Posso estar enganado e a ecoar uma ideia meramente impressionista mas, depois de passear por algumas livrarias, fiquei com a sensação de que os livros de auto-ajuda, de "how too" e de filosofias-de-trazer-por-casa sobre a vida estão em crescendo em edições portuguesas.
4 comentários:
Luísa Costa Gomes (parte 1): “O que vemos em massa são livros de autoajuda, proselitismo e didatismo. Um livro não é uma couve lombarda!” (googlar entrevista no Expresso).
É a literatura adequada a quem vive nas redes sociais.
O que mais me impressiona nas livrarias é a enorme quantidade de livros de ficção (= romances) traduzidos do inglês.
Parece que os países de língua inglesa, pouco capazes atualmente de produzir engenheiros e cientistas que consigam, por exemplo, pôr fábricas de material hospitalar ou de armas a funcionar, se esmeram a produzir um sem-número de "artistas" da escrita (e da música, também).
Esqueci-me de escrever "Volta Dale Carnegie, estás perdoado", mas entretanto lembrei-me que eu próprio aqui escrevi há mais de um ano que os livros dele estavam a ser reeditados.
Agora por livros, estou numa de Javier Marias (1951-2022), por distracção comecei a ler “Tomás Nevinson” (2021) - em castelhano - quando este é uma sequência de “Berta Isla” (2017), portanto pu-lo de lado, acabo hoje o segundo e voltarei ao primeiro com um intervalo que reservei para ler “Sérotonine” (2019) de Michel Houellebecq também no original.
A página da Wiki portuguesa apresenta, como é habitual nos escritores, a lista das suas obras em sequência cronológica, mas com suficiente falta de cuidado para informar que o último livro (de 2021) é de 1971.
Custa muito fazer bem e ver que 1971 não foi depois de 2017 da linha anterior?
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