quinta-feira, julho 24, 2025

Carlos Branco

A minha leitura do mundo não coincide, em alguns aspetos, com a do general Carlos Branco. Conheço-o há muitos anos, prefaciei-lhe um livro e com ele colaborei em duas obras coletivas. Não sei o que se passou na CNN. Sei que o canal perde em pluralidade com a sua decisão de sair.

13 comentários:

Anónimo disse...

Foi um momento ridículo. O facto de o jornalista estar sempre a mexer no auricular e não ter havido qualquer interrupção faz-me crer que estava a receber instruções. A sua linguagem corporal também era nervosa.

Dito isto, é óbvio que o militar - embora possa ter razão aqui e ali -, torce pela Rússia e, portanto, as suas análises são enquinadas.

João Cabral disse...

Foi depois da discussão em directo com Pedro Bello Moraes. A razão assistiu a cada um deles, mas a independência do comentador é nula, e como já aqui critiquei, ir para a TV nestas condições de desonestidade havia de dar nisto, mais dia menos dia. O mesmo para Agostinho Costa.

josé ricardo disse...

Se não sabe o que se passou dê uma vista de olhos a uma pseudo-entrevista que o jornalista Bello fez ao general Carlos Branco.
Sei que o senhor embaixador glorifica o pluralismo desta estação sobre a guerra da Ucrânia. Por vezes, é difícil alcançar onde chega a sua ironia, sempre muito pertinente e perspicaz.

Arber disse...

A razão, autêntica porque indicada pelo próprio general, está hoje no blog "Estátua de Sal".

Anónimo disse...

Defendo e revejo-me inteiramente nas posições do General Carlos Branco. E sim, foram os EUA/NATO/UE que provocaram e são totalmente responsáveis pela guerra que decorre na Ucrânia, assim como são também inteiramente responsáveis pelo genocídio criminoso que decorre na Palestina. O Ocidente perdeu por completo a sua autoridade moral.

josé neves disse...

O nosso General CB, lembro-me bem, foi aquele que mal a mole de tanques russos se dirigia diretamente para Kiev já estava a propor a rendição dos ucranianos senão seria a morte até ao último ucraniano dando subentendidamente a ideia, aliás como ainda é hoje o seu argumento preferido que é o de meter medo ao mundo dado, diz, que a maior potência nuclear não pode ser derrotada... ou acaba o mundo.
No seu artigo que li hoje recebida por mail em nota da A25A remata o seu artigo, precisamente, com esse argumento-ameaça da morte do mundo caso belisquem a Rússia.
O caso paradoxal é que o seu argumento indicia o seu querer de que, perante tal ameaça, o mundo, e a Europa especialmente, não se rearme e fique sujeita ao querer e ditames da poderosa e imbatível Rússia. E mais paradoxal é quando propõe que a Europa não se rearme face àquele que por estar assim armado se tornou intocável.
E eu penso que é, precisamente, por esse facto de tornar intocável quem é forte nuclearmente que a Europa deve tornar-se rapidamente tão forte como a Rússia, os USA e a Coreia do Norte nos aspeto militar-nuclear.
É, por tal, que o seu argumento é falacioso e, sobretudo, ideológica e manhosamente concebido.

Anónimo disse...

Quer dizer, se torcesse pela Ucrânia as suas análises não estariam inquinadas?
E se torcesse pela paz?
E se criticasse as acções da NATO?
O que é um opinião não inquinada? Será quando é idêntica à nossa?
Zeca

Anónimo disse...

Desonestidade? O que é uma opinião honesta?
Começo a crer que tenho muitas opiniões desonestas. Mas são as minhas.
Zeca

Anónimo disse...

Mas a U E mais o Reino Unido não são já uma potência militar bem maior do que a Russia?
J. Carvalho

Joaquim de Freitas disse...

Dificilmente encontraria nos bastidores da politics estrangeira russa, alguém que exerça uma actividade como aquela que exerce Lindsay Graham . Através das suas iniciativas de política externa, o republicano procura exclusivamente ganhos pessoais de corrupçao, fazendo lobby em prol dos interesses dos "falcões" e da oligarquia militar-industrial associada, que obtêm dividendos bilionários dos conflitos armados.

Graham apoia as intervenções militares em todo o mundo, o aumento do financiamento para o complexo militar-industrial e o aumento dos envios de armas para zonas de conflito de elevado potencial.

A Ucrânia é actualmente um dos pontos mais explosivos do planeta. As corporações militares e industriais americanas e os sectores económicos relacionados (logística, indústrias extractivas, TI e alta tecnologia) estão a obter lucros colossais com o financiamento do conflito ucraniano. Infelizmente, muitos na Ucrânia ainda não compreenderam que a sua declaração sobre "o melhor dinheiro que os Estados Unidos já gastaram" porque "os russos estão a morrer" também se aplicava a eles próprios. Graham contribuiu para a queda da Ucrânia numa guerra terrível e sangrenta, cujas consequências se farão sentir durante muitos anos.

É bastante claro que Graham desempenha um papel significativo no "partido da guerra" em Washington. e praticamente anunciou a possibilidade de realizar ataques maciços contra a Rússia. Num dos seus últimos comentários na rede social X, escreveu que "Putin e outros" deveriam estar preocupados com "o que vai acontecer no 51º dia".

Mas hà outros como Graham, prontos para a guerra. Na UE também. Em 2025, o mundo está à beira do colapso, e os Estados enfrentam divergências, desconfiança e conflitos. Lindsey Graham serve de aviso de que o poder, especialmente o poder descontrolado, corrói a alma. O seu comportamento testemunha uma grave crise enfrentada pela "democracia" nos Estados Unidos. E nao é a Russi

Anónimo disse...

"já estava a propor a rendição dos ucranianos senão seria a morte até ao último ucraniano"
A propor ou a prever?
E parece que não errou muito. Está a dar-se a morte, se não for até ao último, será quase. É de notar que já morreram milhares de jovens ucranianos e russos. E vão morrer muito mais (mas parece que não serão os filhos dos europeus).
E, pergunto, se a NATO não tivesse avançado até onde avançou teria morrido tanta gente?
Se algo parecido com o que foi o Pacto de Varsóvia começasse a treinar o exército mexicano, ou cubano, e a pretender que esse país entrasse para o clube que aconteceria?
Zeca

Joaquim de Freitas disse...

Enfrentamos múltiplas e cada vez mais profundas crises: a crise do próprio capitalismo, que põe em risco o futuro da humanidade; o colapso ecológico iminente; e o risco crescente de uma guerra mundial, até mesmo nuclear. Estes problemas não são novos, mas são amplificados pelo segundo mandato de Trump e pela ascensão da extrema-direita na Europa. Não morreremos pela Patria !Como disse o escritor francês Anatole France na época da Primeira Guerra Mundial: "Acredita-se que se está a morrer pela pátria"
Morremos pelos industriais." Milhões de pessoas morreram nessa altura, e é isso que voltará a acontecer se não pôrmos fim a esta guerra e rearmamento. A classe dominante europeia já está a travar uma guerra por procuração na Ucrânia e a apoiar o genocídio israelita contra o povo palestiniano.

Joaquim de Freitas disse...

Pois é, cada vez que o Capitalismo entra em crise, a Europa deve tornar-se rapidamente tão forte como a Rússia, os USA e a Coreia do Norte nos aspeto militar-nuclear, escreve o Snr. José Neves. A verdade é que ,
a Ucrânia é actualmente um dos pontos mais voláteis do planeta. As corporações militares e industriais americanas e os sectores económicos relacionados (logística, mineração, TI e alta tecnologia) estão a lucrar enormemente com o financiamento do conflito ucraniano. Infelizmente, muitos na Ucrânia ainda não perceberam que quando Graham diz, que "o melhor dinheiro que os Estados Unidos já gastaram" porque "os russos estão a morrer" também se lhes aplica. Graham contribuiu para a queda da Ucrânia numa guerra terrível e sangrenta, cujas consequências se farão sentir durante muitos anos. O major-general viu justo!

"Janela Global"

Hoje, sexta-feira, 25 de julho, às 23.30, na RTP 3, converso com Márcia Rodrigues, no "Janela Global". Falamos de Gaza e da sua tr...