segunda-feira, outubro 05, 2015

Um direito de veto

Eram aí umas seis e picos quando um amigo (do género daqueles que têm uma prima que vive com alguém que tem uma "fonte" no MAI ou coisa assim) me disse: "Isto está no papo! Os gajos vão levar uma cabazada das arábias. As sondagens eram uma miragem! Já podes ir abrindo o champanhe!". Adoro estas certezas muito "sportinguistas" e vivo bem com elas, mesmo que nelas nunca acredite. Não abri champanhe nenhum. Nem espumante. Bebi uma cerveja ao fim da noite no Snob, sob o sorriso do Sr. Albino (o Porto tinha ganho), e foi tudo em matéria de libações. Até porque não tinha razões para mais.

(Esclareço que escrevo esta nota sem ter ouvido um único comentador televisivo (nem um!) ao longo da noite. Apenas assisti à declaração de António Costa, tendo acompanhado sem som a coreografia do duo dinâmico da PàF.)

Eu tinha visto bem a composição etária do comício da FIL, tinha olhado com atenção os participantes na arruada do Chiado (muita CDE/CEUD, muita RIA, muita capela do Rato, muito MASPs...), cruzara por toda a parte essa formidável onda socialista de cabelos brancos (ou pintados), a qual, claramente, estava muito longe de poder dar para surfar uma vitória. Há muito que não acreditava que o PS pudesse ganhar estas eleições contra dois partidos coligados (Uma curiosidade: o CDS ainda existirá? Tem ainda programa próprio?), com muita comunicação social complacente, contra um Bloco de Esquerda cujas vedetas femininas raptavam a vontade da gente jovem, contra um PCP que, desde há muito, fizera dos socialistas o seu inimigo principal.

O PS apresentou-se a estas eleições liderado pelo seu mais competente quadro político. Não vale a pena ter quaisquer ilusões. Por muito respeito que me mereça a figura de António José Seguro - e merece-me muito - não considero que tivesse podido obter um resultado melhor do que este (mau) resultado conseguido por António Costa. Ninguém no PS faria melhor. 

As condições políticas que conduziram a esta derrota devem-se a um conjunto de circunstâncias muito desfavoráveis para o PS, algumas das quais têm essencialmente a ver com o próprio partido. O "cisma" Seguro-Costa nunca ficou sarado e deixou sequelas pelo país (agravadas na construção das listas eleitorais), a questão Sócrates esteve sempre "on the back of the mind" dos eleitores e mesmo o episódio Syriza acabou por ter o seu peso subliminar. Nas últimas semanas, ficou também claro que um setor do partido fazia alguma resistência passiva à campanha de Costa (em especial, à medida que as sondagens o iam desfavorecendo) e até a ala "socratista" foi tomando distâncias, como se fosse minimamente sensato que António Costa viesse a colar o PS à luta entre a Justiça e o antigo primeiro-ministro.

Acresce que a coligação, neste caso com a imperdoável anuência inicial de Seguro, deixou fixar no imaginário coletivo a "narrativa" da culpabilidade exclusiva dos socialistas na crise financeira 2010/2011 e António Costa não conseguiu invertê-la, depois da detenção de Sócrates. O governo, cuja governação foi uma espécie de "terceirização" subserviente da receita ditada de Berlim, beneficiou dos equilíbrios conjunturais europeus e, depois, fez uma condução muito competente da campanha, embora utilizando despudoradamente a seu favor a máquina do Estado. Mas quem o não fez no passado, quando pôde, que atire a primeira pedra...

Mas, então, o PS não cometeu erros? Claro que cometeu. O partido fará a sua avaliação, eu fiz e continuo a fazer a minha, com toda a liberdade opinativa. 

O PS não percebeu que, desde há muitos meses, o sentimento popular face à crise tinha mudado. Bastava olhar para o acelerar do consumo das famílias (prova de confiança no futuro), para a interiorização de um sentimento difuso de bem-estar (olhem-se as férias), alambicado diariamente por pequenas medidas oportunistas de facilitação fiscal ou de outra natureza (claro que outros também o fizeram, noutros tempos), para dever ter entendido que o tom catastrofista estava ultrapassado. O país já não estava tão "indignado" como estivera nos tempos da "troika". Por isso, falar obsessivamente do corte das pensões, da emigração, do desemprego e dos truques para o disfarçar e coisas assim era um discurso que já não estava em sintonia com quem queria desesperadamente boas notícias - e que já não tinha ouvidos para quem só lhe lembrava os tempos piores por que passara. O PS deveria ter assumido, sem complexos, que algumas coisas tinham entretanto mudado para melhor. Pior era se assim não fosse! O país ia sentindo isso e, estranhamente, o partido parecia manter uma espécie de permanente discurso "adversativo". É que, se a custo reconhecia que alguma coisa ia bem, logo vinha um "mas" a seguir a essa constatação relutante. O PS dispensou-se de falar para o futuro, deveria ter apresentado quatro ou cinco "bandeiras", medidas emblemáticas, de natureza política (saúde, educação, justiça). Pelo contrário, embrulhou-se em muitas pequenas propostas sem uma coerência global visível, demasiado economicistas. Entreteve-se a falar de um passado que, repito, a maioria dos portugueses quer esquecer, embora, de facto, ele ainda ande por aí no presente, ainda que edulcorado pela propaganda governamental. Mas esqueceu-se que, como dizia o manholas de Santa Comba, em política o que parece é. Este foi um erro de perspetiva.

O PS tentou credibilizar-se com a apresentação de um programa económico realista, que afastasse de si a imagem do despesismo, que o governo da coligação lhe havia colado definitivamente à pele política. Conseguiu-o até ao momento em que esse programa, e alguns dos seus pormenores, se converteu quase no centro exclusivo do debate. Convencido da genialidade intocável desse texto, o PS descurou mesmo a desmontagem das propostas que o governo enviara para Bruxelas e que eram o seu verdadeiro "programa". Com fraco trabalho de casa, em lugar de colocar figuras especializadas credíveis a procurar discutir em público as fragilidades desse tal "programa", deixou enredar o seu líder em discussões penosas, de cariz técnico, a que a coligação conseguiu ligar um ambiente de "insegurança", baseado na difícil explicação da questão da sustentabilidade do sistema de pensões. E António Costa ainda ajudou a potenciar o espetro do medo da "ingovernabilidade" ao não explicar com clareza a sua posição face ao orçamento. Este foi um erro de foco.

O PS, finalmente, deixou-se cair no logro de centrar toda a sua campanha na figura de Costa, pela certeza que tinha da sua imagem ser muito positiva perante o país, pelo capital de simpatia e competência que projetava e até pela ideia de "ganhador" que lhe estava associada em Lisboa. Talvez com receio de uma eventual cacofonia pela dispersão das mensagens, optou por não fazer avançar para a primeira linha de combate os jovens muito talentosos que tem no seu gabinete de estudos, bem como outras novas figuras, algumas incluídas nas listas de deputados, que podia apresentar como a imagem da renovação do partido. A única cara que, desse espetro mais jovem, surgiu com deliberada evidência foi João Galamba, um quadro seguramente muito capaz mas que "esquerdizou" bastante a imagem económica do PS e, como ficou evidente, não contribuiu para evitar a deriva de setores de esquerda para o Bloco (como se vê pelos resultados, o Bloco não tirou votos ao PCP, embora tenha limitado o seu crescimento, subindo exclusivamente à custa do PS). E o PS também não mostrou as muitas mulheres que, pelo país, estiveram na construção da alternativa: caras novas e algumas sem passado político muito firmado, num tempo em que ter passado é quase mais cadastro do que curriculum. Este foi um erro de "casting".    

O PS perdeu. A coligação permanece no poder, mas perdeu a preciosa maioria absoluta, o que a impede de continuar a fazer, como total impunidade, algumas das barbaridades que fez no passado. Agora, dia após dia, se quiser aprovar alguma coisa na Assembleia da República, vai ter de negociar com o PS, num "negócio" que seguramente lhe sairá caro, mas sempre mais "barato" do que fazê-lo com o Bloco ou com o PCP. Espera-se que perceba isso desde cedo. Claro que um dia vai clamar que "assim" não consegue governar e vai pedir eleições antecipadas. Por essa razão é que a eleição presidencial que aí vem é decisiva.

António Costa, na sua declaração final, disse uma coisa muito importante, que é simultaneamente um compromisso e uma nota de responsabilidade: "Não inviabilizamos governos sem termos um governo para viabilizar", deixando ao mesmo tempo bem claro (nomeadamente para ouvidos europeus) que a "esquerda da esquerda" não pode contar com ele para operações que ponham em causa a governabilidade do país. Mas também disse outra coisa: o PS só avalizará políticas que correspondam ao seu programa, pelo que o novo governo terá de ter isso em conta no dia a dia das suas propostas. Nomeadamente nos orçamentos.

O PS perdeu as eleições, mas ganhou um direito de veto. 

19 comentários:

Anónimo disse...

Não esqueçamos o outro grande perdedor da noite: a comunicação social. Tanto tempo de antena dado a grupúsculos de extrema esquerda, tanto artigo e reflexão sobre o papel das novas alternativas pós-bloquistas, tanto tu cá tu lá com personagens que nunca produziram nada de relevante (ou de irrelevante) para - tudo indica -. terem conseguido piores resultados do que o PNR e o PCTP. Ridículo.

O que nos vale é que, daqui a dois meses, o "Facebook" (não a TV, entenda-se) irá convocar uma enorme manifestação que mostrará que as eleições foram uma farsa. São sempre, não é?

josé ricardo disse...

Caro sr embaixador, duas ou três coisas, se me permite.
Uma palavrinha importante, que foi por si referida: renovação. É, de facto, imperioso o PS reconduzir-se na senda de uma renovação profunda. Estamos em desacordo quanto à capacidade de António Costa para encetar essa mudança. Costa é, de facto, um quadro (não gosto da palavra) capaz, jovem ainda, mas igualmente velho. Não deixa de ser, como Seguro, um jovem velho, que, orgulhosamente, milita no partido desde os 14 anos (que grande palermice).
Depois, há os truques. Costa já saíra uma vez do Governo para se candidatar a presidente da câmara de Lisboa, renunciando, alegremente, ao mandato que o povo lhe havia conferido. Do mesmo modo, as televisivas e bombásticas declarações aquando da derrota, perdão, vitória de Seguro nas europeias serve unicamente um módulo facilidade de quem anda nisto desde os 14 imberbes anos de idade.
Por último, o PS está numa encruzilhada ideológica. Neste momento, votar socialismo é votar muito mais no BE do que no PS(D). Não há que ter medo de bandeiras de esquerda. Não se é um perigoso esquerdista quando se defende uma determinada nacionalização, por exemplo. E etc.

Um abraço
José Ricardo

Reaça disse...

Porreiro foi os 2 minutos de João Soares que tinha saltado do sofá e foi ver rapidinho o ambiente triste:

“Estive numa homenagem a José Vilhena e vêm agora com perguntas destas”! Nem sei do que se trata!

Depois de uns dinossauros terem empurrado o Costa (e o país) para o abismo, vêm agora outros ver o efeito.

Jaime Santos disse...

Tem toda a razão no que diz, e espero que o PS saiba ler esta sua crónica. Costa tem que pedir uma relegitimação ao Partido se quiser continuar, mas isso terá que esperar para depois Presidenciais, em que, contrariamente ao que disse ontem Jorge Coelho, o Partido tem mesmo que tomar posição, arriscando-se de outro modo a não ajudar ninguém e a escancarar as portas de Belém ao Professor Marcelo. Se não resolverem isto dentro dos órgãos do Partido, façam primárias à Francesa para escolher o candidato presidencial que irão apoiar. Relativamente aos quadros contestatários próximos de António José Seguro, nenhum deles é alternativa a António Costa (sobretudo pelas fragilidades de cada um), e concordo com Sousa Tavares, o futuro do PS estará provavelmente em Fernando Medina. Mas para já a hora é do líder da Oposição, António Costa. Relativamente à 'onda grisalha' do PS, é um aspeto preocupante, porque mostra que o eleitorado jovem se deixou provavelmente seduzir pelo BE. Nunca percebi a mesura com que a Campanha do PS o tratou, esperando talvez que respondessem na mesma moeda, mas isto não é o Borgen. O PS deveria ter mostrado que na verdade o BE não tem programa, tem sim um conjunto de bandeiras, mas não faz ideia nem dos seus custos nem de como chegar lá...

António Pedro Pereira disse...

Caro Senhor Embaixador:
Não posso estar mais de acordo com a sua minuciosa radiografia, na qual deixou escapar duas gafes monumentais de Costa que muito peso tiveram na decisão dos eleitores (mas não ao ponto de, por si só, inverterem a derrota em vitória):
1.ª - a falta de explicação de onde fazer os cortes para poupar 1000 milhões de euros em 4 anos, em pleno debate decisivo;
2.ª - ter afirmado que não aprovaria o OE antes de o conhecer;
E um monumental erro de estratégia político-eleitora: ter adoptado uma posição demasiado à esquerda, perdendo assim o centro.
O que deveria ter feito era cativar o centro e deixar a esquerda radical espernear à vontade, mostrando, no entanto, a inutilidade prática dessa esquerda de protesto.
A ele competia-lhe corresponder responsavelmente aos anseios das pessoas mas não através da arruaça, que é a única coisa que essa esquerda sabe e quer fazer.
A isto se deveu a derrota do PS.

António Pedro Pereira disse...

Sr. Reaça:
Porque não vai conviver com a sua trupe?
Ou contar histórias para criancinhas aos netinhos?
Sobre o país no abismo de que fala, vá ler o artigo do economista Alexandre Abreu que se chama «Portugal: 4 anos depois da Troika, que saiu há poucas semanas no «Expresso online».
E veja, sobretudo, os 8 gráficos retirados de entidades credíveis como: a AMECO; o BdP; a PORDATA; o Observatório da Emigração; o EUROSTAT.
Esses 8 gráficos mostram-nos:
a Taxa de Crescimento do PIB Potencial;
a Percentagem da Dívida Pública;
a Taxa de Desemprego;
a Dívida Externa Bruta em Percentagem do PIB;
Dívida Externa Líquida em Percentagem do PIB;
Balança corrente em Percentagem do PIB;
Número de Novos Emigrantes Portugueses;
PIBpc em Percentagem do PIBpc da Zona Euro (19 países da moeda única).
Eu não deixo aqui o link porque o Senhor Embaixador não quer e eu respeito a sua vontade, pois estou em sua «casa», mas introduzindo o nome do artigo no browser encontrá-lo-á com facilidade.
Já duvido que o senhor, especializado que está na este provocação primária, seja capaz de o ler, muito menos de o compreender.
Porque não pára de nos ofender a inteligência?
Dedique-se à pesca e deixe de nos importunar com as suas «boutades» retiradas do Correio da Manha (escrevi Manha sem til de propósito).

Anónimo disse...

Acho que nem os gajos do PAN vão conseguir acabar com a tourada que vai ser a nova AR...

jose reyes disse...

Ontem de manhã estive num estabelecimento de ensino na cidade de Vila Real para exercer o meu direito a votar em liberdade. Mas desta vez fi-lo muito a contragosto, por ao votar PS estar também a eleger, como cabeça de lista, o maior responsável pela vitória da coligação. É preciso não esquecer o que foi o arranque desastroso da campanha, com sucessivos tiros nos pés que minaram irremediavelmente a credibilidade da equipa de Costa. E aqui a responsabilidade vai direitinha para o nosso conterrâneo Simões que se demitiu (ou foi demitido) tarde demais, com o mal já feito, mas não teve tomates para abdicar do seu lugar na lista de deputados para mais um tachinho de 4 anos.
Custou tanto conseguir a Câmara Municipal (13.467 votos) que é agora duplamente triste ver esse capital de confiança derretido (9.609 votos, menos 3858!) apesar do bom trabalho do PS no município. Há que retirar conclusões deste descalabro, e já que a vaidade balofa de Ascenso Simões não lhe permitirá enxergar a verdade, que haja alguém aí por Lisboa (que ele por cá quase não se deixa ver) quem lhe abra os olhos. À bofetada, se preciso for.

Anónimo disse...

Já agora, que alguém avalie a assustadora abstenção nos Açores...

joaogeirinhasr disse...

Previsível, a julgar pelas ultimas sondagens, impensável, há 3 meses, a vitória da coligação e a subsequente derrota do PS jogaram-se muito nas redes sociais que tiveram uma força e eficácia nunca vistas em Portugal. Naturalmente que há mérito em quem venceu e demérito em quem perdeu. A coligação foi muito eficaz em construir um discurso que foi facilmente entendido pelo centrão móvel que decide as eleições e Costa enredou-se numa teia confusa de que nunca se conseguiu libertar, parecendo que era ele e o PS que estavam a ser julgados pelos últimos 4 anos. Mas o meu ponto é que estes factores foram muito ampliados pelo FB de uma forma que nunca se tinha visto e que marcaram toda a campanha. Há um mês falava-se de empate técnico com vantagem para o PS mas em todos os estudos Costa aparecia com mais "qualidades" para PM do que o lider da PaF. Que sucedeu? Muitos erros, alguns tiros no pé óbvios mas que noutras alturas seriam vistos como gaffes habituais e sem importancia de maior. Foi o FB que transformou essas gaffes num tsunami de comunicação absolutamente avassalador que destruiu irremediavelmente a reputação do lider socialista. Não se iluda o futuro lider do PS, qualquer que ele seja. Ou se consegue arranjar antidotos eficazes neste campo de batalha ou qualquer lider que venha da margem esquerda do eleitorado, será também alvo deste fogo cruzado sem quartel.

Anónimo disse...

Embaixador, o PS de uma vez por todas tem que dizer aos Portugueses, se é que as pessoas não o sabem que tipo de partido é. Passo a explicar se o PS que desde há muito não é socialista deve assumir isso, obviamente com os custos que isso terá, mas não pode é continuar a utilizar um nome que já nada lhe diz. Evidentemente que o verdadeiro socialista votará sempre no BE ou até mesmo no PCP, este o socialista que o é de verdade, não o adepto tipo futebol que é do PS, mas não é socialista de verdade.

Anónimo disse...

PDS PORTUGAL venceu mais uma.

Anónimo disse...

O PS perdeu por várias razões:

- Quem estiver ligado a Socrates nunca terá o povo do seu lado
- O que Costa fez a Seguro jamais se faz
- Costa disse que cumpriria o mandato na CML até ao fim, mas a sede de poder não o permitiu
- Não fez nada de jeito na CML. Pagou dívidas com os impostos e com o dinheiro que recebeu de terrenos. Isso qualquer um faz.
- Costa, queira ou não queria, melhor, o PS, queira ou não, mesmo não sendo um partido de esquerda, tem que se aliar ao BE e/ou CDU para ganhar eleições

E em Janeiro leva outra cabazada.

Ou muda a política para a esquerda ou tão cedo não vê o poleiro. E tudo por culpa dos egos.

Anónimo disse...

Voltem para o Lar da Saudade !

Anónimo disse...

se joao galamba for o futuro do ps a coisa ta linda ta...

cumprimentos

Anónimo disse...

Com adevida vénia do Blog "Estado Sentido"

"Eu é que estou chocado"

João Almeida Amaral

"A Ana esta chocada, mas eu também fiquei chocado.
Para os "democratas, que são sempre intelectuais" quem ganhou foi a esquerda. Para eles, que são mais cultos , mais informados e mais bem preparados, todos nós, os outros somos iletrados. Logo o sentido de voto de quase 40 % dos portugueses faz-lhes lembrar o síndrome de Estocolmo. Chocante. (a Canavilhas ,no auge da humidade daquela noite abafada,ate sugeria uma aliança com o BE e com o PCP; em suma com as forças democráticas, ou não fosse a Doutora uma intelectual).
Esta tendência é muito irritante. Vivem agarrados a coisas ultrapassadas, que em alguns casos como o socialismo, já morreu com o comunismo em 1989. Logo há mais de 25 anos.
Este grupo intitula-se de intelectual porque são pintores, músico,cantores, etc., vestem como se vestia nos anos sessenta do século passado. Nos mais jovens , eles têm pelos mal semeados na face e elas , verdadeiras mamuskas *(porque a alimentação do capitalismo tipo hambúrgueres é do melhor), têm-se em grande conta e têm uma intolerância radical contra tudo que seja diferente do que dizem, fazem (em regra pouco) ou pensam e em regra produzem pouco.
Grande parte aderiu ao BE . São o novo PCP (que ainda não percebeu que está morto, não serve para nada a não ser para desperdiçar dinheiro do erário público).
O BE que no curto prazo irá devorar o PS ,que hoje começa a ser um depósito de múmias, está assim recheado de gente que não quer ser governada e não quer governar (porque não sabem e/ ou porque têm medo de acabar "syrizados").
São maioritariamente oriundos de famílias operarias que tiveram acesso ao ensino superior.
São todos Doutores.
São também grandes defensores da homossexualidade, ( com se para se ser artista ou outra coisa qualquer, tivéssemos que ser homossexuais) tudo é normal para eles , como ter assaltantes de bancos das Brigadas revolucionárias como candidatos a deputados, na verdade sabem tão pouco que nem sabem quem é a Isabel do Carmo . Sim punha bombas e assaltava bancos e repartições de finanças .
Tudo são direitos , mesmo que uma criança não se possa pronunciar, sobre ser adoptada por duas mulheres isso é normal, porque é um direito das mulheres.Vincula aqui o principio de que todos somos iguais mas ha uns mais iguais que outros, tipificado no caso Seguro versus Costa.
O PSD e o CDS acabam assim por ser onde está o verdadeiro povo trabalhador. Como na anedota do barco de remos são apenas 40% que rema para fazer progredir o país , levando a reboque todo um grupo de gente que vive de forma parasitaria encostada a politica e os intelectuais ainda discutem se devem ser punidos pelo Sr. Presidente por não terem maioria absoluta.
Estou mesmo chocado. "

*Não, não tem nada a ver com glândulas mamárias.

Isabel Seixas disse...

Gostei muito do post.

Anónimo disse...

Senhor Embaixador

O que vejo nos resultados é o seguinte:

Menos 128 125 votos validamente expressos em relação a 2011

Menos 710 006 votos no conjunto PSD+CDS (ou, vamos lá, menos 706 352)

Mais 186 593 votos no PS (parece não ter beneficiado muito da queda dos anteriores)

Mais 260 913 votos no BE

Mais 6 255 votos no PC

Parece-me que a explicação disto é muito mais estrutural do que aquilo (basicamente conjuntural) que apontou (e que é também verdade)

Com os meus cumprimentos

J Q Neto

Anónimo disse...

Esse Post citado do Blog Estado Sentido é uma aleivosia de meter nojo! Consegue até sentir-se o perfume do estrume que dali sai.
JJ (não confundir com o outro ex-Benfica)

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...