Foi perto do Arco do Carvalhão, num acesso esconso à A5, há minutos. Há por ali uma caixa de eletricidade. Sobre ela, estavam quatro volumes da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
Eu ia a guiar, vi a cena em segundos. E pensei: o que terá levado alguém a desfazer-se assim da obra? Estaria completa? Teriam lá estado os outros 36 volumes? E as atualizações? Quem levou os restantes volumes (se é que lá estiveram), que critério usou na sua escolha? Começou pelo A? E, a bem dizer, o que é que isto interessa?
Chegado a casa, olhei a minha enciclopédia na estante e não tive coragem de lhe contar o que vira.
4 comentários:
Valiosíssima! Quem a apanhar, guarde-a bem.
Nem diga à sua enciclopédia que já ninguém as quer, nem para enfeitar as estantes dos ‘parvenus’ da cultura. As enciclopédias tornaram-se, infelizmente, nuns trambolhos sem valor, que as lojas em segunda mão não querem, que os filhos não querem porque lhes complica a decoração ikea e porque têm o google, que ninguém quer, a não ser que seja pago. Sei do que falo… Talvez valha a pena continuar a passar pelo local onde encontrou os 4 volumes. Talvez haja uma alma generosa a oferecer a colecção completa a conta-gotas. Quatro de cada vez…
A wikipedia tem lá tudo e é mais atual. Enciclopédias em papel já nõ prestam para nada.
Depende da wikipedia...o que não falta lá é informação incompleta e grandes imprecisões.
O Spotify também "tem tudo", mas eu continuo a preferir CD e mp3 "offline".
Enviar um comentário