quarta-feira, julho 16, 2025

Ser socialista

O Partido Socialista tem de saber dizer, alto e bom som, ao autarca que o representa em Loures que dizer-se socialista não é um rótulo de oportunidade, é a responsabilidade de sempre assumir um comportamento humanista, sem deixar que a ânsia da vitória o arraste na demagogia populista.

13 comentários:

aguerreiro disse...

Nada disso, o homem gosta é do tacho e do mando. O humanismo é para os filósofos e padres!

Anónimo disse...

Bonito de dizer a partir da rua de S. Domingos à Lapa, onde não consta que haja grandes aglomerações à Martim Moniz. Em Outubro veremos se a conversa é a mesma, se os deplorables não fizeram mais estragos.

Lembro que a PM da Dinamarca é social democrata e não tem fama de ser pessoa de grandes aberturas nas questões migratórias. Mas também é verdade que vem da classe trabalhadora, que acredita na defesa dos trabalhadores, e que acha que a terceira via foi um muito mau negócio para eles.
No fundo, no fundo, continua a ser uma questão de luta de classes.

João Cabral disse...

É nestas alturas que se vê a fibra de um líder. Carneiro, digamo-lo, não tem estado à altura. Titubeia, contorna, um pouco à semelhança do antecessor. Parece haver duas correntes no PS, a dos que expulsavam já o autarca do partido e os que desvalorizam a situação, alegando que um episódio não mancha todo um mandato. Decerto as opiniões seriam outras se as autárquicas não estivessem à porta. Num PS desesperado por votos, o jogo de cintura afigura-se difícil. Como disse Helena Roseta em comentário ontem na CNN, quando se começa a fazer contas nestas situações, já se perdeu tudo.

Anónimo disse...

Não se compreende como um autarca, que tem por missão cuidar dos interesses da respetiva população, ousa mandar destruir os parcos abrigos daquela gente sem primeiro cuidar de uma solução.
Lembro-me que na década de oitenta, foram efetuados levantamentos dos milhares de barracas, em Lisboa e Porto, então, com a colaboração das autarquias e do governo central, que financiou e criou linhas de crédito bonificadas, em três anos foram construídos milhares de fogos, que foram destinados aos ocupantes das barracas que constavam do tal levantamento. Ou seja, nem Cavaco Silva fez o que este autarca está a fazer.
Quanto ao PS, concordo que o PS deveria ser mais afirmativo neste domínio. É preferível perder uma Câmara com dignidade, do que ganhar essa Câmara com um autarca indigno.
Luís Carneiro deve repensar o posicionamento do PS. Em vez de andar a mendigar a atenção do Montenegro – proposta de grupos de trabalho, disponibilidade para acordos, pedidos de entendimento em matérias várias – deve é centrar-se na crítica às políticas, sem se preocupar com o Chega, e apresentar a agenda do PS, sem andar a responder à agenda da direita.
J. Carvalho

Luís Lavoura disse...

Toda a gente fala das pessoas e das suas barracas, mas conviria falar também dos terrenos onde essas barracas foram edificadas. A quem pertencem esses terrenos? As pessoas a quem eles pertencem não têm o direito à sua propriedade?
Eu tenho terrenos de diversa natureza em lugares rurais bastante longe de onde moro (Lisboa), e não gostaria de um dia lá ir e ver que esses terrenos estavam ocupados por edifícios.
Socialismo não é permitir que pessoas ocupem a propriedade de outrem.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Exatamente!
Se não o disser será um silêncio que não é de ouro, mas de latão enferrujado.

Paula disse...

E assim a bem dizer que se passa nesses seus terrenos? São cultivados, estão limpos e desmatados? Têm colmeias de abelhas? Produzem alguma coisa? Sr a resposta fôr positiva para alguma das questões tera o Sr. muita razão, caso não pudor recomendar-se - ia.

Anónimo disse...

Paula, os meus terrenos estão cuidados, desmatados e com árvores (eucaliptos, choupos, pinheiros e outras) a crescer neles.

Anónimo disse...

Pessoas que pertencem a um dos dois grupos sociais que cronicamente constroem barracas.
Pessoas que não se percebe o que fazem num país onde não conseguem ganhar o suficiente para pagar um teto (estarão, certamente, a contribuir enormemente para a riqueza nacional, etc.).
Pessoas que não são capazes de se associar para conseguirem viver em casas (como fazem os "indostânicos"), e preferem viver em barracas e roubar eletricidade.
Pessoas adoradas pelos "ativistas" que as cultivam como fonte dos seus futuros votos.

Luís Lavoura disse...

Há muitas pessoas em Portugal, não somente estrangeiras, que não conseguem ganhar o suficiente para pagar uma casa.
Há muitas pessoas que contribuem para a riqueza nacional, mas não o suficiente para conseguirem pagar um teto.
As pessoas associam-se para partilhar uma casa quando estão sozinhas. Quando vivem em família com filhos, isso é mais difícil.

Anónimo disse...

O Luís Lavoura passará, agora, a explicar porque razão pessoas que não conseguem pagar por uma casa, saem de casa dos pais, "casam " e desatam a ter filhos.

O Luís Lavoura passará, agora, a explicar que contribuição para a riqueza nacional é assegurada por pessoas miseráveis. Eventualmente, contribuem para a riqueza de quem os explora.

O Luís Lavoura passará, agora, a explicar porque razão antigamente havia famílias a dividir casas (o Saramago passou por isso em criança), mas hoje isso não é possível e é melhor viver em barracas.

Lúcio Ferro disse...

Eu estranho todo este paleio num blogue onde o "Direito", mormente o "Internacional" é a pedra ângular que nos deve guiar a todos. Pelos vistos, o "Direito", mormente o doméstico, não o é.

Unknown disse...

Em contraponto, pode ver uma entrevista do secretário da associação de juizes ao Observador de 29.7
2020 em que manifestou a disponibilidade para a redução das férias judiciais, disponibilidade que reiterou em várias outras entrevistas.

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