quinta-feira, outubro 29, 2015

Novas eleições?

Anda por aí uma agenda temporal estranha, ligada à hipótese de Cavaco Silva, em caso de derrota do governo minoritário do PSD/CDS, optar por não indigitar António Costa. 

Nessa eventualidade e segundo tais "contas", um governo de gestão teria de permanecer até junho de 2016, o período constitucional mais cedo possível para um novo sufrágio para a Assembleia da República.

Acho muito estranho que se alimente este tipo de especulação, em que comentadores e imprensa estão a embarcar, e que só contribui para projetar 2016 como um ano de incerteza, dando de Portugal a imagem de um país mergulhado numa prolongada crise. 

Mas por que diabo terá de haver novas eleições legislativas? Nada impede o novo presidente, que tomará posse em 6 de março, de nomear de imediato António Costa, aceitando a solução que Cavaco Silva recusou. Seguramente que Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa assim o farão. 

Resta assim Marcelo Rebelo de Sousa. Haveria que perguntar-lhe o que fará se acaso tal circunstância vier a obrigar a uma sua decisão. Prefere manter um governo de gestão? Porque é que ninguém lhe coloca a questão?

5 comentários:

septuagenário disse...

Eleições novas? Mas não está metade do PS e metade do País em cima do muro à espreita?

A ansiedade de ver o Costa, o açoreano e o reciclado Ferro Rodrigues em acção, é geral.

Uns a roer as unhas à espera da «estabilidade e transparência» outros a esfregar as mãos à espera do estampanço.

Só não está em cima do muro, à espera de eleições, os que são abstencionistas.

António Azevedo disse...

Numa imagem económica o que está a acontecer em política é uma OPA hostil de uma “sociedade” PàE (Portugal à Esquerda) sobre a “empresa” “o governo”. Resta saber se há garantia do cumprimento das obrigações assumidas pelo ofertante.
Mas em política, como não há papéis (valor de ações), e mesmo com papéis é o que se sabe, cada um diz que do seu lado estão garantidas todas as obrigações e que do outro não está nenhuma.
Isto costumava-se resolver com eleições. Mas como a tradição já não é o que era, qualquer cenário é possível com o povo a assistir “de bancada”!
antónio pa

aamgvieira disse...

Ninguém pode, por muito tempo, ter um rosto para si mesmo e outro para a multidão sem no final confundir qual deles é o verdadeiro.

A censura aos jornalistas já faz lei em Portugal. è o progresso dos iluminnati.

alvaro guerreiro disse...

eu se fosse o prof. cavaco indigitaria o Girómino da foicinha e marreta para formar governo. Como o partido mais votado não arranja maioria eu começaria por o último da lista, com a desculpa bíblica que os últimos serão os primeiros. Mais a mais o Girómino merece pois ao fim de 40 anos de tantas "lutas" carago o home já tem direito! è so atentar e ver o destroço que se vê nele, muito magro, com o fato a dançar na cruzeta dos ombros, com olheiras que bastam,dentadura a reluzir, só avultando a farta cabeleira bem adubada com o *Minoxidin. Aconselho que o nomeiem P.M., antes que vire esqueleto que tanto desgaste bem o faz merecer

opjj disse...

Acho que Marcelo lhe vai responder.
Cá por mim Cavaco renunciava e o problema resolvia-se. Tem um senão,,pois ficava em desvantagem com os ex-presidentes, ficava sem palácio, sem despesas, sem pópó, sem chouffer, etc.
Vamos ver!
Cumps.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...