quarta-feira, outubro 13, 2010

O meu banco

Telefonei ao meu banco para saber de que dinheiro poderia dispor, a curto prazo, das minhas poupanças, para a possível aquisição de um bem. Perguntaram-me se não preferia fazer um empréstimo, dando essas poupanças como garantia. Agradeci e disse que, não tendo dúvidas de que o banco era uma "pessoa de bem", se me estavam a propor tal hipótese era porque tal empréstimo me seria dado, com toda a certeza, a um juro mais vantajoso que aquele que eu estava a obter das poupanças que mantinha no banco. O gestor de conta alarmou-se: não!, o juro que eu iria pagar era maior do que aquele que o banco me estava a dar pelos depósitos que lá tinha. Então - perguntei - qual era a minha vantagem em fazer o empréstimo? Foi-me explicado que, dessa forma, eu ficaria com "liquidez". Inquiri para que queria eu ter "liquidez" no banco se, quando a pretendia mobilizar, o banco me propunha um empréstimo. E em que é que se traduziria, na realidade, essa mesma "liquidez", porque, se a quisesse mobilizar, o banco não autorizaria, porque ficaria sem a garantia na base da qual me era concedido o empréstimo. Embatucou.

16 comentários:

Rubi disse...

E' por essas e por outras que odeio bancos...

LP disse...

Embatucou porque, pelo que me parece, nem teve o cuidado de indagar se o empréstimo era para investimento. Aí até poderia fazer algum sentido a observação da liquidez.

Anónimo disse...

... E o Gilberto Madaíl vê a selecão ganhar e agora anuncia que PODE RECANDIDATAR-SE !!!! Voltem a perder, por favor!!!!!!

Anónimo disse...

Isto há cada cretino!
P.Rufino

Anónimo disse...

A ideia que os Bancos (assim como o Estado aliás), é uma pessoa de bem, já foi chão que deu uvas... Tanto um, como outro, regem-se pela única finalidade que é extorquir dinheiro ao cidadão, seja de uma maneira ou de outra...Mais a Sul da Europa que a Norte...e mais mal usado também...
Abraço.
AE

margarida disse...

Curioso, porque deveria haver contra-argumento no manual 'de vendas'...
:)
E lá arruinou uma possibilidade de negócio ao rapaz...; muito inteligente, mas pouco, digamos, 'diplomático'... ;)

Mônica disse...

Os banco que qualquer lugar do mundo são iguaizinhos!
Com carinho MOnica

aNNóNNimo disse...

Eles emprestam o chouriço a quem lhes der pelo menos o leitão de garantia.

patricio branco disse...

sabio e util comentário, pois esse é um truque ou armadilha a que recorrem alguns bancos. Em vez de deixarem o cliente resgatar ou vender uma aplicação que lá tem para conseguir dinheiro líquido, propõem-lhe um empréstimo, em alternativa. O banco ganha sempre (com os juros) e o cliente perde quase sempre pois fica com os depósitos ou aplicações refens e o que ganha com estas não dá para cobrir o emprestimo.
Conheço casos, mas não devo aqui citar os 2 bancos em que assim se passou.

Cunha Ribeiro disse...

Diga mal quem quiser dos BANCOS.
Eu prefiro dizer: Bem...

( Gosto muito do banco do jardim em frente a minha casa onde às vezes se senta, em pose levemente erótoica, a MC...)

Helena Sacadura Cabral disse...

Até concordo com LP. E, claro, com Cunha Ribeiro. Mas faço uma ressalva. Muito cuidado com o banco do jardim, porque às vezes nem esse é seguro...ou, especialmente esse, tem as suas fragilidades.
Eu gosto de bancos de cozinha, de bancos de escola, de bancos de carros, enfim, gosto de bancos onde me sento!

Anónimo disse...

Caríssima Helena Sacadura Cabral,

Também concordo consigo. E gosto da sua postura, dos seus comentários, do seu ar positivo, desde que a "conheço".

E sabe desde quando a conheço? Não é inconfidência nenhuma. conheço-a desde aquela entrevista que fez a esse grande Socialista chamado JOÃO CRAVINHO.

Cumprimentos.
C.R.

Cunha disse...

Caríssima Helena Sacadura Cabral,

Também concordo consigo. E gosto da sua postura, dos seus comentários, do seu ar positivo, desde que a "conheço".

E sabe desde quando a conheço? Não é inconfidência nenhuma. conheço-a desde aquela entrevista que fez a esse grande Socialista chamado JOÃO CRAVINHO.

Cumprimentos.
C.R.

Anónimo disse...

Delicioso, o comentário de HSC!
P.Rufino

Anónimo disse...

Pois, mesmo o banco em que me sento me serve de passagem para recobro do alento.
Quando nele subo para o me levanto ativo o equilíbrio como um seguro atento.
Já da sua essência agiota avarento economizo o assento com prudencia e tento.
Isabel Seixas

Ana Paula Fitas disse...

Carissimo,
Grata pela utilidade pública do que aqui partilha vou, por isso mesmo, fazer link :)
Abraço.

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