Portugal foi hoje eleito, pela terceira vez, como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU. No biénio 2011/2012, o nosso país assegurará uma presença naquele que é o principal órgão decisório das Nações Unidas.
Esta é uma vitória com laivos "históricos", porque foi obtida em condições de particular dificuldade. Com uma campanha de grande empenhamento e profissionalismo, levada a cabo por responsáveis políticos e diplomáticos, apoiados por todas as nossas estruturas espalhadas pelo mundo, foi possível fazer frente à fortíssima candidatura do Canadá que disputava conosco e com a Alemanha um dos dois lugares disponíveis. Tratava-se de um confronto com dois membros do G8, com uma presença determinante na máquina das Nações Unidas, dispondo de meios e estruturas incomparavelmente mais fortes que os nossos. Esta era, para muitos, uma vitória "impossível", convém lembrá-lo.
Há uns meses, deixei expressas aqui as razões pelas quais me parecia que Portugal, não apenas deveria empenhar-se fortemente nesta eleição, mas igualmente os motivos por que se me afigurava que o nosso país tinha todas as condições para defrontar, com êxito, esta batalha. Quem quiser, pode revisitar esse argumentário.
O que acaba de se passar em Nova Iorque é uma lição de história diplomática. É a prova provada de que um país de média dimensão, com recursos limitados, mas com uma postura de equilíbrio e uma excecional capacidade de diálogo, soube construir um lugar de respeito e prestígio na cena internacional, sendo hoje, de certo modo, um "soft power" capaz de se colocar ao nível dos Estados que podem legitimamente "punch above its weight" - para utilizar a expressão consagrada de Douglas Hurd. Esta vitória cria-nos, no entanto, uma responsabilidade acrescida e tem de conduzir-nos a um acrescido esforço, bilateral e multilateral, de racionalização e melhor utilização da nossa máquina diplomática, por forma a estarmos à altura dos novos desafios que temos de enfrentar.
Esta é uma vitória com laivos "históricos", porque foi obtida em condições de particular dificuldade. Com uma campanha de grande empenhamento e profissionalismo, levada a cabo por responsáveis políticos e diplomáticos, apoiados por todas as nossas estruturas espalhadas pelo mundo, foi possível fazer frente à fortíssima candidatura do Canadá que disputava conosco e com a Alemanha um dos dois lugares disponíveis. Tratava-se de um confronto com dois membros do G8, com uma presença determinante na máquina das Nações Unidas, dispondo de meios e estruturas incomparavelmente mais fortes que os nossos. Esta era, para muitos, uma vitória "impossível", convém lembrá-lo.
Há uns meses, deixei expressas aqui as razões pelas quais me parecia que Portugal, não apenas deveria empenhar-se fortemente nesta eleição, mas igualmente os motivos por que se me afigurava que o nosso país tinha todas as condições para defrontar, com êxito, esta batalha. Quem quiser, pode revisitar esse argumentário.
O que acaba de se passar em Nova Iorque é uma lição de história diplomática. É a prova provada de que um país de média dimensão, com recursos limitados, mas com uma postura de equilíbrio e uma excecional capacidade de diálogo, soube construir um lugar de respeito e prestígio na cena internacional, sendo hoje, de certo modo, um "soft power" capaz de se colocar ao nível dos Estados que podem legitimamente "punch above its weight" - para utilizar a expressão consagrada de Douglas Hurd. Esta vitória cria-nos, no entanto, uma responsabilidade acrescida e tem de conduzir-nos a um acrescido esforço, bilateral e multilateral, de racionalização e melhor utilização da nossa máquina diplomática, por forma a estarmos à altura dos novos desafios que temos de enfrentar.
Nesta ocasião, gostava de deixar aqui uma palavra de muito sinceras felicitações a todos quantos estiveram na primeira linha da nossa candidatura, muito em especial ao embaixador José Filipe Moraes Cabral, que titulou em Nova Iorque um trabalho notável, de que a diplomacia portuguesa se pode legitimamente orgulhar.
9 comentários:
Senhor Embaixador
Ótima notícia!
Estou espetante relativamente a quais irão ser os comentários do nosso tristemente famoso "jornalismo adversativo"...
Cumprimentos
Foi um bom trabalho, rigoroso e obstinado, exercido em circunstâncias extremamente difíceis. Será que a nossa opinião pública (ou publicada) vai dar sequer por isso?
É uma boa notícia. Assim como foi a de Durão Barroso ter ocupado o vértica do poder formal na União Europeia...
Mas, peço desculpa, preferia ter boas notícias quanto ao poder de compra da classe média portuguesa... Ou mesmo quanto ao próprio "poder de venda" - um poder cada vez mais difícil de "exercer"....
Aliás este sucesso luso faz-me lembrar o sucesso de Carlos Queiroz na Selecção portuguesa: Foi à fase final do Mundial, só que, a seguir, foi empurrado porta fora da FPF.
Junto-me às felicitações que dirige ao Embaixador Moraes Cabral que estendo à sua equipe.
A eleição de Portugal é uma vitória colectiva que foi sendo construída, ao longo de vários anos, pacientemente, com o esforço de toda a máquina da diplomacia portuguesa.
Pessoalmente, evoluí de um sentimento de alguma dúvida e pessimismo para uma de nnuita confiança à medida que me apercebi, sobretudo durante o "tour de force" dos últimos meses, da reacção positiva que se estava a gerar.
Acho justo sublinhar também o papel determinante que os nossos parceiros da CPL desempenharam junto dos vizinhos nas respectivas regiões.
Com esta eleição assegura-se a presença da lusofonia no CS durante um período considerável, uma vez que o Brasil é, ainda neste momento e até à entrada de Portugal, membro não-permanente.
Parabém PORTUG_RA_AL
Cuida dos teus PENSAMENTOS, pois tornam-se PALAVRAS
Cuida das tuas PALAVRAS, pois tornam-se ACÇÕES
Cuida das tuas ACÇÕES, pois tornam-se HÁBITOS
Cuida dos teus HÁBITOS, pois tornam-se CARÁCTER
Cuida do teu CARÁCTER, pois torna-se FATUM...
diz uma PASSAGEM do TALMUD.
mpereiradecastro
a equipa merece todas as felicitações. Mas entrar é só o princípio, agora é necessário saber usar o lugar, administrá-lo bem durante o período.
Foi uma vitória dura, mas merecida a coroar um trabalho empenhadíssimo da diplomacia portuguesa, que em todas as frentes actou de forma muito dinãmica para enfrentar dois adversários de muito peso.
Tem que se destacar nomeadamente o trabalho do Emb. Moares Cabral e da sua equipa na ONU e do Emb. Nuno Brito e da sua DGPE.
Espectador Atento
Optima noticia, sendo luso/canadiana estava a torcer por Portugal so pela arrogancia do Stephen Harper, o qual culpou a perda deste cargo ao sr. Ignatieff (Oposicao)...
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