sexta-feira, julho 11, 2025

Desaguisado

Trump parece ter perdido a paciência com Putin. Putin terá alienado a boa vontade que Trump sempre lhe tinha dedicado. Há histórias de amizades rompidas bem mais interessantes, mas poucas com tantas consequências geopolíticas como esta. Os próximos capítulos vão ter graça.

7 comentários:

caramelo disse...

O Trump não é muito estável, para ser caridoso. Já expulsou praticamente o Zelensky da Casa Branca a pontapé e agora são outras vez melhores amigos. Amanhã dá-lhe outra macacoa e muda. A graça da coisa está precisamente nisto. O homem trata tanto o Zelensky como o Putin como se fosse um mestre escola a ralhar a miúdos que se portam mal e não fazem o que ele diz ou a recompensá-los se obedecem às suas orientações. O caso do Brasil é sintomático. O pobre do Zelensky, que há-de ele fazer?... o Putin é outro assunto. Não o Putin. A Rússia é outro assunto. Enfim, nunca se viu uma coisa assim.

Mal por Mal disse...

Os americanos, reis do faroeste sempre enfiaram barretes com os russos/soviéticos.
São uma massa bruta, apenas.
Em todas as crises foi sempre um desastre.
Cuba, Libia, Afeganistão, Iraque, Coreia, Vietnam...só que actualmente superam qualquer imaginação.
E pior com esta Europa de rastos.
E esta américa lat(r)ina sem gente de nível pior não se podia imaginar.

Luís Lavoura disse...

Trump arrisca-se a cair nas mãos dos neoconservadores que há no Partido Republicano, dessa forma traindo a sua base eleitoral.
Não tarda nada está metido noutra guerra contra o Irão, uma vez que a guerra anterior teve consequências péssimas (o programa nuclear iraniano tornou-se candestino).
O problema dos EUA, porém, é a falta de armas, nomeadamente anti-mísseis. A indústria dos EUA está arrasada e não consegue produzir armas suficientes (pelo menos as armas dos tipos necessários).

Lúcio Ferro disse...

A bem dizer, os zigzagues de Trump já pouco acrescentam ao projecto Ucrânia. Que pode ele fazer? As "bone crushing" sanctions da personagem de opereta Lindsay Graham? Boa sorte com isso. Enviar armas que ainda não foram produzidas e que de momento não tem? Hum, hum. Mandar os B2 bombardear Moscovo? Pois, Moscovo não é Teerão. Patrocinar mais acções de guerra suja como quando se mandou às malvas o START? É possível, serão estas eficazes? Não. A verdade é que nada disso vai travar a máquina de guerra Russa (rolo compressor?) mas como as elites políticas Americanas e Europeias permanecem "delusional" ainda acreditam que sim. Por mim, são culpados. Culpados pelas mortes desnecessárias de tantos e tantos ucranianos e pelo sofrimento económico que se vai acentuar cada vez mais na Europa. Enfim, desde que as oligarquias se safem e que continuem a implementar as suas derivas totalitárias nos países da Europa em nome do combate ao ogre Russo, enquanto houver carne para canhão ucraniana não há problema algum.

Anónimo disse...

"Os próximos capítulos vão ter graça." ou talvez não...
Espero que tenha razão Sr Embaixador!

Luís Lavoura disse...

Trump parece ter perdido a paciência com Putin.

E depois? Os russos bem se ralam com isso!
Os EUA não podem, atualmente, fazer praticamente mal nenhum à Rússia.
A Rússia vai prosseguir a sua guerra até o governo ucraniano fugir para o exílio. Os EUA nada poderão fazer a não ser assistir e protestar. Com paciência ou sem ela...
A boa ou má vontade de Trump para com Putin é completamente irrelevante. Os EUA estão de mãos atadas - qualquer coisa que tentem fazer, prejudica-os mais a eles do que à Rússia.

josé ricardo disse...

Não acredito nestas coisas de amizade. A questão que, a meu ver, se coloca é que a Rússia não é um país qualquer, felizmente, tal como a China. E estes países são os únicos que conseguem falar de "igual para igual" com os Estados Unidos da América, quebrando uma lógica (que já está, no fundo, verdadeiramente quebrada) de uma hegemonia mundial de um só país, isto é, de um mundo unipolar. Pela minha parte, agrada-me a ideia que os EUA têm rivais à altura, que não se dobram perante a maior potência mundial. Para isso temos de sobra cá na Europa, com bem mostrou, ainda há pouco tempo, a camisola autografada do Cristiano Ronaldo.

Já tinha dado conta ...

... mas acanhei-me em notar. Faço palavras cruzadas quando o tédio se transforma em quase desespero. Gosto delas difíceis, das que têm vária...