sábado, janeiro 06, 2024

Muito obrigado, António Costa

 


26 comentários:

J. Carvalho disse...

Associo-me à mensagem de agradecimento a António Costa. Não votei PS, nunca votei PS, no entanto, reconheço que António Costa deixa o país muito melhor, muito mais dentro de média europeia, sejam quais forem os indicadores de referência. Acresce que, com a sua governação, semana a semana causticada pelo PR, trouxe o défice dos mais de 130% para um valor abaixo dos 100% .

Lamento que não possa ter levado o seu mandato até ao fim. Lamento o ruído que por aí vai em torno dos Hospitais, como se o SNS comece e acabe nos serviços de urgência. Lamento que os jornalistas-barra-comentadores nos fustiguem com agendas de casos, que não dão em nada, em vez de ouvirem e darem luz a programas, ideias que possam revelar caminhos de futuro. Lamento a desVentura da agenda mediática do MP, a enviesar, a entulhar o espaço publico, com a consequente abertura e cobertura jornalística.

O ruído, os casos, as denuncias anónimas, o MP, os jornalistas a correr atrás de políticos, a perguntarem sobre coisa nenhuma, tudo isto irá marcar os próximos dois meses. Talvez um dia, por milagre, alguém na RTP, na SIC, na TVI se lembre que a defesa da democracia passa muito pelo uso que fazem do seu microfone e, então, deixarão de repetir, até à náusea, noticias sobre “o caos”, o “estado de catástrofe”, a “percepção da corrupção” ( note-se, já não falam da corrupção, mas da percepção que eles próprios induziram na opinião pública) e coisas afins.

Por entre esta tralha toda, o que é notável, António Costa governava e fazia o país avançar. Bem Haja!

António Soares disse...

Nobre na chegada.
Nobre na saída.
E o que se avizinha...sempre a descer

António Soares

Unknown disse...

Muito obrigado António Costa... por te ires embora! Houve alguém que disse que AC foi o pior PM depois do 25 de Abril. Nâo vou tão longe. Afinal, tivémos Pedro Santana Lopes, Vasco Gonçalves, etc.

Anónimo disse...

Simpatizo muito com o comentário de J. Carvalho em praticamente todos os pontos. Em particular com o que diz sobre a comunicação social e sobre o Ministério Público.
Zeca

PedroM disse...

Um obrigado também ao J. Carvalho pelo seu comentario inteligente, equilibrado e assertivo. Muito obrigado.

netus disse...

Muito boa tarde
Respeitosamente, creio que quando à questão do défice haverá que ser mais rigoroso.
Posso estar enganado mas, aparentemente, face a certas decisões ao nível do Min Finanças, é capaz de ser possível que no final do ano o défice em proporção do PIB fique nos 100%.
Outras coisa completamente diferente é que a dívida real, total, não parou de aumentar.
E isso nunca é dito publicamente.
Tenham um bom fim de semana. Saúde.
António R. Cabral

Carlos Antunes disse...

O legado de António Costa (AC):
Crescimento económico em convergência com a UE, e sempre acima da média europeia (desde 2015, Portugal cresceu em média 2% o que significa dez vezes mais do que nos 10 anos anteriores em que a taxa média de crescimento foi de 0,2%);
Desemprego: quando o Governo de AC tomou posse, em Novembro de 2015, o desemprego afectava 12,4% da população activa, taxa que se foi reduzindo permanentemente e está, neste momento, nos 6,1%;
Emprego: população empregada em máximo histórico, tendo ultrapassado a barreira dos 5 milhões no 3-º trimestre de 2023, em que havia mais 639 mil pessoas a trabalhar do que em 2015;
Aumento de rendimentos: aumento do salário mínimo de 50,5% entre 2015 e 2023, dos salários (a remuneração bruta aumentou 25% nos últimos 8 anos), das pensões (pela primeira vez em 2 anos consecutivos, 2023 e 2024, foi cumprida a fórmula de actualização das pensões) e das prestações sociais;
Carga fiscal: Portugal registou em 2022 uma carga fiscal de 35,8% do PIB, 4,2 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média da União Europeia (UE) e 5,1 pontos inferiores à da zona euro, estimando-se que vá subir para 37,2% do PIB em 2023, ainda assim muito abaixo da média da UE e da ZE;
Finanças públicas equilibradas (“contas certas”) com dois superavits (2023 e 2024) o que acontece pela primeira vez em democracia;
Redução da dívida pública em percentagem do PIB em quase 30 pontos percentuais, de 131,2% em 2015 para os 100% estimados para o final de 2023. Com este resultado, Portugal deverá sair pela primeira vez desde 2010 do pódio dos países da UE com maiores rácios de dívida, passando a ficar abaixo da França, Espanha e Bélgica, para além da Grécia e da Itália;
Ratings dívida: Portugal recupera os “ratings de risco da dívida da República Portuguesa” colocando o país, pela primeira vez, no nível A, desde 2011 (ao fim de 12 anos);
Exportações: em 2022, pela primeira vez as exportações superaram 50% do PIB, uma meta que em 2018 foi apontada para ser atingida em 2025, objectivo que era considerado então demasiado optimista;
Educação: a taxa de abandono escolar diminuiu para menos de metade desde que o primeiro Governo de AC tomou posse. Apesar de entre 2015 e 2016, ter havido uma subida de 13,7% para 14%, a taxa não parou de descer desde então. No ano passado (2022), 7 em cada 100 pessoas entre os 18 e os 24 anos (6,5%) tinham desistido dos estudos antes de terminar o ensino secundário, que é o número mais baixo de que há registo, desde 1992;
Mais portugueses acima do limiar da pobreza: há menos portugueses a viver abaixo do limiar da pobreza agora do que havia em 2015, quando AC tomou as rédeas do poder executivo — e isso verifica-se mesmo quando se olha para os números de pessoas consideradas pobres antes ainda das transferências sociais. Quando o primeiro-ministro AC foi eleito, cerca de 46% da população era considerada pobre se não recebesse apoios sociais — uma percentagem que descia para os 19% após transferências sociais. Ambos os valores diminuíram até 2022, para perto de 42% e 17%, respectivamente. Significa que há agora uma maior parte da população a viver acima do limiar de risco de pobreza — mesmo que o valor de referência para o seu cálculo tenha aumentado ao longo dos anos, dos 5269 euros em 2015 para os 7095 em 2022;
Menos emigrantes, o dobro da imigração: apesar da subida da emigração de 2021 para 2022, com o número de emigrantes a aumentar de 6,3 para 6,9 por mil habitantes, os executivos de AC conseguiram colocar travão a um fenómeno que chegou a atingir os níveis registados em meados dos anos 60. A emigração já tinha sofrido uma queda significativa de 2014 (12,9 emigrantes por mil habitantes) para 2015 (9,7) — mas, durante a liderança de AC, essa queda foi bem mais expressiva, baixando para 6 emigrantes em cada mil residentes em 2021. Enquanto a emigração estancava, a imigração mais do que duplicava: o número de imigrantes por mil habitantes aumentou de 3,7 para 7,5 entre 2015 e 2022, não se encontrando valor superior pelo menos desde 1980.
São factos, não narrativas!!!

Tony disse...

J. Carvalho. Muito obrigado pelo magnifico texto sobre o António Costa. Gostei de ler e tomei a devida nota da sua isenção, em relação ao PS. Bom Ano.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Sem dúvida, Sr. Embaixador, António Costa merece o nosso maior agradecimento.

Bravíssimo, J. Carvalho.

Unknown disse...

Carlos Antunes, obrigado. Pensava que Portugal estava pior na saúde, na educação, na habitação, nos transportes, na justiça and so on. Mas agora vejo que estava errado, Portugal vai muito bem!

Anónimo disse...

ao lado: parabéns Senhor embaixador pelo seu comentário de há poucos minutos na CNN sobre o que se está a passar en Gaza e na Cisjordânia.
MB

Anónimo disse...

Concordo, mas para mim cometeu um erro que nunca compreendi ao nomear alguém da "casa" para Procurador Geral da República.
Foi continuar a deixar aquilo em roda livre.
É claro que era preciso arranjar alguém que aturasse o que Pinto Monteiro aturou.
Enquanto não for acordado que o PGR não pode ser da "casa" nada vai mudar.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Muito bem, Carlos Antunes!

Sabemos que há coisas menos bem, mas impõe-se uma questão: o que fariam alternativamente? Dizer mal porque sim, já é estratégia com barbas e não chega.

afcm disse...

Então, devo ser a única….

Devo ser a única que ainda não conseguiu recuperar ( em termos reais, não nominiais) o poder de compra que tinha antes de Dezembro de 2010 ( altura em que o Governo Sócrates cortou, pela primeira vez, nos ordenados/subsídios da função pública com valores superiores a 1.600,00 € mensais)….
Devo ser a única que, tendo que recorrer várias vezes com Pais doentes e absoluta e completamente fragilizados, aos serviços de urgência públicos, depara com o ABSURDO DA FALTA DE TUDO e inclusive com regras néscias e criminosas que impedem que um ser humano que não consegue verbalizar, que não ouve, que não é capaz de saber onde está, sem memória, sem percepção de coisa alguma, possa estar acompanhado numa urgência de hospital ( onde o sitiam durante 19 h), alegadamente por questões logísticas e de espaço, sem que os autores e executores de tais regras consigam ver a falta de senso disso tudo.
Devo ser a única que, com familiar totalmente dependente física e psiquicamente de terceiras pessoas, esteja a aguardar há dois anos e meio pela realização de uma Junta médica para simplesmente lhe atestar com carimbo burocrático essa incapacidade e assim poder usufruir de um “multiusos” que lhe vai permitir uma “folga” no IRS que paga todos os anos e com isso melhor poder sobreviver.
Devo ser a única que cada vez mais sente e se apercebe da pobreza cada vez mais violenta ( a pobreza é cada vez mais violenta porque mesmo ao lado há cada vez mais solicitações que outros, tantos, podem alcançar e fruir ) que assola uma cada vez maior franja da população.
Devo ser a única que cada vez mais vê e sente, com pudor e incómoda vergonha, a confrangedora solidão dos mais frágeis, sem quaisquer estruturas oficiais de apoio que lhes minimizem esse estado e lhes ajudem a ter uma vida ( ou fim de vida) digno.
Devo ser a única que se assusta com a incompetência larvar de todas as nossas Instituições e Serviços Públicos ( Assembleia da República, Executivo, Tribunais, Hospitais, Segurança Social, Finanças, Autarquias), onde grassa a falta de senso, a falta de ponderação, o amiguismo, o carreirismo, a pequenez ditada por folhas de excel para alindar as estatísticas que nos enganam o dia-dia e enchem as bocas dos nossos governantes.
Devo ser a única que se arrepia com uma fita métrica nivelante medíocre, que enforma toda a comunicação social, as leis que nos regem, as ideias que devemos expressar, os valores que devemos adoptar, os costumes que nos é permitido continuar.
Devo ser a única que se assusta com a iniquidade que resulta de um sistema de ensino cada vez mais desigualitário, onde o mérito ( as “notas”) é determinado pelo contexto sócio-económico dos alunos, já que só os mais abastados, financeiramente, logram ter apoios externos à escola e logística familiar que lhes permite alcançar o tal “mérito”, assim se deturpando total e despudoradamente a verdadeira cultura do mérito (substancial e substantivo).
Devo ser a única que fica espaventada e arregalada quando ouve que o valor da economia não registada – a chamada economia paralela – atingiu os 82 mil milhões de euros, o que se traduz num rombo de cerca de 16, 4 mil milhões de euros no erário público.
Devo ser a única que desoladamente vê o seu país a encimar o painel dos mais pobres e desigualitários.

Devo ser a única que acha indigno e mesmo criminoso ( se realmente for verídica a notícia de hoje) que nós, enquanto Estado, permitamos que uma Pessoa de 80 anos de idade que recorre a um serviço de urgências fique deitada no chão por falta de TUDO!!!!!!!

Não, não lhe agradeço, Dr. António Costa.
Mas desejo-lhe as maiores venturas pessoais.

( com esta sociologia caseira, hoje excedo-me no comentário)

Unknown disse...

Francisco de Sousa Rodrigues diz que há coisas menos bem, mas que se impõe uma questão: o que [os outros] fariam alternativamente?
Só há uma maneira de saber: é elegê-los e permitir a alternância. Só assim saberemos o que os outros são capazes de fazer!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Tem toda a razão, Unknown (embora não seja o meu sentido de voto). Até lá todos devem seguir o avisadíssimo conselho de Marques Mendes, menos diagnósticos e mais propostas.

Carlos Antunes disse...

afcm
Concluo que “deve ser a única” que os problemas que enuncia, surgiram em Portugal depois dos governos de AC (2015). Antes nunca existiram!!!
Glória, pois, para a sua resolução, ao Montenegro, ao Melo e ao fadista Pereira. Como era, no princípio (da AD) agora e sempre. Ámen.



manuel campos disse...


Como disse lá atrás, não escreverei uma única linha sobre estes assuntos, é evidente para mim que já se entrou nesta caixa de comentários num estilo de palavras ocas que não é de todo o meu, a conversa da superioridade moral para amesquinhar adversários tratando-os muitas vezes como inimigos é que está a levar à desgraça das democracias, como já o disse aqui várias vezes
Mas também é verdade que, como para muita gente o mundo acaba quando eles acabarem, quem cá ficar que se lixe.

Mas não posso deixar passar em branco a insensibilidade demonstrada pelo Carlos Antunes para com a "afcm", não havia qualquer necessidade de escrever o que escreveu da forma como o escreveu, a gozar de forma que acha engraçada e vivaça com os problemas dos outros e a necessidade de desabafar de cada um, neste caso alguém que sempre aparece aqui a comentar de forma correctíssima.
Não foi por acaso que mais ninguém disse nada.
Estas coisas ficam com quem as faz.
Pelos vistos para se mostrar serviço (a quem e para quê?) compensa afastar desta caixa de comentários quem nos incomoda.





Carlos Antunes disse...

manuel campos
ninguém mais disse nada ... não é verdade porque você, pelo menos, reagiu ao meu comentário que era dirigido apenas e só à afcm.
Constato que desde comento neste blog, se mostrou, do alto da sua sapiência, sempre muito preocupado, não tanto criticar-me pelo que opino, mas sobre o meu carácter, como agora ao afirmar que demonstrei insensibilidade e gozar com a afcm. Nunca, nos inúmeros comentários que tenho feito, insultei, ofendi, ou teci considerações sobre o carácter dos intervenientes,
Quero apenas dizer-lhe que já tenho idade suficiente para dispensar os seus pretensos moralismos sobre a minha pessoa, tanto mais que não me conhece de lado nenhum.
Não preciso de mostrar serviço a ninguém, pela simples razão de que estou aposentado e só presto serviço ao meu pensamento ("não há machado que corte a raiz ao pensamento" Carlos Oliveira/Manuel Freire)
Enquanto o Embaixador o permitir (que é o único que tem de o direito de censurar os meus comentários e de os eliminar sempre que achar que ultrapassei os limites estabelecidos) continuarei a fazê-lo.



manuel campos disse...


Como todo o comentário merece resposta, aqui vai: li o seu.
Vá lá que desta vez não nos encheu de copiar/colar de estatísticas que valem o que valem se não forem contextualizadas, dando umas vezes para brilharmos e outras para passarmos vergonhas, nem de textos complexos sobre Weber que, devidamente disfarçados, aparecem na “jusbrasil” e noutros locais de culto.

É um bocado doentio achar que, do alto da minha sapiência, nunca critiquei o que opina mas sim o seu carácter, estranho trauma o seu, que raio dá às pessoas para se rebaixarem quando eu nunca as rebaixei, quando estou sempre aqui para esgrimir argumentos, dar e levar “espadeiradas”, dar a cara, trocar argumentos, fazer bons conhecimentos virtuais se para tal nos der.
Aliàs é a 2ª vez que me aparece alguém por aqui com a conversa “da minha sapiência” quando eu estou farto de dizer que todos somos ignorantes ainda que em assuntos diferentes.
Eu não “pesco” absolutamente nada de “Direito do Trabalho” nem de uma imensidade de outros assuntos, do que eu “pesco” já toda a gente sabe porque escrevo sobre tudo e mais alguma coisa que me vem à cabeça (e não costumo ser desmentido).

Agora que é do domínio de algum surrealismo algumas pessoas não escreverem 4 ou 5 linhas sobre quase nada de nada e virem-me chatear porque eu escrevo sobre tudo, lá isso é, não gostam não comem, isto não é um debate em que para lerem alguém que escreveu depois de mim têm que me aturar antes.
Mas alguém o impede a si de escrever sobre o que o interessa ou sabe?
Não mostra a sua sapiência porque não quer, lá terá as suas razões!
A maior parte dos assuntos de que falo são situações comezinhas do dia-a-dia, coisitas que podem ser interessantes ou apenas curiosas para quem não as pode viver mas gosta de saber que existem e como estão agora, pessoas que saem pouco ou vivem longe e acham graça às minhas idas à Baixa, lugar a que todas as semanas juro nunca mais voltar.
Se outros acham isto pouco interessante, paciência.

Quer assim fazer o favor de ir lá atrás e reler aqueles tempos em que o Carlos Antunes me elogiava e mostrava o seu acordo comigo?
Seria útil como exercício de memória para si.

Portanto a "afcm", de quem não tenho qualquer procuração, tem um desabafo emotivo, com aspectos pessoais decerto muito difíceis para ela e focando aspectos que todos conhecemos e todos sabemos não serem de hoje, mas é hoje que aqui estamos.
E o Carlos Antunes escreve o que escreveu e que todos podem ler, o que se torna mais difícil de entender por se estar a dirigir a alguém que não é por aqui conhecida como incorrecta ou inconveniente.

E depois resolve de repente que eu deixo de ser “sapiente” e passo a ser “estúpido” e trata-me como tal (faz bem mas fica-lhe mal) e finge não perceber que o “mais ninguém” se referia a comentar a “afcm”, e dá umas piruetas para “saltar fora” do que escreveu com o argumento de que nunca “insultei, ofendi, ou teci considerações sobre o carácter dos intervenientes” quando eu não disse nada disso e só o recriminei por ter “demonstrado insensibilidade e gozar com os prolemas dos outros e a necessidade de desabafar de cada um” (é o que eu escrevi, não tire da frase quase tudo como lhe convém).

Está enganado nisso de eu não o conhecer de lado algum: conheço-o daqui.
E neste momento bastante bem.
E estou disponível para o conhecer pessoalmente, convidando-o para almoçar onde lhe der mais jeito e gosto, vou lá ter, já deve ter percebido que não me acanho.

PS- Que o “dono da casa” é o único que tem o direito de eliminar sempre que achar que ultrapassámos os limites estabelecidos é a regra do jogo num blogue, como novidade é fraco.
Quanto ao direito de censurar no sentido lato, qualquer um o pode fazer, foi o que eu fiz, não me diga que é a favor de machados que cortem a raiz ao pensamento.


manuel campos disse...


afcm

Peço-lhe desculpa por a ter agora "envolvido" nesta troca de comentários com o Sr. Carlos Antunes, situação para que eu não tinha "procuração".

Mas os factos são públicos e estão aí.
Cada um que ajuíze sobre eles.

Carlos Antunes disse...

mc
Há muito que me tornei apóstata e por isso deixei de ouvir sermões … era o que faltava que tivesse agora de aturar os seus!
Além disso, pelos vistos gosta dos métodos do antigamente, como quando andou a vasculhar na internet sobre a minha pessoa, para descobrir que era “jurista” e estar a sempre a chamar à colação essa condição como uma “capitis diminutio” para opinar sobre outras matérias, ou agora quando tenta exercer “o lápis azul” sobre os meus comentários.
Pode chamar-me ignorante (a ignorância normalmente leva a chamar ignorantes aos outros),
copiador ou compilador de textos da internet, etc.,etc. agora o que não lhe admito, porque não me conhece de lado nenhum, é tecer comentários, como repetidamente o tem feito, sobre o meu carácter.
Pode continuar com a sua dialética presunçosa, que para mim vai ficar a falar sozinho!!!

afcm disse...

Manuel Campos

Obrigada pela "gestão de negócios" dos meus interesses. Actuou sem mandato e sem procuração, mas eu ratifico a gestão, porque sei que foi boa a Sua intenção.:) :)
Obrigada pela simpatia e empatia.
Mas não se amofine. Não vale a pena.
Aliàs, a crítica ao meu desabafo/comentário que o aborreceu e o levou a ser meu "gestor de negócios", esboroa, de uma só penada, toda a panóplia de estatísticas anteriormente vertidas pelo comentador, já reparou ?

Penso que devemos ouvir-nos - escutar os outros, ainda que sejam "torpes e ignorantes, cada um deles tem também uma vida que contar".



manuel campos disse...


ca

Nunca imaginei que um jurista (como confirma ser) desse trunfos destes a quem se lhe opõe (não escrevi a quem o combate, eu não o combato, eu só me oponho ao que disse), ao pôr aqui hoje coisas que já tínhamos debatido os dois há meses, que já na altura pensei ter percebido que só vasculhei o que o Sr. Carlos Antunes tem exposto na montra e com holofotes, que agora me dá o ensejo de cá voltar a explicar isso mesmo de volta.

Infelizmente só o posso fazer mais logo, como digo noutro sítio tenho outras obrigações para o dia.

Quanto ao seu carácter estamos conversados e, como diria Bernard Shaw nunca o pus em causa, quem o está a pôr é o senhor.
Mas a sua memória está a falhar, só nos opusemos por aqui s.m.o. quando o Sr. Carlos Antunes (e não só) se enxofrou por eu apelidar de "guerreiros de sofá" algumas pessoas durante as conversas por aqui mantidas relativas à Ucrânia.

Pois até logo, o seu machado não cortou a raíz do meu pensamento.

manuel campos disse...


afcm

Vale sempre a pena, se nos calamos é pior, minha mulher passa a vida a dizer-me que um dia levo aí um tiro na rua, não consigo fazer como se nada fôsse comigo, às vezes até vai andando à frente (e ela também nunca se fica!) para não me ver ser trespassado por facas e canivetes (muito imaginativa, também).

Neste caso era óbvio para mim, a "afcm" é sempre de uma grande lisura nas suas intervenções e também o foi na forma como terminou aquela.

Pois tem toda a razão sobre as "estatísticas", em parte até tentei explicar isso ao senhor, em vão, a minha dialéctica presunçosa não deve ajudar nada.

Faltou o resto, desculpe lá : "Evita os ruidosos e os agressivos, porque eles denigrem o espírito".

Mas eu não os evito, há que exercitar o cérebro, é o nosso músculo mais precioso.

Obrigado pelas suas palavras.




manuel campos disse...


Ora cá estou de volta.
Entre as 14H30 e as 18H30 acompanhei minha mulher à F. Champalimaud onde foi fazer um exame, fomos a Campo de Ourique tratar de uns cortinados, passámos pela zona do Marquês de Pombal a ír buscar umas calças (barriguinha!) para um meu blazer, fizemos compras da semana no Supermercado do CI (passe a publicidade), nada mau para dois idosos a caír da tripeça.

Mas voltando aos assuntos sérios, eu nem era para ter aberto aqui o “Duas ou três coisas” de manhã, mas recebi um telefonema de um advogado muito meu amigo (há gente esquisita, não se percebe como é que alguém pode ser meu amigo, quanto mais “muito”).
Por força da minha vida profissional conheci alguns grandes escritórios de Lisboa, mais na fase em que estive ligado a projectos de “joint-ventures” variados (uns avançaram, outros não) do que depois na fase de gestão de empresas, onde os problemas eram de outra natureza e muitos até se resolviam dentro de casa.
Foi um desses, que faz o favor de aqui me vir ler e diz ele que se diverte (estou a falar de ti, sim!), que me alertou com algo do tipo “Então agora uma pessoa de leis interpela uma pessoa de técnicas sobre questões de dialéctica? O mundo está perdido!”, pôs-se a rir e desligou.

O mundo está perdido é quando numa situação destas, simples e clara (já lá vou) a argumentação passa ao nível de base do PREC e um cidadão que nos está a incomodar naquele momento passa a “fascista” num abrir e fechar de olhos.
Como é que é possível alguém em 2024 ainda utilizar esta conversa?
Eu sei mas não digo.

Portanto eu andei a vasculhar, pelos vistos de forma vergonhosa e pidesca, o sítio que o Sr. Carlos Antunes pôs no perfil dele precisamente para que as pessoas o vasculhem, porque senão não o tinha lá posto (acho eu, mas já não garanto nada).
E como pus aqui o que o Sr. Carlos Antunes anuncia lá “urbi et orbi” (também me saio bem com o latim) sobre a sua pessoa, sítio a que qualquer pessoa pode aceder em qualquer altura, sou um nojento delator, está bem de ver.

E afinal até que ponto vai a minha perfídia?
Não sei bem dizer mas vai muito longe, disso não há dúvidas.
Fiquei a saber que, depois de descobrir de forma inqualificável o que descobri e que toda a gente pode descobrir com um simples clique, utilizo esse meu conhecimento para a “diminuição ou perda da autoridade, geralmente humilhante ou vexatória” (“Enciclopedia Jurídica”) do Sr. Carlos Antunes para opinar sobre outras matérias ou tento exercer “o lápis azul” sobre os seus comentários.

Onde isto já vai!
O Sr. Carlos Antunes não dá as suas opiniões porque eu lhe caio logo em cima, isso basta dar uma volta por aí para o confirmar e quem sou eu para o desmentir, no meio de tanta testemunha.
Quanto ao “lápis azul” não o tenho, que o tem é o dono da casa, não me parece pessoa para ir na conversa de manhosos censores como eu.

Não lhe posso chamar ignorante por duas razões, porque não acho que seja ignorante e porque nunca chamei ignorante a ninguém.
Se alguém se sente ignorante depois de eu rebater alguma opinião dessa pessoa, isso já é um problema dela, tal como quando alguém me rebate e tem razão, sou eu que me sinto ignorante.
Se quer continuar com a sua “acusação” de que eu vivo a tecer comentários repetidamente sobre o seu carácter, convinha dizer onde e quando isso tem vindo a acontecer nesta caixa de comentários, não me parece que lhe esteja a ensinar nada.

Dito isto, cá fico a falar sózinho, a fase seguinte é o internamento compulsivo.


Dê-lhe o arroz!

"O Arroz Português - um Mundo Gastronómico" é o mais recente livro de Fortunato da Câmara, estudioso da gastronomia e magnífico cr...