O diretor da PJ, Luís Neves, cometeu um lapso ao deixar-se ficar na imagem ao lado de Fernando Gomes. A extrema-direita, que nunca lhe perdoou as palavras corajosas com que denunciou o alarmismo xenófobo, caiu-lhe agora em cima. Estou certo que a senhora ministra da Justiça não é das pessoas que se deixam impressionar por estas manobras.
7 comentários:
Não precisamos de ver manobras em todo o lado.
O lapso não foi «ficar na imagem»; o erro, sim, foi arvorar-se em titular da acção penal, usurpando funções do Ministério Público. A PJ é um relevante órgão de polícia criminal, não competindo aos seus dirigentes, mesmo ao seu director-geral, passar certificados de isenção de responsabilidade criminal, seja de quem for.
"Lapso", "deixar-se ficar na imagem"?
Não foi um lapso, foi um erro, erro esse que ele cometeu propositadamente, para declarar urbi et orbi que Fernando Gomes não é suspeito de nada.
Pergunta-se, que raio de necessidade tinha ele de ter declarado isso? E naquela posição?
O director nacional da PJ deveria ter sido demitdo na hora, depois da figura indecente que fez, além de ter desautorizado os inspectores do caso. Que se saiba, Fernando Gomes não está (ainda) isentado de nada, e se for implicado realmente? Qual será a posição do director da PJ no meio disto tudo? Não tem condições nenhumas para continuar, inclusivamente depois das trapalhadas com os números da criminalidade. Se não é demitido, que se demita.
É um desejo ou é uma certeza?
Continuo sem perceber por que razão tantos titulares de cargos políticos e da administração central não resistem a "botar faladura" sempre que algum microfone incauto se põe à sua frente...
MB
O MB anónimo devia saber que o diretor da Polícia Judiciária falou numa comissão parlamentar. É sempre bom informar-se antes de comentar.
Tem razão, senhor embaixador; eu estava "furioso" era com o Senhor Procurador-Geral pelas suas declarações sobre o antigo Presidente da Federação de Futebol...
MB
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