Pedro Sánchez tenta evitar ser tingido pelas escandaleiras que saem de todo o lado no partido, desde a corrupção pura e crua até ao machismo ostensivo. A direita está à espreita e agita ruas e discursos. Numa Espanha economicamente sã e com voz externa, Sánchez vai sobrevivendo.
3 comentários:
…até quando?
Quantos países economicamente sãos e com voz externa têm regimes altamente corruptos e nada recomendáveis? Não vale tudo. A democracia espanhola está hoje em crise, e não, não é por causa do Vox.
Apesar de tudo, se a política e o jornalismo não fossem o que são, Pedro Sánchez seria tratado como alguém que se diferenciou entre os seus iguais (outros líderes europeus) e não como uma coisa descartável.
Primeiro, foi o único líder europeu a opor-se frontalmente ao genocídio que Israel, com o apoio dos EUA e da UE (ou seja, de nós todos), executa em Gaza.
Segundo, foi o único líder europeu a opor-se aos 5% do PIB (a pagar “EM GRANDE”) para a defesa, exigidos por Trump.
Com esta postura, o destino político de Pedro Sanchez ficou traçado. Desde logo, por todo o lado, apareceram vozes a empurrá-lo para a valeta. Agora, até o nosso primeiro-ministro foi até lá dar uma ajuda, com grande falta de sentido de Estado, uma vez que foi assustar o pessoal com a mentira da falta de “segurança nas ruas”, entre outros ditos do mesmo calibre.
Claro que os problemas internos, criados pelo seu partido, não ajudam, mas que há outras mãos a mover os cordelinhos, por lá e por cá, lá isso há. É por demais a exaltação com Pedro Sanchez, que não pode ser anti genocídio e, imagine-se, afrontar Trump.
J. Carvalho
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