domingo, julho 20, 2025

CPL quê?


A CPLP existe pelo "P" final - a língua do colonizador, que os ex-colonizados entenderam útil usar como potenciador da sua expressão internacional, como sinergia de alguns interesses identificados como comuns. 

A CPLP tem, como cimento e pano de fundo, uma afetividade humana que o tempo e a diluição de alguns agravos históricos foi consagrando, no seio de um grupo em que o ex-colonizador não era excessivamente forte e impositivo. 

A organização baseou-se num conjunto de princípios que, na sua fundação, foram aceite por todos com leituras intimamente diferenciadas, mas que eram promovidos pelo politicamente correto internacional que, à época, fazia escola e parecia ir permanecer no "ar do tempo", do qual ninguém formalmente ousava afastar-se.

Agora, num tempo de nova Guerra Fria, é da mais elementar prudência não testar excessivamente os limites do consenso dentro da organização e procurar deixá-la sobreviver num registo de mínimos, à espera de melhores dias.

Uma nota: isto não é um recado apenas para o governo português.

3 comentários:

ferol de leça disse...

Pois mas é a Guiné Equatorial?

Reaça disse...

Mais um acordo ortográfico e fica CPLB

João Cabral disse...

A CPLP confirma novamente a sua inutilidade, somando-se um número crescente de embaraços e vergonhas. Quando pode e deve ter voz forte, Portugal acanha-se, presumo eu com o complexo de ex-colonizador às costas. Já é tempo de nos livrarmos disso, em vez de permitir que países autocráticos e Estados falhados subvertam princípios e ditem hipocritamente regras. Podia começar-se por expulsar a Guiné Equatorial da organização, por nenhuma ligação ter à lusofonia, com excepção de um criolo de base portuguesa (fá d'ambô) moribundo. Quanto ao colosso Brasil, com as suas prioridades próprias, imagino que deva ser uma enorme estucha ter de participar nestes conclaves de nadas.

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