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domingo, outubro 04, 2009

Saudades do Chile



O golpe militar que derrubou o governo de Salvador Allende, no Chile, em 11 de setembro de 1973, teve um forte impacto emocional na geração política portuguesa que, por cá, expressava então a sua revolta contra a ditadura. À época, eu fazia serviço militar e recordo bem acesas discussões por ali tidas com colegas conservadores, que se regozijaram com o êxito de Pinochet e dos seus esbirros. 

O 25 de Abril como que nos vingou e foi com um sentimento de forte solidariedade que, em Lisboa, a partir de 1974, viemos a conhecer alguns chilenos que haviam sido forçados ao exílio. Com eles, partilhámos o sucesso da nossa Revolução. Recordo-me de gente do MIR (Movimiento de Izquierda Revolucionaria), com quem passei tempos à conversa nas instalações do MES (Movimento de Esquerda Socialista), na avenida dom Carlos.

Seis anos mais tarde, no meu primeiro posto no estrangeiro, na Noruega, vim a cruzar outros chilenos, expatriados nas mesmas condições. Os países nórdicos acolhiam então com generosidade essas pessoas, a quem facilitavam meios para a sua sustentação. A vida dessa gente era muito simples: empregos em fábricas ou serviços, habitações sem o menor luxo e, como pano de fundo de tudo isso, um ambiente de imensa saudade do seu país.

Um dia, em Oslo, fomos assistir a um espetáculo musical da argentina Mercedes Sosa, conhecida por "La negra", uma cantora que, ao longo da vida, seria uma das vozes mais críticas das ditaduras militares latino-americanas. O seu "Gracias a la vida" marcava-nos então bastante.

Fui ao espetáculo num grupo de diplomatas, que, além de espanhóis e de um brasileiro, integrava um chileno, casado com uma paraguaia, e um casal colombiano. As questões políticas não atravessavam, por regra e por prudência, a conversa de todas aquelas pessoas, jovens profissionais da diplomacia, todos no seu primeiro posto no exterior, que se iam encontrando em agradáveis convívios ao final do dia de trabalho. À época, eu era, com toda a certeza, a pessoa mais à esquerda de todo aquele grupo, sendo que o chileno, que se chamava Enrique, representava o governo de Pinochet. Mas, curiosamente, ambos ficámos amigos para a vida, sem termos tocado alguma vez em temas que pudessem trazer à tona as nossas óbvias divergências. Nas décadas profissionais que se seguiram, vim a apurar esta forma de estar na vida. Ainda hoje tento funcionar assim.

No final do espetáculo, vi os meus amigos latino-americanos a falarem com outras pessoas com a mesma origem geográfica, que ali tinham acabado de conhecer, todos unidos pela voz e pela música de "La negra". Com o meu "portuñol", meti-me na conversa. E, numa dessas sintonias caídas do acaso, vi-me a trocar impressões com um chileno, que, no passo da conversa, me referiu ser exilado. O nome de Allende veio com naturalidade à baila, e ele disse-me ser irmão da mítica "Payita", secretária de Salvador Allende. Num instante, alguma sintonia ideológica se estabeleceu entre nós. Trocámos telefones e, dias depois, o Fermin, era esse o nome do chileno, convidou-me, a mim e à minha mulher, para uma almoço simples, num domingo, em sua casa. 

Vivia num modesto apartamento, numa zona menos nobre de Oslo, a que se acedia por uma escada esconsa. Lembro-me bem do aviso que me fez, logo que entrei na casa: "Daqui a pouco, vai chegar, para o almoço, o Enrique, o teu colega da embaixada do Chile. Não te espantes!" Eu espantei-me um pouco, confesso, mas ele logo explicou: "Ele é um chileno como eu e nem imaginas como me fará bem conversar com alguém que também vem do meu país. Temos de adiar a conversa política entre nós os dois para "unas copas", numa outra ocasião". 

E assim aconteceu. Minutos depois, chegaram o Enrique e a Monse. A política, quiçá estranhamente, não passou por aquelas horas em que a saudade dos dois foi atenuada por algumas garrafas de "Casillero del Diablo", um sofrível vinho chileno trazido pelo Enrique, o único que havia à venda no monopólio estatal de venda de bebidas alcoólicas, Vinmonipolet.

Se hoje tenho uma invejável colecção dos "Rolling Stones", em vinil, devo isso ao Fermin, um amigo magnífico, um revolucionário romântico, cujo partido esqueci, que trabalhava numa fábrica de discos e insistia em me municiar regularmente com discos. Em algumas noites em minha casa, para as quais cuidávamos em não juntar à festa o diplomata chileno, para podermos conversar sobre as nossas afinidades políticas, ouvimos deliciados Violeta Parra e Victor Jara. E, para sempre, guardei a imagem de vê-lo chorar a escutar Zeca Afonso...

Pela vida, com grande pena minha, fui perdendo contacto com imensas pessoas que conheci. Uma delas foi esse meu amigo chileno Fermin, que conheci na Noruega, no final de um concerto de Mercedes Sosa. A qual, segundo as notícias que me chegam, morreu agora.

terça-feira, setembro 22, 2009

Vartan

Sylvie Vartan apresentou-se no Olympia. Por um segundo, tive a tentação "anos 60" de ir ver, pela primeira vez, quem então cantava o "La plus belle pour aller danser" e enchia as páginas do "Salut les copains", com o seu badaladérrimo romance com Johnny Halliday. Depois, pensei melhor: deixemos o passado onde ele está.

Esta minha reacção prova que "la nostalgie n'est plus ce qu'elle était", para citar as memórias de Simone Signoret.

domingo, agosto 30, 2009

Deolinda

Viver fora do país tem este preço: só há pouco tempo, por indicação de amigos, comprei o disco "Canção ao Lado", dos Deolinda.

Tenho de revelar que há muito que um primeiro disco de um grupo português não me impressionava tanto. Trata-se de um conjunto variado de temas, com grande força e consistência, que traduzem umas expressiva maturidade musical, produto, ao que parece, das origens dos membros do grupo. A sonoridade é muito moderna, ao mesmo tempo que bastante popular, sem cair no "popularucho". Aqui e ali, tem mesmi um toque de certa sofisticação, patente nas letras e nalguma sua ironia. A combinação de intrumentos tradicionais com uma voz magnífica da vocalista é algo de muito diferente do que estamos habituados a ouvir. Já escutou fado sem guitarra portuguesa? Pois, com os "Deolinda", tem isso. E que fados!

Não sei se este blogue pode fazer propaganda (ou publicidade, como uma leitora preciosista me aconselha a escrever), mas eu arrisco: comprem o disco dos "Deolinda" e não se arrependerão. E fiquem, desde já, com este som ou visitem o seu excelente site.

Absorto

Um dos mais interessantes e empenhados espaços da blogosfera portuguesa, o Absorto, acaba de designar este blogue como um dos seus destinos de consulta "viciante".

Ao seu autor, Eduardo Graça, homem entusiasmado com a vida e com a descoberta incessante do modo como nos compete melhorá-la para usufruto de todos, deixo aqui um forte e grato abraço. É um abraço que vem já de muito longe - das longas noites das RIA's, das conversas de esperança na parada da EPAM, do Abril comum e das madrugadas que se cantaram pelas agitadas salas da dom Carlos, nessa aventura sem par que foi o MES. E de várias cumplicidades posteriores.

Pela razão que é óbvia, dedico-lhe, de Paris, este eterno Moustaki.

terça-feira, agosto 25, 2009

"De Rodríguez"

Aposto em como a maioria dos leitores não faz ideia do significado do termo espanhol "estar de Rodríguez". Trata-se de uma expressão que terá passado a ser usada nos anos 60, em Madrid, para designar a situação dos maridos que ficavam sozinhos na capital, durante o mês de férias da família, a qual ia para a praia ou para o campo. Nunca consegui saber quem foi o Rodríguez que deu origem à expressão, mas até seria interessante conhecer as razões pelas quais ficou famoso...

Paris, neste mês de Agosto, é a cidade ideal para "estar de Rodríguez", como é o meu caso. O trânsito é mais escasso, há zonas da cidade quase vazias, consegue-se estacionar em lugares normalmente inimagináveis, o essencial da cidade está a funcionar e nem as "hordas" de turistas prejudicam quem quer usufruir calmamente da vida da capital francesa, nas horas depois do trabalho.

Nos próximos anos - já decidi! - vou seguramente continuar a ficar "de Rodríguez" neste "Paris au mois d'août", aliás motivo de uma bela canção de Aznavour que recordo aqui.

Em tempo: e não há uma alma etimologicamente culta que nos descubra quem foi esse famoso Rodríguez?

quinta-feira, agosto 20, 2009

Amália

O novo Portugal continua a ser, para o Brasil contemporâneo, uma constante descoberta. Um pouco como começa já a acontecer em França. Há dias, o jornal "O Globo", trouxe uma reportagem sobre Lisboa, na qual, entre uma interessante reportagem, dava conta da relutância de um empregado da FNAC lisboeta - um figura com símbolos de modernidade como "cabelo, piercings e tatuagem" - a vender o disco "Amália Hoje", uma revisitação da cantora por novos intérpretes. Ao tentar dissuadir o jornalista, ele terá dito: "Este CD é uma porcaria. Não o compre".

Ingenuamente, o jornalista viu, nesta reacção, o reflexo de uma atitude nacional conservadora, de um país que só aceita a modernidade "desde que não mexam com o que é autenticamente português". Ora, na realidade, a reacção, além de mau profissionalismo, é pura estupidez.

O disco é um esforço interessante de recriagem de uma outra sonoridade em torno de temas de Amália, a que só "amalianos" do antanho podem ser hostis. Embora perceba que possa não se gostar deste tratamento musical, está muito longe de ser "uma porcaria" e, confesso, a mim agrada-me bastante. A voz de Sónia Tavares é uma boa surpresa.

Veja um clip aqui e também o texto de O Globo.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Les Paul (1915-2009)

Tive o privilégio de ainda poder ver, ao vivo, Les Paul, o guitarrista americano que agora desaparece, aos 94 anos. Foi numa noite, nos anos 90, nessa histórica "catedral" do jazz que é o Ronnie Scott's, em Londres. Era uma figura genial e foi um dos instrumentistas que deu à guitarra eléctrica uma grande dignidade.

Aqui fica a uma sua memória. Se puderem, ouçam os seus discos.

terça-feira, agosto 11, 2009

Enfim, juntos

José Mário Branco, Fausto e Sérgio Godinho anunciaram três espectáculos conjuntos no mês de Outubro, sob o título de "Três Cantos / Enfim Juntos".

País feliz, Portugal!

quinta-feira, julho 23, 2009

Cristina Branco

Foi há cerca de nove anos que ouvi, pela primeira vez, Cristina Branco. Por um mero acaso, foi em Paris, num memorável espectáculo na Unesco, com Argentina Santos e Marisa.

Era um modo diferente de interpretar o fado, que combinava a forma clássica com algo de novo, que era indefinível para um mero leigo, como eu era e sou nestas áreas. Julgo não ter falhado nenhum dos seus discos (tenho mesmo uma edição holandesa) e, se bem que tenha frequentemente enveredado por outros caminhos musicais, a sua voz continua a ser excepcional.

Saiu há poucos meses em França o seu novo trabalho, Kronos, que apresentou numa bem sucedida "tournée" em França. Ouça-a aqui em "Se a alma te reprova".

domingo, julho 19, 2009

Paris 88

Eugénia de Melo e Castro é uma caso original na música portuguesa contemporânea. Viajante do Atlântico, fez carreira em Portugal e no Brasil e, por mais de uma vez, ao longo das últimas décadas, contribuiu fortemente para o reforço do mútuo conhecimento desses dois mundos tão distantemente próximos.

Cantou com os melhores do Brasil, usando sempre, sem complexos, o seu "português de Portugal".

Será impressão minha ou o mundo musical português não a aprecia como deveria apreciar? E porque será?

Como aperitivo aos seus já muitos e belos discos, deixo, nesta noite de verão, e nem de propósito, o seu Paris 88.

quinta-feira, julho 16, 2009

Gritos

Por detrás de belas casas do centro de Londres, construídas nos séculos XVIII ou XIX, situam-se os "mews", espaços de antigas cavalariças ou de guarda de carros de cavalos, hoje muitas vezes transformados em luxuosos apartamentos, com um discreto acesso por ruas laterais.

A caminho do pátio das traseiras da residência da Embaixada de Portugal em Londres, em Belgrave Square, existem requintados "mews", habitações de gente abastada, a avaliar pela qualidade dos automóveis que por lá se acolhem e pelos preços que se sabe serem praticados na área.

Um dia, o cozinheiro do embaixador deu-me nota de "uma coisa desagradável" que se passava num dos "mews" adjacente ao nosso prédio: em algumas manhãs, uma senhora dava berros terríveis, que, bem cedo, lhe acordavam a criança e lhe infernizavam o início do dia. Os factos tinham lugar aperiodicamente; havia semanas com gritaria, intervaladas com tempos silenciosos. Até já tinha pensado chamar a polícia, mas preferiu dar-me conta pessoal do sucedido. Como não me voluntariei para testemunhar matinalmente os factos, nem o próprio embaixador se queixara, procurei saber junto de outros ocupantes da residência se os confirmavam. Todos anuíram, embora, por estarem mais distantes, as suas queixas fossem bastante mais limitadas.

Fiquei intrigado e, confesso, cheguei a suspeitar de vícios ocultos de alguma vizinha, embora numa qualquer pouco comum e errática prática matinal. Até que alguém, já não sei bem como, me resolveu o mistério: a vizinha dos gritos era, nem mais nem menos, a fabulosa soprano Jessye Norman, que ensaiva a sua voz aos alvores dos dias em que passava por Londres, no curso das suas tournées.

Imaginem que tínhamos chamado a polícia ou eu tinha pedido para que ela se calasse...

quarta-feira, julho 01, 2009

Maria João Pires

Foi já no dia 24 de Junho. Não pude ir, porque tinha um outro compromisso inadiável. Mas - diz-me quem esteve - o espectáculo que Maria João Pires apresentou em Paris, no Théâtre des Champs Elysées, terá constituído um enorme sucesso.

Chopin e Liszt foram os compositores escolhidos nesta apresentação da pianista portuguesa, actualmente residente no Brasil.

Maria João Pires, por razões que não cabe aqui referir e sobre as quais não me compete a mim elaborar, terá uma espécie de contencioso afectivo com um certo Portugal. É pena mas, no que se refere à Embaixada de Portugal em Paris, poderá sempre contar com todo o apoio que considerar útil da nossa parte. Para além de ter, no próprio embaixador, um fã incondicional.

Em tempo: Leio agora que Maria João Pires afirmou a um repórter português que vai renunciar à nacionalidade portuguesa. É pena, mas eu acho que o contrário não é verdade: os portugueses não vão renunciar a Maria João Pires

quinta-feira, junho 25, 2009

Música

Mais de uma centena de pessoas - algumas tiveram mesmo de ficar em pé - assistiram, na noite de ontem, ao terceiro espectáculo da série "Entre-pautas/entre-partitions", realizado no salão da Embaixada de Portugal em Paris.

Desta fez foi o som da guitarra de Paulo Vaz de Carvalho, que, durante uma hora, se passeou com arte por compositores do século XVII ao século XXI, com portugueses como Carlos Seixas, as gerações Paredes (Gonçalo, Artur e Carlos), Lopes-Graça e Jorge Peixinho, para além de Gaspar Sanz, Villa-Lobos e Leo Brouwer. Obrigado, Paulo, por esta excelente noite.

Vamos tentar que mais espectáculos regressem na "rentrée", sempre com intérpretes ou compositores portugueses.

domingo, junho 21, 2009

Festa da Música

Paris foi ontem a capital da música, como acontece no dia 21 de Junho de cada ano. Imensos eventos de acesso totalmente livre, de todos os géneros musicais, foram motivo para várias centenas de milhar de pessoas encherem as ruas da cidade, desde manhã até bem dentro da madrugada desta 2ª feira. É uma espécie de S. João do Porto em grande escala, que abrange todos os bairros e transforma a cidade num insólito festival de sons e danças. Outras cidades francesas tiveram também programas de animação idênticos, num total estimado de 18 mil concertos.

Nada de estranhar num país em que há 2,3 vezes mais músicos amadores do que futebolistas, com 800 mil alunos a frequentarem 3 mil escolas de música e 1,4 milhões de pessoas a serem membros de coros.

Que pena não termos esta animação em Portugal!

quinta-feira, junho 18, 2009

José Calvário (1951-2009)

Era por muitos considerado uma figura genial no âmbito da música portuguesa, como compositor e orquestrador. Entre muitos outros trabalhos, escreveu a parte musical da canção com que Paulo de Carvalho representou Portugal no festival da Eurovisão, em 1974, e que acabaria por ser a primeira senha para os militares que fizeram a Revolução dos Cravos.

Conheci-o vagamente em Londres, nos anos 90, cidade por onde ia muito nas suas andanças profissionais. Ficou-me então a recordação de uma personalidade que projectava uma imagem de inquietude e propensão para a acção. Desaparece agora, bem cedo.

Como singela homenagem, com um nome adequado, fica agora aqui o seu "E depois do adeus".

segunda-feira, junho 15, 2009

Variações

Foi há 25 anos. Pouco se falava então da Sida, mas um excêntrico barbeiro de Lisboa morria já então dessa doença.

Deixou uma obra musical interessantíssima, como compositor e como intérprete, com uma voz estranhamente singular. Hoje, cantam-no alguns consagrados. Recordemo-lo no É p'ra amanhã.

sexta-feira, maio 29, 2009

O Tempo na Cultura

Manuel d'Olivares é um pintor português residente em Barcelona. Apresentou na 3.ª feira, na Cité Universitaire de Paris, "Meteorologia para Piano - duplicidade e cumplicidade", uma exposição de óleos onde as temáticas do clima e da música estão presentes, numa aliança - imagine-se! - suscitada pelo famoso anticiclone dos Açores. O espectáculo incluiu um concerto de Miran Devetak, um excelente pianista ítalo-esloveno, que se ligou, de forma magnífica, ao espírito da apresentação.

Foi uma iniciativa do Instituto Camões de Paris, aproveitando a hospitalidade da Casa de Portugal na Cité, com uma muito boa presença de público. Este é mais um caminho para abrirmos as expressões da nossa cultura a novos olhos e ouvidos em França. Porque os meios disponíveis para este tipo de iniciativas são muito limitados, temos de trabalhar numa lógica de "sopa da pedra"...

quarta-feira, maio 27, 2009

Piano

Dezenas de amigos de Portugal estiveram ontem, ao final da tarde, na nossa Embaixada em Paris para ouvir a música trazida por Adriano Jordão, num intervalo das suas funções de Conselheiro Cultural em Brasília.

Depois do jazz ouvido há semanas e antes da guitarra clássica portuguesa, que aí virá em Junho, foi agora a vez do piano. A música é também uma forma de se fazer diplomacia.

terça-feira, maio 26, 2009

Vinho do Porto

Há semanas, estive na apresentação em Paris de um vinho do Porto rosé! É verdade, o "marketing" imaginativo do Porto já vai por esses caminhos, embora presuma que isso possa incomodar alguns puristas.

Confesso que não me preocupa nada que se possam descobrir novas fórmulas que nos permitam vender o nosso vinho, desde que se tenha sempre a qualidade como permanente referencial.

Em França, o vinho do Porto continua como um forte emblema de Portugal, com a curiosidade de ser servido Porto "doce" antes das refeições, ao contrário da maioria dos países, onde o Porto "seco" abre os repastos.

Deixo-lhes um som sobre o vinho do Porto, da autoria de Carlos Paião, pelos Donna Maria, para além de uma foto do Douro, região que, no segundo semestre, a Embaixada de Portugal em Paris vai promover com algumas iniciativas.

A máscara

Fiquei sem muitas palavras. Um amigo, daqueles que me conhecem "de gingeira", disse-me, há pouco, com uma crueldade nada compatíve...