segunda-feira, abril 14, 2025

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Sinal de trânsito que a extrema-direita (e a direita que lhe quer capturar os votantes, cavalgando os medos e as perceções de insegurança) gostaria de ver colocado nas fronteiras. Se os portugueses - um dos povos que historicamente mais emigram - tivessem sido tratados assim...

8 comentários:

Anónimo disse...

Fico com a ideia de que a esquerda considera que não deve haver restrições à entrada dos imigrantes mas que se deve exigir que eles respeitem a nossa cultura, a nossa história e o nosso modo de vida. Mas não deve ser o inverso?


ma cultura que deve ser respeitada”.

amadeu moura disse...

Quando observo a exaltação dos opositores à imigração em Portugal, revejo as imagens do "bidonville" em Champigny nos arredores de Paris com os seus milhares de portugueses! Barracas e mais barracas e uma só fonte de agua potavel. Baldes, latas, regadores, jerricans eram colocados no chão ,de manhã muito cedo, a marcar vez. A bicha era enorme. A frustação tambem . E a policia de choque, ali muito perto, para apaziguar os animos. E bastou meio seculo para que a sociedade portuguesa tenha esquecido esse passado. E a comunidade lusa em França também. Que fazer?

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Faço um convite a todos os "defensores" da nossa cultura, da nossa história e do nosso modo de vida que se vão oferecer como mão de obra para o Setor Primário, perderiam menos tempo a parvar com um teclado ou um ecrã tátil e sempre davam ares de tentar fazer algo para resolver o "problema da imigração" que tanto lhes tira o sono.

Informo os paranoicos que a nossa história e a nossa cultura ninguém apaga e que eu saiba não fomos invadidos por nenhuma potência alienígena que nos imponha um de modo de vida radicalmente diferente.

Já me escuso a classificar estas posições como ismos ou fobias, são saloiice pura e falta de mundo.

Como bem disse há tempos o Senhor Embaixador apenas se pede às pessoas que cumpram as leis, como a qualquer um de nós.

Bom testemunho de Amadeu Moura.

Luís Lavoura disse...

amadeu moura

revejo as imagens do "bidonville" em Champigny nos arredores de Paris

Pois. Eu reparo que as autoridades portuguesas deveriam estar a trabalhar ativamente no sentido de alojar os imigrantes, incluindo em bairros como esse perto de Paris. Não estão a fazer nada para resolver o problema do alojamento dos imigrantes.Nem fazem nem deixam fazer - impedem a criação de bairros de lata como esse de Champigny, que são inestéticos e incómodos mas sempre são melhores que nada. Para os portugueses da atualidade, imigrantes só podems ser alojados em casas que cumpram todos os requisitos.

Lúcio Ferro disse...

Parece-me que nesta matéria e já o terei referido neste blogue, há uma tendência clara para o extremar de posições: ora é rua com todos, ora é são todos bem-vindos.
Não concordo nem com uma nem com a outra posição. Penso até que as políticas de imigração levadas a cabo pelos governos PS desde 2015 foram altamente irresponsáveis, abrindo-se a porta a tudo e mais um par de botas. É preciso ter em conta que um afluxo brusco e enorme de estrangeiros, nomeadamente do sub-continente indiano, paquistaneses, indianos, bengalis, nepaleses, coloca sérios desafios e até riscos às relações relativamente harmoniosas no seio do tecido sócio-cultural de Portugal.
Pelo contrário, a chegada de estrangeiros dos PALOP traz muito menos menos problemas, dadas as vincadas afinidades culturais, linguísticas e religiosas.
Penso já aqui ter contado que alojei em minha casa, durante quase um ano, dois nepaleses, a quem aluguei quartos a preços muito abaixo de mercado, sou (ou era) um idealista. Pois bem, ao fim de um ano, as difenças culturais, mormemente as gastronómicas (o cheiro para mim horrível dos seus cozinhados que literalmente impestava todo o prédio), a sua incapacidade e ausência de vontade em aprender Português, e práticas religiosas que me pareciam "bizarras", levou a que tivesse de os convidar a sair.
Claro está que uma ovelha não faz o rebanho. Todavia, o que noto na comunidade asiática, em Lisboa cidade, é, regra geral, uma quase ausência de habilitações para desempenhar qualquer tipo de função técnica, incapacidade e ausência de vontade em se integrarem e um aspecto, geralmente, pouco asseado. Para além disso, muitos caem nas redes das suas próprias mafias e de portugueses sem escrúpulos. Consequentemente, há casos dos que se rendem à droga e outros ao crime. Há também outros aspectos que me desagradam. Por exemplo quando há cerca de um ano cinco mil homens se instaram na praça Martim Moniz, de rabo para o ar, e a ausência quase total de mulheres nas suas comunidades.
Em síntese, imigração sim, mas com conta, peso e medida, com contratos de trabalho sérios à cabeça e estritamente para corresponder a necessidades concretas da economia nacional. Imigração sem peias com o propósito não declarado de apenas desvalorizar o valor do trabalho dos que já cá estão, isso é que não, não aceito.

amadeu moura disse...

Assar sardinhas num patio de habitação social na Alemanha, levou o caso a tribunal! E o meretissimo decidiu, que era atribuido ao Tuga, o direito de assar sardinhas pelo menos 4 vezes ao ano! Em nome dos habitos e costumes lusitanos1 Já os portugueses são avessos a qualquer pratica de estrangeiros se, sobretudo, são pobres...

Quanto às cerimonias religiosas no espaço publico é ver as inumeras procissões com andores pesadissimos e os crentes a esfolar os joelhos em nome da submissão aos padres e aos deuses.

João Cabral disse...

Como quaquer actividade, também a imigração tem de ter regras. Já as tivemos antes com o SEF, e não era por isso que éramos todos uns fascistas de extrema-direita. Os portugueses que foram para outros países tinham regras a cumprir, quotas e exigências, fosse em França, na Suíça, nos EUA, no Canadá ou no Brasil, país irmão. Trata-se apenas de ter uma política de imigração, o que hoje temos não se assemelha a nada disso.

amadeu moura disse...

Prezado João Cabral É mais do que obvio que todos os paises que recebem imigrantes devem ter uma entidade encarregada de administrar este novo fenomeno. Portugal não tem. E levou demasiado tempo a admitir que tinha que o fazer. A culpa é nossa e só nossa. E creio que andaremos sempre atrasados em relacão às necessidades. E lamento dizê-lo mas, se nem para a Diaspora Portuguesa, o Portugal Democratico se dotou de um politica de apoio, não creio que haverá capacidade e vontade de gerir cabalmente este novo fenomeno.

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