sábado, julho 26, 2025

"Janela Global"



Ontem, na RTP 3, conversei com Márcia Rodrigues, no "Janela Global".

Falamos de Gaza e da sua tragédia, do anúncio de Macron face à Palestina, da Europa e da sua cacofonia, dos Estados Unidos com as atribulações de Trump, mas também de Lula da Silva e do estado da arte na CPLP. Além de outras coisas mais, como um certo livro que Márcia Rodrigues decidiu trazer à conversa, que pode ser vista aqui:  https://www.rtp.pt/play/p14327/e866868/janela-global

4 comentários:

Paulo Guerra disse...

Se o Sr. Embaixador puder actualizar a anfitriã sobre uma investigação oficial que decorreu ainda durante o termo de Biden que desmentiu totalmente qualquer evidencia da famosa interferencia russa nas eleições de 2016 nos US, já prestava um grande favor aos portugueses.

Porque nem por acaso ouvi-a ainda há poucas semanas a propagar a mesma fraude.

Originada no mesmo partido politico que afastou também Bernie Sanders das eleições de forma fraudulenta. Tudo em nome da senhora que deu luz verde para destruir a Libia.

Porque infelizmente também foi numa autentica fraude que se transformou o Partido Democrata nos US, que era suposto olhar mais para os trabalhadores. Mas ainda nos admiramos das vitorias de Trump. E nem por acaso só mais uma cabala entre o FBI e a CIA, que volta a estar na ordem do dia nos US. Provavelmente até para desviar a atenção de outro "osso bicudo".

https://apnews.com/article/durham-trump-russia-probe-7e84f94ca9cf7905cbc5eddc108575b3

Anónimo disse...

Obrigada pela sua voz.

Joaquim de Freitas disse...

Perfeitamente Paulo Guerra !" A fraude em que se transformou o Partido Democrata "nos US, que era suposto olhar mais para os trabalhadores, fazem lembrar o que sempre foi a direita , desde a ultima guerra, durante a qual , os nossos capitalistas ,, mesmo antes de Hitler ser chanceler, escolheram o nazismo.
E os nazis hoje estao na Ucrânia e na Alemanha. E muitos dispersos algures... Do lado de Bruxelas !
De Gaulle não facilitou o seu trabalho em 1945 ao ordenar uma purga ligeira para que a França pudesse continuar a existir o mais rapidamente possível e não se tornasse um bantustão americano.

Desde o final da guerra até 1950, o sistema judicial responsável pela purga não passou de uma vasta lavandaria. A maioria dos industriais e banqueiros, salvo em alguns casos flagrantes, saíram ilesos da sua passagem pelas togas negras. Por vezes punidos, mas rapidamente perdoados. Como desculpa partilhada, os colaboradores tinham um álibi: "Sob pressão alemã, não tínhamos escolha". A lei francesa estipula que o acusado tem o direito de mentir. Os industriais e os banqueiros mentiram. Hoje,o mesmo discurso nos EUA e na UE, com a desculpa do perigo russo , que obriga a rearmar a Europa !

Carlos disse...

Só para reforçar um ponto que foi menciondo no seu comentário fui procurar no site do Serviço da União Europeia de Ação Externa uma qualquer referência à situação humanitária em Gaza (ver https://www.eeas.europa.eu/_en).

No newsroom que cobre as notícias e posições oficiais sobre as mais variadas actividades de política externa da UE há 36 posts sobre os mais variados páises e regiões do mundo tais como China, Japão, Georgia, Síria, Países do Golfo, Paquistão. Há uma nota em tom especialmente veemente impondo sanções a 8 personalidades no Irão acusadas de "serious human rights violations and abuses on behalf of the Iranian state bodies". A Russia é objecto de duas notas, uma sobre o 18º pacote de sanções e outra condenando as persistente campanhas contra a União Europeia. A propósito da Moldova são decretadas sanções incluindo congelamento de activos contra várias personalidades e entidades por ações de desestabilização. Ainda sobre este país há uma nota anunciando o Acordo de Comércio Livre com a UE.

Perdido no nesta lista há uma breve nota sobre a situação humanitaria em Gaza com 2 paragrafos onde se anuncia para 18/07 um briefing técnico sobre o acordo entre Israel e UE para melhorar a situação humanitária na faixa de Gaza. Sobre o briefing "off the record" dirigido apenas aos jornalistas acreditados junto da UE nem uma palavra (ver https://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/2025/07/17/technical-briefing/)

A condescendência cúmplice da Comissão Europeia em relação ao desastre humanitário com contornos genocidários que está a decorrer em Gaza contrasta com o assédio a que foram sujeitos os Estados Membros por parte de Ursula Von der Leyen sobre a Ucrânia. OS ataques da Rússia à Ucrânia fizeram em 2025 cerca de 6750 vítimas civis, um acréscimo em relação aos 4381 civis mortos ou feridos em 2024. Estas vítimas merecem o nosso apoio, veementemente expresso por Ursula von der Leyen e António Costa. Infelizmente as mais de 60 mil vítimas palestinas parecem abandonadas à sua sorte. Aparentemente para os palestinos o futuro é morrer sob os bombardeamentos de Israel, as balas da IDF e pela fome causada pelo bloqueio da potência ocupante - Israel - perante a indiferença da União Europeia.

Não há palavras para qualificar esta indignidade ! Isto eu não perdoo a António Costa nem às 3 mulheres que ocupam posições de destaque na UE - Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Kaja Kallas (Relações Exteriores) e Roberta Metsola (Parlamento Europeu).

Aqueçam os motores!

O país arde de desejo ter de volta a Fórmula 1.