segunda-feira, julho 13, 2020

Palermices

Há uma coisa tão palerma como comemorar os êxitos da luta contra o vírus em Portugal: é mostrar um cínico regozijo com o agravamento dos números da pandemia entre nós. No primeiro caso, é parolice, saloiíce, deslumbramento. No segundo, é estupidez, sadismo, crueldade. Escolham!

9 comentários:

Jaime Santos disse...

Os Portugueses são um povo bipolar, Sr. Embaixador. Ora lhes dá para se acharem os nelhores do mundo (e os políticos no poder a ajudar à festa em tom bacoco e patrioteiro) ou para caírem rapidamente na mais profunda depressão (e os da políticos na oposição a malhar). É a vida...

Neste processo, as autoridades portuguesas primeiro agiram devagar, depois foram lestos a fechar e a testar (e ainda somos dos que uma maior percentagem de infectados detecta, pelos vistos) e a seguir demasiado otimistas com o desconfinamento (e a população foi atrás), agora o PM corrigiu de novo o tiro e é vê-lo a fazer micro-management...

Se olharmos para a taxa de mortalidade pela covid-19 e para a situação nos hospitais, tudo parece estar sob controle. Não está, evidentemente, na frente económica... É a vida...

Luís Lavoura disse...

o agravamento dos números da pandemia entre nós

Qual agravamento?

Ontem, segundo ouvi nas notícias, morreram 6 pessoas e havia 66 nos cuidados intensivos. Ambos os números são moderados e não denotam nenhum agravamento, antes estabilidade num baixo nível epidémico. O número de pessoas em cuidados intensivos permanece perto dos 70 há muitas semanas, e o número de mortos diário permanece perto dos 5 (com muitas flutuações dado tratar-se de um número tão pequeno).

Portanto, não há agravamento nenhum. A epidemia está em banho-maria, num nível muito reduzido.

José Duarte disse...

Em relação a este assunto, complicado e complexo,o nosso maior problema são os comentadores: nas sua grande maioria são parte do problema.
José Duarte

Anónimo disse...

Dizer "Os Portugueses são um povo bipolar, Sr. Embaixador" e no seguimento da explanação do raciocínio até ao último parágrafo do comentário é feita a demonstração exemplar da prova prática do que é o verdadeiro bipolarismo à portuguesa.
O problema não está em nenhum bipolarismo nem outra qualquer doença nervosa ou psicológica; o problema é cultural.
Porque razão logo que algo não corre "bem" tal como cada um entende que deveria correr
na "perfeição" à imagem e semelhança do próprio comentador "perfeito"(é vê-los imparáveis nos media e redes sociais)imediatamente vir logo comparar com outros países onde se diz tudo estar a correr pelo melhor e daí iniciar uma tentativa de denegrimento e lapidação dos nossos governantes.
Mas como sabem esses exigentes da perfeição que tudo corre bem nos outros países? Vivem eles lá e acompanham o caso tão de perto nesses países para terem a certeza que tudo o que é dito é o que realmente se passa?
Porque duvidam logo dos números oficiais apresentados cá dentro e crêem religiosamente nos números oficiais apresentados lá fora?
E não são apenas pessoas individuais "perfeitas" mas até instituições de relevo que praticam tal duplicidade cultural de crenças.
E não é apenas neste caso do covirus, em qualquer acontecimento o português "perfeito" alinha sempre com a versão de verdade, sem contraditório, que vem de fora em detrimento da versão de verdade de cá de dentro, não obstante esta ser explicada, discutida e contraditada pelos mais sábios dos portugueses.
A permanente mentira salazarista deixou-nos tal herança cultural?
josé neves

Anónimo disse...

O giro é ver que, segundo os números da OMS, o Canadá, RU, Espanha, França, Itália têm uma taxa de letalidae muitíssimo superior às dos EUA e Brasil.

Quanto à Rússia, aquilo são super homens porque, por mais infetados que haja, quase nenhum morre. Ainda vamos descobrir que o Putin colocou na Constituição que é proibido morrer de COVID.

Anónimo disse...

Esta reviravolta veio devolver um bocado de humildade aos nossos governantes que já estavam armados em bons, sem terem feito nada de relevante. Que toquem a trabalhar e se deixem de lamúrias. E que imponham o uso obrigatório de máscaras aos portugueses sob pena de pesadas multas. E invistam em mais tranportes. O dinheiro serve para estas coisas.

Anónimo disse...

Vem aí a época dos fogos. Os jornalistas logo esquecem o COVID.

Anónimo disse...

Acreditou-se que o SARS-COV-2 sofreria uma mutação. Ainda não aconteceu.

Os números que interessam são os dos internamentos e mortes. E como o SNS responde.
Os restantes são pouco fiáveis, em Portugal e no mundo.
Seria necessário testar toda a população, todos os dias...


O que aprendemos:
- a lavar as mãos
- a usar máscara em todos os espaços fechados
- a manter a distância física no exterior, sempre, fora do nosso agregado familiar

O que não estamos a fazer:
- a lavar as mãos
- a usar máscara em todos os espaços fechados
- a manter a distância física no exterior, sempre, fora do nosso agregado familiar


O vírus não pensa, precisa de um hospedeiro inteligente, que, perturbe a transmissão

Anónimo disse...

Portugal é definitivamente um país governado por políticos impreparados, incompetentes, apenas preocupados com o assalto ao estado. Lamento muito mas não consigo vislumbrar qualquer preocupação com as pessoas, com a segurança e o bem estar dos cidadãos que são esmagados mensalmente com impostos e mais impostos que a classe política desbarata e utiliza como se fosse seu...pobre Portugal!

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