quarta-feira, março 05, 2025

Trump


Sinto-me um pouco masoquista, mas aqui estou eu a ver e ouvir o discurso de Trump no Congresso americano. São quatro da manhã, mas não podia perder este espetáculo de egocentrismo e megalomania. Ao ouvir este discurso alucinado, sou levado a concluir que não é (só) Trump quem está doido, são os americanos que o escolheram que o estão.

5 comentários:

marsupilami disse...

Uma pessoa ouve e lê umas coisas, discute, reflecte um bocadinho, e acabar por concluir que o imbróglio ucraniano é o menos bicudo dos nossos (europeus) problemas. Se não quisermos ser definitivamente vassalizados, teremos de se abrir um enormérrimo estaleiro. Os maiores obstáculos vão exigir diplomacia intra-europeia do mais alto quilate. Isto não está de maneira nenhuma ganho, mas talvez haja uma janela de oportunidade pois os nossos inimigos não nos têm em grande conta. Tempos interessantes estes.

Lúcio Ferro disse...

Aparentemente não vimos o mesmo discurso. Foi muito à americana, é certo, e com a apresentação ou reiteração de alguns tópicos com os quais não corcordo de todo, mas não me parece que tenha havido algo de novo. Foi os trasngéneros, foi a fronteira, foi o canal, a Gronelândia, a reindustrialização e a Paz para Ucrânia. Quanto a ser masoquista, masoquismo para mim foi ouvir o débil mental do Biden a anunciar sanções de "shock and awe", a apelidar o líder de uma das nações mais importantes do mundo de "butcher" e a dizer "for as long as it takes". Mais recentemente, ainda aqui há dias, outro masoquismo foi ver o alucinado Starmer a dizer "boots on the ground, planes in the air" numa "coalition of the willing". Isso sim é que é masoquismo. Cumprimentos.

João Cabral disse...

Não estou de acordo com essa imputação de responsabilidades directas ao eleitorado, como se com Obama ou até Biden, o povo reganhasse a lucidez e a perdesse logo a seguir, um pouco de forma ciclotímica. Ou melhor, quando ganha quem nós queremos, o povo é sábio, quando perde quem nós queremos, o povo é idiota. Não, não é assim. É tudo muito mais profundo do que isso.

Joaquim de Freitas disse...

Estou de regresso ao blogue. Penso nos insultos que aqui recebi de alguns fanáticos americano filos, por muito menos que aquilo que aqui leio hoje. Como o mundo muda. Mas com um atraso considerável! O que era evidente há meses, só hoje é que muito só vêm hoje.

Aqueles que decidem sobre o novo design do mundo, aquele que convém a Wall Street. Com centenas de milhares de mortes e as mentiras que as governam. Que descobriram um dia a existência de mercados de escravos na Líbia "libertados" de Khadafi pelos bombardeamentos humanitários das "grandes democracias" da NATO. E que começam agora a descobrir os libertadores de Damasco, que nos livraram de Assad !

Quer se queira quer não, o mundo enfrenta hoje um ataque geral ao seu futuro por parte de uma potência imperialista, a América, que está a agir em conjunto com Israel , para subjugar e finalmente reduzir a Europa a uma colecção de pequenos feudos em guerra sob líderes cuja lealdade primária não é para com o seu povo, mas para com a grande superpotência e o seu representante local. Tenho sempre esta imagem de Olaf Scholtz diante de Biden, saber em dois segundos que o gasoduto do Báltico estava condenado…

Não compreender que este é o conflito que vai determinar o destino da nossa região nas próximas décadas é cegueira deliberada."

Joaquim de Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

... por aí além!

No sábado, no final de um espetáculo que me não acrescentou muito, dei comigo a usar uma frase de um outro tempo: não foi uma coisa por aí a...