Com uma sala cheia de gente que se mostrou interessada e muito interventiva - onde tive o prazer, logo à entrada, de ver à venda a 3ª edição do meu livro "Antes que me esqueça", publicado há quase um ano - mantive mais de duas horas de animado debate. O tema era "A Diplomacia e a vida", mas logo se percebeu que, da análise em abstrato da natureza da atividade diplomática, a conversa teria de derivar para a atualidade do estado do mundo. E assim aconteceu.
Um agradecimento particular é devido ao presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Luís Pita Ameixa, que foi o anfitrião do evento, e à "culpada" pela extraordinária atividade cultural que se desenvolve em Ferreira, Dra. Maria João Pina.
4 comentários:
Fico espantado como é que estas localidades do interior, com pouca gente e com poucos recursos, fazem tanto pela cultura. É tocante.
Quando vivi em Évora e tinha que ir a Beja, ia de modo regular almoçar a Ferreira do Alentejo com um "personagem local", pessoa muito interessante ainda que nos tenhamos depois afastado por "politiquices" que nos ultrapassavam, é o que é.
Gosto muito da vila mas na altura as estradas eram chatas.
A propósito do que muito bem diz o Anónimo das 11.48, é sempre um motivo de espanto à minha volta quando conto o que se passa lá no meu "algures", um concelho com menos habitantes que a mais pequena freguesia de Lisboa.
Menos de 200 km distam Lisboa de Ferreira do Alentejo, mas mesmo assim nada se conhece do que lá se passa. É assim com todo o interior, até mesmo no litoral mais afastado dos grandes centros. Mas que raio, temos um país pequeno, um rectângulo exíguo e não nos conhecemos uns aos outros. Mais, as "elites" de Lisboa arrastam as populações nessa crença de que o resto do país é paisagem e não merece a devida atenção. Isto não será patológico? E o que custa ao desenvolvimento do país como um todo integrado...
Ainda que mal pergunte: neste blogue, não se deu conta do falecimento de Marco Paulo? Cantor popular (do povo), que tanto deu às comunidades portuguesas espalhadas pela Europa e pelo mundo. Nele viam um simbolo do país. Não merece umas linhas, talvez por preconceito? Não será caso isolado, lembremo-nos da polémica com Tony Carreira há uns anos, quando este foi ignorado e desprezao pelo poder político da altura. Não queremos conhecer o país e as suas raízes profundas, e desprezamo-lo. E isto vem associado ao comentário anterior.
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