sábado, novembro 21, 2020
Tempos de pandemia
João Flores
Reformados ao café
Há dias, fui jantar ao que julgo ser o último restaurante de Lisboa em que ainda se serve, se pedido, um café feito em balão. Ainda sou do tempo em que, por ali, não havia sequer café “expresso”.
sexta-feira, novembro 20, 2020
Rudy Giuliani
Não, não vou colocar aqui a fotografia do advogado de Trump, Rudy Giuliani, com o suor tingido pela tinta do cabelo, como muita imprensa está hoje a fazer, um pouco por todo o mundo. A baixeza que a utilização dessas imagens representa coloca quem recorre a esse expediente ao nível de Trump e dos seus sequazes, de que Giuliani é um dos expoentes notórios.
quinta-feira, novembro 19, 2020
“The Crown”
A série “The Crown”, de que agora passaram mais dez episódios na Netflix, tem um imenso e perverso defeito. Ao dar um tom de verosimilhança a cenas que mais não são do que um mero produto de ficção, esses filmes podem levar os espetadores incautos a tomarem por verdadeiro o que mais não é do que uma mera suposição, por muito imaginativa que esta seja, sobre o caráter das pessoas ali retratadas, sobre a plausibilidade das cenas e diálogos apresentados. Para quem não possa ter tido acesso a outras fontes de informação, a rainha Isabel II ou o seu marido, o príncipe Carlos ou Margareth Thatcher, a princesa Ana ou Diana Spencer, são “mesmo assim”, comportaram-se “dessa maneira”, tanto mais que os filmes, para credibilizarem os seus argumentos, colam factos verdadeiros com outros totalmente inventados, à luz da criatividade dos escribas do “script”. E, deste modo, na cabeça de milhões de visualizadores da série, tudo isso passa logo a ser “História”. Por muito bem construída que a série esteja, um seu espetador mais atento deve ter sempre a consciência de que aquilo a que está a assistir não é um documentário e que há um elevadíssimo grau de arbítrio interpretativo - e, às vezes, claramente preconceituoso - no modo como a família real britânica e outras figuras surgem caricaturadas. No sentido positivo ou negativo, note-se.
quarta-feira, novembro 18, 2020
A Europa é isto
Só quem for ingénuo, ou quiser fazer-se passar por tal, pode dizer-se surpreendido com o bloqueio colocado por dois governos ao acordo que pode permitir um importante, e inédito, desembolso financeiro com origem na União Europeia, com vista a ajudar os Estados membros a enfrentarem o surto pandémico que está a devastar as suas economias.
terça-feira, novembro 17, 2020
Gaimusho
segunda-feira, novembro 16, 2020
A ver se
domingo, novembro 15, 2020
Blogue da semana
O blogue “Delito de Opinião” é, reconhecidamente, uma referência nacional no mundo da blogosfera. Contemporâneo deste bem mais modesto e artesanal “Duas ou Três Coisas” (ambos nasceram no início de 2009), o “Delito” é um blogue coletivo com larga e sustentada audiência.
Hoje, o “Delito” teve um gesto de simpatia, pela tecla de Alexandre Guerra (também autor de um interessante blogue dedicado à temática internacional, chamado “O Diplomata”, criado em 2007), para com este espaço. Fico muito grato.
O fim do Navegador
Ao “abrir” (pode dizer-se isto, fazendo referência a uma edição on-line?) o Público de hoje, dei de frente, num texto sentido de Alexandra Prado Coelho, com uma notícia desagradável: a falência de “O Navegador”.
Voto
sábado, novembro 14, 2020
A cidade e a alcatifa
Pandemia
É a vida!
sexta-feira, novembro 13, 2020
Brasil - Portugal
O alívio
A vitória de Joe Biden - pedindo desde já desculpa a quem acredita que, qual Elvis Presley, Trump ainda vai voltar - criou uma onda de alívio em todo o mundo.
A exportação e a pandemia
Square one?
Nos jogos de salão, com dados, há um resultado que obriga ao regresso à primeira “casa”. Há dias, ao ouvir alguns comentários sobre o que se espera do novo presidente americano, em termos da sua atuação na ordem internacional, quase me pareceu que se prenunciava um regresso ao início do “jogo”, ao tempo antes de Trump.
No fim do buraco
Da notícia, ontem à tarde, só vi o título, que dizia que a Apple ia ficar com as instalações de um restaurante de luxo, no Porto. Fiquei curioso, embora não espantado. A pandemia está a arruinar o setor da restauração e, neste, os espaços de maior luxo, aqueles que são muito impulsionados pelo turismo, estão a ser fortes vítimas.
quinta-feira, novembro 12, 2020
As meninas da rampa
Quem se lembra? Era a meio da rampa do Calvário, lá por Vila Real, nos tempos em que o fluxo de trânsito era outro.
Ainda Ribeiro Telles
quarta-feira, novembro 11, 2020
Conversas globais
O jornalista e professor universitário Pedro Pinto conversou na TVI com 27 pessoas, em 2019 e 2020 - sobre globalização, China vs EUA, economia portuguesa, competitividade europeia, robótica e digitalização e, nos últimos tempos, também sobre a pandemia.
Gonçalo Ribeiro Telles
Paridade
E ninguém faz o favor de notar que, após a sua última recomposição e para os próximos três anos, no Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, órgão que escolhe a administração da empresa e vela pelo cumprimento do serviço público, vai passar a haver uma perfeita paridade homens-mulheres (três cada)?
Artur Portela
O império
Vi por aí uma polémica em torno de um cantor, autor de uma canção com o título de “Império”. Confesso que a minha curiosidade não vai ao ponto de ir ouvi-la.
Declaração para o Fórum Demos
"Só o tempo nos dará bem a noção do tempo, e dos estragos feitos nesse tempo, que estes quatro anos de Donald Trump fizeram perder ao mundo. No que toca à Europa, de cuja unidade no pós-2ª Guerra Mundial os Estados Unidos foram o grande promotor, a América de Trump revelou-se um aliado hostil, agravando o relacionamento com os parceiros e favorecendo mesmo alguns fatores desagregadores, como o Brexit. A meu ver, a grande distância, contudo, a mais gravosa atitude de Trump foi a sua oposição ao Acordo de Paris, um passo vital para a sobrevivência da humanidade, que o presidente americano tornou refém de interesses económicos de curto prazo. A reversão dessa insensatez foi já anunciada por Joe Biden. Esperam-se também da nova administração, ainda na área multilateral, gestos concretos para recuperar o caos que os EUA induziram na funcionalidade da Organização Mundial de Comércio, bem como na revitalização e credibilização da Organização Mundial de Saúde. E um regresso à Unesco. No plano bilateral, veremos se a sintonia que os democratas têm com os republicamos na questão da China se expressa ou não num discurso diferente. O possível regresso dos EUA ao acordo gizado pela administração Obama, com aliados europeus, para conter as ambições nucleares do Irão é outra das questões a observar. Do mesmo modo, como se comportará a nova América quanto a outros “avanços” entretanto ocorridos no cenário do Médio Oriente. A embaixada dos EUA volta a Tel-Aviv? E as relações com a Rússia? Depois das “cumplicidades” de Trump com Putin, que fará Biden? E a Coreia do Norte? E a Venezuela? E Cuba? E Guantanamo? A prometida “Cimeira das Democracias” pode fazer perigar a inclusividade da ordem internacional, tutelada pelas Nações Unidas, introduzindo uma nova clivagem à escala global? Até ver, António Guterres tem razões para dormir descansado - e razões para crer que o poderá continuar a fazer em Nova Iorque no próximo quinquénio."
Um manifesto de decência
Um texto publicado ontem no “Público”, subscrito por figuras da direita, situadas numa faixa etária que, em média, deve rondar os 40 e poucos anos, assume-se como um separador de águas entre esse grupo de “conservadores, liberais, moderados e reformistas” e uma “direita autoritária”, com uma postura “nacionalista, identitária e tribal”, que por aí anda.
terça-feira, novembro 10, 2020
Ditos
segunda-feira, novembro 09, 2020
Cruzeiro Seixas
A hora de Cinderela
Em 1983, quando vivia em Luanda, colocado na nossa embaixada, foi, a certa altura, decretado um recolher obrigatório, que, ao que recordo, se prolongou por um período superior a dois anos. As embaixadas tinham livre-trânsitos próprios, mas, mesmo assim, a circulação nesse período era muito pouco confortável. Havia controlos armados em certos pontos da cidade, assegurados por jovens soldados, cuja fragilidade à progressiva influência da cerveja tornava tudo muito imprevisível. A “hora da Cinderela” era a meia-noite, a partir da qual a proibição de circular se iniciava, até às cinco da manhã.
domingo, novembro 08, 2020
Vitória
Apontar é feio!
Ainda um dia nascerá um presidente americano que não tenha aquele irritante gesto de apontar para a plateia