quinta-feira, julho 24, 2025

No banco

Como português, desejo sinceramente que o novo governador do Banco de Portugal tenha sucesso e um mandato à altura do prestígio do seu antecessor. Contudo, quanto à sua independência política, estamos conversados: integrou o governo mais à direita desde o derrube da ditadura.

9 comentários:

Anónimo disse...

Santos Pereira é, claramente, um independente. Aliás, todos os membros do PSD são, claramente, independentes. Veja-se o exemplo do Presidente da República, que de tão independente que está nem se dá por ele.
J. Carvalho

Anónimo disse...

Por aí...mas que compensou ser ministro, lá isso compensou. A passagem pelo governo foi um trampolim dos grandes. De professor assistente numa universidade mediana no Canadá marchou para a OCDE e agora para o banco central. É duvidoso que o cv seja o mais adequado; e o PSD tinha um, Vale e Azevedo (coitado, o familiar tramou o nome).

Mas noto as nomeações curiosas:
- O do banco de fomento (para que serve?), que deveria corrigir a página em inglês do Linkedin;
- O da TAP, que saiu de umas startups e coisas IT.
Isto vai acabar mal sem que se perceba o que se segue.

jose duarte disse...

..Portanto, não espantaria se a personagem para o BP fosse alguém do Chega.... bom parece que naquela primeira fila não há nenhum possível candidato.....

João Cabral disse...

Mas qual era a independência de Mário Centeno, que tinha acabado de ser ministro? Apenas por ser de esquerda (diga-se, no Governo mais à esquerda desde o 25 de Abril) é menos criticável? Nunca verei as coisas desta forma.

Anónimo disse...

um tipo fraco que só subiu na vida por amiguismo político. perdemos muito, a nível de conhecimento e experiência

João Cabral disse...

Devo acrescentar que Álvaro Santos Pereira tem a seu favor estar há muitos anos afastado da política e a sua independência ter feito com que durasse apenas dois anos no cargo de ministro. E quem não se lembra das suas sugestões para a internacionalização do pastel de nata? Também achei despropositado, mas vê-se agora que tinha a sua razão, o pastel de nata anda literalmente nas bocas de todo o mundo e tornou-se um símbolo de Portugal lá fora.

josé neves disse...

O ASP é um sujeito incapaz, incompetente sem qualquer qualidade visível como bem demonstrou quando foi ministro de Passos Coelho e o CDS correu com ele por indecente e má figura e trocou-o ao fim de meses pelo Pires Lima. Não é por acaso que foi 3ª escolha e depois de não haver mais ninguém qualificado para o lugar.
Como ministro não passou das palermices do "cluster do pastel de nata", da visita à exposição de mobiliário onde as "cadeiras portuguesas eram tão bonitas que pareciam mesmo estrangeiras" e aos "carros faustosos do Sócrates" que encontrou no ministério e não passavam de dois pequenos carros eléctricos usados para promover a mobilidade eléctrica e ainda a sua declaração de que tudo o que fora feito pelo anterior PM era para "deitar abaixo" e desse modo mandou suspender e perder a fábrica de baterias para carros que a Renault estava construindo. Casos de um palerma meio idiota e depois na OCDE dedicou-se a fazer relatórios e análises político-económicas contra o governo anterior, isto é, continuou a fazer fretes descarados ao PSD.
Agora chegou a vez de ser compensado, apesar da sua falta de qualidades que mal dão para ser um sofrível fiel de armazém, quanto mais presidente do BdeP.
Depois dum PM sem lisura no seu procedimento familiar, depois do blézinho do ministro das finanças que tortura números para acertar contas temos um blézinho ainda maior no BdeP; uma tristeza e uma dor por este meu querido Portugal.

Paulo Guerra disse...

A tralha passista infelizmente é como o algodão.

Anónimo disse...

Tendo em conta que, após a nossa adesão ao Euro, perdemos soberania cambial e financeira, estar lá o Mário ou ir para lá o Santos de 3ª escolha pouca diferença faz. O verdadeiro, ou verdadeira, Governador do BdP está em Frankfurt. Entre outras responsabilidades, o nosso Governador BdP não pode é colocar em risco ou hostilizar a Banca privada e os seus interesses. Imaginemos, por hipótese académica, que um governo qualquer, deste Rectângulo à beira-mar plantado, decidia, com vista impulsionar o (nosso) sector privado, pôr a CGD a praticar juros de empréstimo às empresas, por exemplo, abaixo daqueles que são praticados pela Banca privada, de acordo com o que vai dispondo o BCE e a Srª Dona Lagarde. Ui, impensável.
Ainda me lembro de Centeno, de campainha na mão, a abaná-la, à frente daquele tratante holandês, à época PM do seu país, fervoroso adepto da austeridade a Sul, com um sorriso nos lábios.
Em resumo, o Centeno e o Santos são duas criaturas por quem não perderei um minuto do meu sono. Tal não invalida que este inqualificável governo deva ser criticado por ter vindo a inventar uma intentona contra o pobre do MC, mesmo (que coincidência!) em cima da data da sua substituição, contando com uns tantos “jornaleiros” de pacotilha para lhe estragar a imagem e deste modo justificar a sua substituição pelo Santos.
Enfim, a política à moda do Rectângulo à beira-mar plantado.
a) P. Rufino

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