...
Isabel Seixas

Agostinho Jardim Gonçalves

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