domingo, abril 24, 2022

Um nome

Costuma dizer-se que na primeira volta das eleições presidenciais francesas se escolhe e, na segunda volta, é eliminado um candidato. Marine Le Pen foi afastada, é verdade, e quase só se fala disso. Mas, já agora, vale a pena lembrar o nome da pessoa que ganhou: Emmanuel Macron.

3 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Emmanuel Macron, 24 de abril de 2022, 20h15: . "Messieurs! Esse resultado é o melhor dia da minha vida. Juro defender as nossas instituições e, se necessário, combatê-las”.

FG disse...

E o que esteve ausente dos debates, tanto em França como cá, é que Macron esteve a ser "julgado" por dois duríssimos anos de pandemia acrescentados com dois meses de guerra. Ignorou-se. E a forma como se apresentam os resultados é do grande avanço de Le Pen , quase colocada com a vencedora das eleições.

Joaquim de Freitas disse...

Emmanuel Macron, 24 de abril de 2022, 20h15: . "Messieurs! Esse resultado é o melhor dia da minha vida. Juro defender as nossas instituições e, se necessário, combatê-las”.

O Senhor Embaixador deve lido . Com um golpe de caneta, Macron, como se tivesse vergonha da sua decisão, vem justamente entre os dois turnos da eleição presidencial, deara suprimir o corpo de diplomatas.

Na segunda-feira, 18 de Abril de 2022, o Diário Oficial da República publicou o decreto presidencial selando o desaparecimento do "corpo diplomático" francês.

O facto de ter sido assinado por Emmanuel Macron poucos dias antes do fim de seu mandato e enquanto ele é candidato à reeleição, carece de elegância e finesse, para não dizer "legitimidade".

Talleyrand, Vergennes, o General De Gaulle e alguns ancestrais famosos devem estar a pular nos seus túmulos. Sobretudo, num país de dois mil anos como a França, que não tem nada a ver com uma “nação start-up”. Não é realmente o momento de quebrar a estrutura de um aparelho diplomático que é fruto de uma longa tradição, sob o pretexto de que seria inadequado e ineficaz ao mesmo tempo em que seria caro.

A impressao que dà é que vê o mundo apenas através de óculos europeus ou atlânticos, pelos lindos olhos de Úrsula. Para Dominique de Villepin: "A abolição do corpo diplomático constitui um ataque à influência da França e um fcator central no enfraquecimento do Estado (...) perda de independência, perda de competência, perda de memória que pesará muito nos próximos anos, no momento da recomposição do mundo (...)”

Como diz um antigo embaixador francês, "O que não faríamos por essa Úrsula enérgica, voluntariosa e milagrosa, que com tanto sucesso se casa com as cinquenta estrelas dos Estados Unidos e as vinte e sete da Europa sob a bandeira da “responsabilidade de proteger”?

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