O pequeno partido da direita radical parece uma barata tonta no mercado político. Afasta-se da extrema-direita quando pressente que isso é tóxico, cola-se e descola-se da direita clássica à medida das conjunturas, tentando cavalgar as oportunidades mediáticas.
4 comentários:
a escola Pires de Lima...
Direita radical? Refere-se a quem Embaixador? À IL? Francamente!
Veja o que a Wikipédia diz sobre o partido alemão homólogo da IL.
“O FDP é descrito como sendo um partido liberal clássico de centro-direita. Nos anos 1940 e 1950, o FDP estava posicionado à direita da CDU/CSU. Na época, o FDP queria que os ex-nazistas fossem reintegrados à sociedade e exigia a libertação dos criminosos de guerra nazistas.
O FDP é agora um partido predominantemente liberal clássico, tanto no sentido de apoiar o laissez-faire e as políticas económicas de livre mercado quanto no sentido de políticas que enfatizam a minimização da interferência do governo nos assuntos individuais. Os estudiosos da ciência política têm, via de regra, identificado o FDP como mais próximo do bloco CDU/CSU em questões económicas, mas mais próximo do SPD em questões como liberdades civis e política externa.
Durante as eleições federais de 2017, o partido pediu que a Alemanha adotasse uma restrita política de imigração usando um sistema de imigração baseado em pontos ao estilo do Canadá. Um gasto de até 3% do PIB em defesa e segurança internacional; a eliminação progressiva dos chamados impostos de solidariedade; cortar impostos em 30 bilhões de euros (duas vezes o valor do corte de impostos proposto pela CDU); e melhorar a infraestrutura rodoviária gastando 2 bilhões de euros anualmente para cada uma das rodovias pelas próximas duas décadas.
O FDP apoia a legalização da cannabis na Alemanha e se opõe ferrenhamente às propostas para aumentar a vigilância da internet.
O FDP apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já em 1980, o FDP era favorável à revogação do parágrafo 175 , que criminalizava a homossexualidade masculina na Alemanha.
O FDP tem opiniões mistas sobre a União Europeia e sobre a integração europeia, sendo descrito como sendo o partido mais eurocético entre os partidos tradicionais alemães. Em seu manifesto de 2009, o FDP prometeu ratificar o Tratado de Lisboa e defendeu reformas na UE destinadas a aumentar a transparência e a capacidade de resposta democrática, fez críticas à burocracia no bloco e defendeu restrições rigorosas no orçamento da UE. Em seu congresso de janeiro de 2019, antes das eleições para o Parlamento Europeu de 2019, o manifesto do FDP apelou para ainda mais reformas da UE, incluindo a redução do número de comissários europeus dos atuais 28 para 18, a abolição do Comité Económico e Social Europeu e a defesa do livre mercado.
A IL, se era à IL que se referia (ou seria essa insignificância, o CDS?) é, indiscutivelmente, um Partido de Direita Radical, independentemente da sua defesa (regrada) da Eutanásia e do Aborto.
Um Partido (como é o caso da IL) que é apoiante, incondicional, do chanfrado político, “anarco-fascista” (utilizando a terminologia dele, de se auto-intitular “anarco-capitalista”), o PR da Argentina, Javier Milei, bem como apoiante do genocida de Israel, Netanyahu, é, sem qualquer sombra de dúvida, um Partido extremista, radical, de Direita Neoliberal. Como se não bastasse, a IL é apologista do fim do SNS, pois, caso tivesse maioria absoluta, acabava com o SNS e ponha a malta toda na mão das Seguradoras privadas. Todavia, a treta de “menos Estado” não se aplica às escola privadas, que a IL não só defende que continuem a receber apoios do Estado, mas, se possível procurar abranger o maior número possível de escolas privadas, à custa dos contribuintes (chama-se a isto apoio à chulice das Escolas privadas). E a mesma IL não se choca, pelo contrário apoia, que as Universidades Católicas continuem isentes de IRS (assim colocando a salvo os milhões de lucro que têm obtido), bem como de todo os tipo de taxas, quer municipais, quer outras. E nunca se ouvir a esse gentinha inqualificável, a IL, uma proposta de apoio e conforto aos mais desfavorecidos deste país. A sua grande preocupação é, sobretudo, reduzir substancialmente os impostos, designadamente das grande empresas, IRC, quando se sabe que cerca de 40% das empresas em Portugal, pela sua dimensão não pagam esse IRC. E a sua política fiscal para as tabelas de IRS é outra porcaria cínica, que prevê uma redução razoável para quem detêm um salário mais elevado. Ora, sem impostos, o Estado não pode garantir, por exemplo, o SNS, nem a Escola pública, nem as Universidades públicas, etc. Em resumo, mas sobretudo pelo seu apoio ao traste do Milai e ao genocida de Israel, só por isso, a IL é, liminarmente, um Partido Radical de Direita.
a) P. Rufino
Enfim, o comportamento de todos os partidos. Será assim tão criticável? Já lá vai o tempo em que a política em Portugal era feita de convicções profundas, de ideias claras e bem definidas, de ideologias. Não se diz que vivemos numa época pós-ideológica em todos os aspectos? Pois aí está, é a maleabilidade política a que assistimos, ao sabor de acontecimentos, conjunturas e tricas.
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