segunda-feira, abril 25, 2022

Eurocensura


O 25 de Abril, que hoje e sempre comemorarei com júbilo, fez-se para que nunca ninguém mais nos dissesse o que podíamos ou não dizer, ver ou ler - sejam elas verdades, mentiras ou histórias da Carochinha. Só nos faltava agora ter a Censura europeia! Esta decisão é uma vergonha!

10 comentários:

João Cabral disse...

Devia ser um alerta para os tempos que aí vêm. Neste campo, as medidas da pandemia à chinesa abriram uma porta que será difícil fechar. Ainda não se fez uma reflexão séria sobre isso.

Anónimo disse...

Depois de chatear os russos durante décadas por serem comunistas, é injusto agora chamar oligarcas aos novos ricos. Oligarcas? São jovens que tomaram a sua oportunidade com sucesso, com progenitores desconhecidos. Oligarcas são Kennedy, Bush, Clinton.

Perseguem-se indiscriminadamente cidadãos russos, inclusivamente pelas redes sociais... Faz lembrar a fábula do lobo que acusou o cordeiro de lhe sujar a àgua do ribeiro do qual estava a beber. O cordeiro fez polidamente notar que se encontrava a jusante, portanto ser coisa impossível, mas como o lobo queria comer o cordeiro, disse que se não foi ele, foi o pai... Ao que o cordeiro respondeu que o pai tinha morrido no inverno passado. Enfim, o lobo acabou por comer o cordeiro, dispensando pretextos fúteis.
Como aponta João Cabral em comentário anterior, são os perigos da promoção paranóica do unanimismo e do controlo social induzido pelos Média, caixa de Pandora que inaugurou o COVID, agora canibalizado pela guerra na Ucrânia. Ainda bem que temos pessoas como o Senhor Embaixador, para chamar a atenção para estes atentados à liberdade e à inteligência. Obrigado!

J.Tavares de Moura disse...

Acabei de ver num canal de TV a embaixadora da Ucrânia a participar, na primeira fila e ao lado do líder do partido, na manifestação da Iniciativa Liberal no 25 de Abril.

Fiquei perplexo porque supunha que estava vedado aos diplomatas a participação em atividades político partidárias por poder ser entendido (e na verdade é) como ingerência na política interna do país onde se encontra em representação oficial.

Como nenhum dos jornalistas que a entrevistou lhe fez essa pergunta, gostaria que me esclarecesse se é permitido a um embaixador participar numa manifestação partidária.

Joaquim de Freitas disse...

J.Tavares de Moura: Depois da iIntervenção da secretaria de estado americana em Kiev, Vitoria Nuland, a tal que disse « F..k a UE », com os revoltosos da Praça Maidan, no meio dos nazis, todas as barreiras diplomáticas saltaram. A vergonha também… Imaginemos um instante que o embaixador russo nos EUA tivesse participado no mini golpe de estado do 6 de Janeiro, em frente da Casa Branca em Washington !

Luís Lavoura disse...

Tem toda a razão o Francisco. É uma vergonha!!!

Eu até há quatro dias lia diariamente as notícias da RT.com, que continuavam disponíveis. Desde há quatro dias estou incapaz de aceder a esse sítio.

Lendo a RT há já anos, nunca nela detetei qualquer informação falsa ou, sequer, tendenciosa.

Nuno Figueiredo disse...

É.

Luís Lavoura disse...

Concordado com J. Tavares de Moura, também eu estranhei muito ver a embaixadora da Ucrânia participar ativamente no desfile da Iniciativa Liberal (no qual eu próprio participei).
Concordando com Joaquim de Freitas, recordo também que ainda recentemente os primeiro-ministros de Espanha, Portugal e Alemanha interferiram publicamente na política interna francesa, declarando o seu apoio a Macron. Nem quero imaginar o que teria acontecido se, por exemplo, Viktor Orbán tivesse declarado publicamente o seu apoio a Le Pen...

Anónimo disse...

É a vida!

João Cabral disse...

Não se percebe a estranheza pela participação da embaixadora ucraniana no desfile. Certamente, não se iria rodear de foices e martelos (seria o equivalente a colocar o senhor embaixador num desfile de saudosistas da ditadura militar no Brasil) e de relativizadores maximalistas da guerra na Ucrânia. Assim, querendo participar, e dada a homenagem prestada ao povo ucraniano, a embaixadora acabou por aceitar um "campo neutro", ou seja, o convite para o desfile organizado pela IL. É tão simples como isto.

Joaquim de Freitas disse...

Senhor Embaixador : Ainda sobre a « Eurocensura » sobre a qual chamou, e muito bem, a atenção.

É uma vergonha a maneira como a televisão portuguesa e a imprensa, certa imprensa, noticiou a participação dos portugueses que celebravam o 25 de Abril, colocando bem em evidência a presença da embaixadora da Ucrânia e de algumas bandeiras ucranianas. Como se o 25 de Abril tivesse algo a ver com a representante dos nazis de Kiev.

Mas é verdade que a democracia europeia recebeu golpes inqualificáveis nestes últimos tempos, quando, no Ocidente, maestros e músicos russos não se podem apresentar, como os judeus na Alemanha nazista na década de 1930. Que os desportistas russos também são desqualificados, as letras do alfabeto são proibidas, porque simbolizam a operação militar russa e, em vários países, monumentos comemorativos do Exército Vermelho ou a vitória do Exército Soviético contra a Alemanha nazista são destruídos.

A proibição em alguns países vai até à fita de São Jorge, o símbolo russo da vitória sobre o nazismo, e até a proibição de comemorar a vitória sobre a Alemanha nazista em 9 de Maio.

Pelo contrário, são os seus assassinos que agora são glorificados pela imprensa ocidental. E mesmso na França, o país dos Direitos Humanos, e da declaração de 1789. Esta França que também se recusou a condenar o nazismo na ONU numa sessão no final de 2021...

Houve vários jornalistas russos que perderam a vida tentando informar o público sobre os eventos durante a guerra do Donbass.
No Ocidente, rápido em apontar o menor caso real ou manipulado de repressão ou assassinato de jornalistas, nenhuma mídia ousou fazer o seu trabalho e falar sobre esses homens. É que no Ocidente, o russo voltou a ser “o sub-humano”, cuja vida não conta para nada, o untermenschen de Himmler e dos SS.

Nenhuma mídia ocidental lamentou a morte dos jornalistas russos. Korneliuk e Anton Voloshin. Ignoram esses assassinatos de jornalistas russos, considerando-os como algum tipo de lixo!
Porque fizeram um relatório sobre o batalhão Azov e os ultras do clube de futebol Kyiv Dynamo, e os acontecimentos que poderiam ter se tornado trágicos durante a partida Guingamp-kyiv em Fevereiro de 2015.

Porque provaram o facto de que há regimentos e batalhões neonazistas no exército ucraniano... e na sua população? Que de acordo com a mídia europeia, seria apenas um pequeno regimento? E de acordo com outros , incluindo Zelensky, da definido como um regimento de patriotas!
Eles viram os vídeos dos terríveis abusos desta unidade? Quando saírem dos túneis de Mariupol vamos ver se são realmente assim tão poucos…Se saírem!

Na realidade, ao omitir, desinformar ou manipular informações os jornalistas ocidentais deixam de ser jornalistas. Tornam-se criminosos.

Por isso tem razão , Senhor Embaixador, de assinalar a vergonha da Eurocensura.

Olhar os dias em quinze notas

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