terça-feira, julho 14, 2020

Ao fresco


Passei, há minutos, no lugar onde ficava o “33”, um agradável restaurante na rua Alexandre Herculano. Tinha um pátio magnífico onde, no verão, se almoçava ou jantava. As suas portas estão fechadas há já bastante tempo.


Depois de almoço, ali em frente da Gulbenkian, neste dia de calor, tinha-me lembrado da “Gôndola”, por ora transformada num buraco à espera de um banco. Tal como no “33”, a oferta gastronómica nunca foi por aí além, mas o espaço era soberbo. Tenho muito boas memórias de almoços por ali.


Na parte norte do Campo Grande, bem antes da igreja, quem se recorda do interessante jardim traseiro daquele que foi, por muito tempo, um dos mais antigos restaurantes de Lisboa, muito ao jeito das casas de comida “fora de portas”? Chamava-se o “Antigo Retiro do Quebra Bilhas”. 

Lisboa tem hoje muitos mais lugares onde se janta, ao fresco, comendo bem melhor do que naqueles restaurantes que fomos perdendo. Mas o que é que hei-de fazer? Aqueles três fazem-me falta.

5 comentários:

Anónimo disse...

Será que grande parte da restauração sobreviverá a uma nova onda de covid? Mas o covid não tem só coisas más: está a enterrar o nosso futebol que não faz cá falta nenhuma

Luís Lavoura disse...

E o Clara, no Campo de Santana? Também tem um jardim. O Francisco gosta? Ou também já fechou?

AV disse...

Muitas saudades do’Quebra Bilhas’! Era um espaço encantador e comia-se lá um sável com açorda que apreciava. ‘Restos de colecção’ tem um apontamento interessante sobre a sua história https://restosdecoleccao.blogspot.com/2017/11/antigo-retiro-quebra-bilhas.html
O Gôndola’ tinha um romantismo intemporal.

Luís Lavoura disse...

Anónimo,
o covid não está a enterrar o futebol: está a enterrar todos os espetáculos, sejam eles desportivos, artísticos, culturais, etc. Dificilmente se pode considerar isso uma coisa boa. É montes de gente que fica sem ganha-pão.
Já agora, quem está a enterrar não é o covid, são as restrições tirânicas implementadas pela (PIDE-)DGS, a qual, em vez de fazer a sua obrigação, que é tratar da saúde de quem está doente, anda por aí à caça de vírus que não fazem mal nenhum à maior parte das pessoas.

Anónimo disse...

No início dos anos 80, ia todos os dias almoçar ao Quebra Bilhas, com amigos, com o ainda antigo patrão que conversava muito com os clientes e contava histórias, por exemplo, do tempo, em que os homens que conduziam os touros para o Campo pequeno, os deixavam enquadrados defronte e lá iam almoçar. Depois,o restaurante, passou para um casal de Advogados e já há bons anos o vejo fechado. Bons almoços, debaixo da latada, ao ar livre.

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