terça-feira, julho 21, 2020

Confissão

Devo ser dos poucos portugueses que não tem a menor certeza sobre se deve haver ou não TGV. E sou talvez o único que não tem qualquer opinião sobre o lugar onde deve ser o novo aeroporto. E então sobre a terceira travessia do Tejo...

15 comentários:

Anónimo disse...

-Se na União Europeia forem proibídos voos de ligação cuja distancia seja menor que 300/600 Km não haverá grande problema. Os Alfa Porto-Lisboa-Lisboa chegam e sobram. Afinal andam cheios passageiros pagos pelo orçamento do Estado. Por outro lado gastar milhões para ganhar minutos só servirá para dar negócio e emprego aos construtores da alta velocidade....
-Um aeroporto grande?. Sim, no Montijo mas brevemente só para hidroaviões.
-A 3ª travessia do Tejo, aonde nas horas de ponta e nos fins de semana de praia, tal seria necessário ... seria um outra ponte ou um túnel ali ao lado, mas financiado e executado exclusivamente por privados que com portagens variáveis e autónomas (em relação ao Estado) poderiam até estar interessados.

Retornado disse...

O angolamo Antonio Costa e Silva tem a mania das grandezas tal como todos os angolanos dos governos que ampliaram ao extremo todas as barbaridades arquitetónicas em Luanda que os portugueses tinham lá deixado.

Sempre sonharam em grande os antigos estudantes do império, com este tom talqualmente com que se apresenta hoje este professor angolano.

Cuidado!

TGV? TAP? qualquer low-cost resolve o nosso problema.

Anónimo disse...

"barbaridades arquitetónicas em Luanda que os portugueses tinham lá deixado."

Esta simples expressão é suficiente para catalogar o autor. E a criatura não fica com uma boa etiqueta!

Homem! Se há coisa que o mundo inteiro (da especialidade), sabe é que nas colónias se produziu arquitetura de absoluta excelência e, que, desgraçadamente, foi rebentada pelos selvagens que dela se aproveitaram depois.

Anónimo disse...

Quando ao "TGV", a única certeza que tenho é, como de costume, é tudo no ar...

Mas, alguém pode, primeiro!!!, explicar porque razão gastar menos tempo a ir ao Porto é indutor de grande progresso para o país? Desde logo, os atuais comboios vão cheios? Não? Lá está...

Depois, tanta conversa com a descentralização, o abandono do interior e lembram-se logo de fazer um investimento colossal no litoral?

Exatamente que coisa precisam os lisboetas de ir fazer ao Porto (e vice versa), que não possam fazer hoje em dia e que vá catapultar a nossa economia?

Um comboio, quanto mais rápido for, menos paragens pode ter pelo que o serviço que vai fazendo entre Lisboa e Porto é pouco ou nenhum. Abandona-ser toda a gente pelo meio, portanto. Ou seja, é um investimento que só interessa, mesmo, a alfacinhas e tripeiros.

E o preço dos bilhetes? É como no tempo do Sócrates: não sabem! Os comboios, hoje, a vinte e tal euros, não andam cheios mas, no futuro, com bilhetes que só podem ser mais caros... Buraco, já se vê!

Tudo isto é tão estúpido! É como as comparações comm a Europa central. Na Europa central há países que partilham línguas, há países pequenos e muitas cidades grandes, há grande mobilidade e integração. Para que precisamos de um TGV de 600km para Madrid? O que vamos lá fazer? O que vêm cá fazer que não façam já? Lisboa-Madrid, Portugal-Espanha não é como apanhar o comboio na Holanda e acabar daí a pouco em Paris, passando por Bruxelas, etc.

Tudo isto são tretas!
Entretanto, o comboio para o Algarve arrasta-se, as linhas do interior estão subvalorizadas e nós andamos todos contentes.

José Duarte disse...

Em relação aos aeroportos não tem de se "preocupar muito",é só procurar estudos a gosto: já foi Alcochete; já foi (é) Montijo; já foi Ota.. whatever é só procurar o consultor certo e logo aparecem os argumentos.
tanto os consultores da engenharia civil como os consultores da economia "inventam os argumentos certos" para justificar o empreendimento...........

Anónimo disse...

Caro Francisco,

O TGV é fundamental para Madrid em 2.45h, como em tempos estivera previsto. Não podemos estar dependentes de um aeroporto lotado e com nevoeiro... e de outro na outra banda.

Um abraço

JPGarcia

Anónimo disse...

Para o anónimo das23:07 de ontem. O Alfa Porto Lisboa é um bocado lento para ir para Madrid

Anónimo disse...

Tanta coisa com ir a Madrid. Mas, nós precisamos de ir física e rapidamente a Madrid para quê? Vamos lá almoçar? Estamos desejosos de mandar as crianças à escola lá? Exatamente que necessidade existe de nos colocarmos em Madrid num ápice? É para acelerar a "integração", ó rapaziada? Sabem explicar ou, como acontece tanto nestes assuntos com os nossos vizinhos, a explicação fica sempre para outro dia?

Anónimo disse...

Ó "22 de julho de 2020 às 20:17", o Alfa atinge os 222km/h em certas zonas da linha do Norte.
Temos pena que as linhas nunca tenham sido arranjadas para que esta velocidade seja mantida em todo o percurso.

Anónimo disse...

Vemos sempre a tal mania das grandezas!!!
Então se aconteceu com as autoestradas,
de Lisboa à fronteira, direção a Madrid, quase sempre vazia…
autoestrada por Santarém, também quase vazia
e isto em tempo antes da pandemia
Lisboa Porto duas autoestradas a par uma da outra…
aeroportos a mais como? é verdade que arrisca a ser inundado?
e Beja para quê?
com os aviões em descanso
porque não se dá valor ao património existente para poupar divisas e se restaura
o que está abandonado?
esse TGV que arranca e só pode parar no Porto por não ter distância suficiente para levar
passageiros a velocidade superior ?!

Anónimo disse...

Quanto maior é a distância de uma viagem (e, consequentemente, a sua duração), menos importante são eventuais ganhos de tempo que se consiga.

30 minutos são uma eternidade para quem faça Sintra-Lisboa, são negligenciáveis numa viagem Lisboa-Porto e são absolutamente nada num voo para Luanda.

Quanto maiores as viagens, mais excecional é o seu caráter e, portanto, o esforço em encurtar a duração de viagens deve ser concentrado nos trajetos de circulação maciça de passageiros e não naqueles que, apesar de tudo, têm uma utilização marginal. Se houvesse uma procura maciça de viagens Lisboa-Porto, não havia dois Alfa por dia mas sim três ou quatro. E os dois que existem, nem sequer vão cheios.

A viagem entre Lisboa e Évora demora 1h25. Se fosse encurtada em 25 minutos, isso tornaria viável a circulação diária de trabalhadores e estudantes entre as duas cidades e aproximaria o Alto Alentejo do litoral. Ora, o tempo da viagem entre Lisboa e Porto, por mais abreviado que seja, nunca permitirá outra coisa que não sejam viagens de caráter excecional pelo que o investimento nesta solução é algo que não faz qualquer sentido.

Parece que se fala em proibir viagens de avião inferiores a 600km. Muito bem. Mas isto, só por si, não é justificação para investimentos em linhas de comboio que já existem porque é preciso perceber qual é a taxa de ocupação dos atuais voos e, sobretudo, é preciso perceber qual a percentagem de passageiros cujo estilo de vida se faça contando cada minuto. Fatalmente chegaremos à conclusão de que o dinheiro de milhões estará a ser esbanjado para proveito de poucas dezenas de indivíduos.

A alta velocidade entre Lisboa e Porto é um elefante branco. Quanto à ligação rápida a Madrid, só se justifica se, de facto, avançar a proibição dos voos curtos. Caso contrário, estamos perante outro elefante branco. Não tarda nada, temos uma manada deles a chupar os fundos europeus com a tromba...

Anónimo disse...

Verdade.
E por que não aproveitar para rentabilizar o aeroporto de Beja!
país pequeno que se dá ao luxo de deixar um aeroporto na bancada!
porque não construir ramais de caminho de ferro de Beja para Liboa, Faro, Évora
ou seja a partir do aeroporto ser possível com bom conforto das carruagens,
ir a outros sítios do país,
sistemas que existem noutras capitais,
e não deixar sempre o interior "a ver navios"!

Anónimo disse...

Uma coisa é certa: levar 3 horas para fazer Lisboa-Porto ou vice-versa é demais. Vive-se com isso? Vive-se mas perde-se muito tempo. Já agora, porque não se ligam cidades médias ao Porto e a Lisboa de comboio? Era um factor extraordinário de desenvolvimento.Por exemplo, é incrível como é que uma cidade média como Viseu não tem comboio que a ligue ao Porto ou a Aveiro (Mangualde só serve o sul). Se querem o desenvolvimento do interior, não é assim que lá vão...

Anónimo disse...

Ó "24 de julho de 2020 às 10:17", mas quem é que perde tempo? O turista? O turista quer lá saber de meia hora "perdida"! A menos que você me queira convencer de que vai ao Porto todos os dias, o que é que 30 minutos perdidos duas vezes por anos interessam numa vida inteira?!

Anónimo disse...

Quem quer o TGV?

- Os países/empresas que vão vender os comboios: Espanha, França, Alemanha e Itália.

- Os indivíduos que esperam receber luvas por parte dos países/empresas interessados no negócio.

- As empresas de construção civil portuguesas e espanholas.

- Os indivíduos que esperam receber luvas das empresas de construção espanholas.

- Os pequenos construtores civis que esperam ser contratados pelas grandes construtoras.

- Os radicais políticos que esperam ver o país inundado de imigrantes que, passado algum tempo, já poderão ser portugueses-expresso.

- Os autarcas que esperam receber taxas e taxinhas derivadas da passagem das linhas.

- Os autarcas dos concelhos adjacentes àqueles por onde passará a linha e que tentarão conseguir "compensações" por terem ficado à margem do "progresso".

- Os proprietários dos terrenos a serem expropriados.

- Os promotores imobiliários que esperam vender casas mais caras do tipo "residence, VIP e deluxe", por estarem próximas de uma qualquer estação (se houver alguma entre Lisboa e Porto).

- Os escritórios de advogados que vão representar os interessados estrangeiros e que vão andar anos a alimentar litigância caso os seus clientes percam.

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