O Senhor Embaixador nao assistiu como eu a touradas de Sanchez Mejias na companhia de Hemingway (a minha direita) e Garcia Lorca(a minha esquerda)... E pena!
Lembro-me bem da última vez que fui a Viana. Fiquei com vontade de regressar. Não durante quaisquer 'festas', porque desde cedo que esses eventos me causaram brotoeja e sou avessa a multidões e consequentes confusões. Mas hei-de regressar. Existe um barco. E nele, uma saudade. Talvez a memória do marinheiro que todo o português é... Hoje sucedeu uma tourada, dizem. Ouvi os ecos, li umas linhas. O povo precisa de diversão, de riso, de vinho e de sangue. Precisa de olvidar a sua condição animal e as tropelias que lhe fazem, colocando a humilhação noutro ser, que considera apenas fonte de júbilo e carne. Um animal aos pinotes a jorrar sangue e baba antes de pingar gordura na travessa. Deve haver um gozo qualquer que se me escapa, seguramente. Não, não sou vegetariana, com pena desta fraqueza, mas ultrapassei qualquer necessidade que alguma vez pudesse ter sentido de provocar sofrimento antecipado e contínuo, antes da morte sacrificial. Nunca a senti, mas convém deixar a hipótese em aberto, pelo bem da dúvida e a justiça hipotética. Não tenho raiva dos que acham bem tourear, tenho pena. E nem vou explicar porquê.
Lá vêm as piedosas criticas anti-tauromáticas. Já começam a enfadar. Viana do Castelo não quer? Pois bem, querem muitas outras cidades e vilas de Portugal. E vamos a isso! Oi, oi, touro lindo! Oi, oi toiro! Nada como uma boa tourada! E depois, mais tarde, comer bifinho de toiro, com batatinha frita! Nham! Aficionado 2. PS: este Post foi uma “provocaçãozinha” do seu autor. Quem o conhece, sabe-o bem! O que o FSC se deve estar a rir com isto!
Eu já escrevi que adoraria que alguém inventasse uma almofadas para colocar no lombo do animal, assim os aficionados teriam o pazer de ver espetar as bandarilhas e o animal não teria que sofrer para o gozo de alguns espectadores
1) As almofadas já foram inventadas e aplicadas nos EUA.
2) Os antitourada nem falam em almofadas porque o que eles querem é o fim da tourada, ponto final.
3) Já alguém provou que o touro sofre aquilo que dizem?
4) Porque razão, a reboque das bandarilhas, querem acabar com os forcados e com o toureio a pé?
Tenho muita pena das pessoas antitourada. Não porque não gostam do espetáculo mas sim porque, sistematicamente, se mostram tão fracas a nível intelectual, tão panfletárias, tão incapazes de qualquer coisa que não seja uma espécie de birrinha da moda.
Não assisti. Não percebo por que foi tanto alarido, a não ser por questões políticas, digo eu... Não sou pró nem anti-tourada. A haver touradas, sou a favor dos touros de morte, dar o golpe de misericórdia ao animal por quem o soubesse fazer rapidamente seria preferível e menos doloroso para o touro. De resto, acho há por aí muitas vozes que se "alevantam" contra as touradas mas que não hesitam em calar-se quando o assunto é violência doméstica, p. e. (entre homem e mulher ninguém meta a colher, certo?) ou outro tipo de maus tratos a pessoas (crianças, idosos, estrangeiros)...
Esta questão das touradas situa-se naquilo que é a confrontação eterna entre dois "países": o antigo (reaccionário e tacanho)e o moderno (abero às novas ideias e à mudança). O resto é conversa e oportunismo.
Sou reaccinário tauromático. Mudanças só se for para touradas de morte, como em Espanha. Assim sendo, continuo tacanho. Viva a Festa Brava e o bife de toiro!
Em Portugal tudo serve para ainda dividir o mundo em reaccionários e modernos e não se sai disto para se poder começar a produzir para haver de comer. Mas... eu não sei.
Muita desta conversa passa por uma questão muito simples: malta urbana convencida de que a gente do campo vale menos.
No fundo é a velha ideia de que o que é do campo ou a ele está ligado é bruto e pouco merecedor de atenção enquanto que o que é urbano é sofisticado e credor de apreço.
Só que as pessoas do campo e as suas manifestações culturais não são menos do que qualquer pipi da cidade.
Voltei para dizer que a tourada de que se fala não fez parte do programa das festas da Senhora da Agonia. Antigamente havia tourada no programa, com grandes cavaleiros e afins, mas há alguns anos deixou de haver.
Por isso, o título do post é um bocadinho enganoso...
Defender a Festa Brava e ser a favor das touradas tem o mesmo mérito do oposto. Designar de "bestas" quem defende a manutenção da lide tauromática é no mínimo..."bestial".
Ao anonimo das 17:03 esclareço que não chamo besta a quem gosta de touradas mas a quem pensa e escreve:"Tenho muita pena das pessoas antitourada. Não porque não gostam do espetáculo mas sim porque, sistematicamente, se mostram tão fracas a nível intelectual, tão panfletárias, tão incapazes de qualquer coisa que não seja uma espécie de birrinha da moda". Irra!
Caros comentadores: e se acabássemos com esta tourada? O que preferem? Um post sobre a questão monárquica ou sobre o acordo ortográfico? "À vos de choisir", olé!
Ora, cá por mim tanto me faz que haja touradas como não. Irrita-me é tanta gente a tomar partido, exaltados de cada um dos lados,para que haja touradas e para que não haja touradas. E quando numa tourada algum daqueles alarves que se põem à frente das bestas fica ferido ou morto, devo confessar que não tenho pena nenhuma; isso faz parte do jogo que esse alguém voluntariamente jogou. Pl
Tudo o que sobe, desce, não é? Tempos houveram em que por aqui o convívio era harmonioso e as díspares opiniões sobejamente respeitadas; a partir do momento em que parece existir malícia e surge, declarada, a rudeza, sem faltarem os argumentos falaciosos, o ambiente degrada-se. Não falo de reprovação ideológica - entendo os argumentos contrários aos meus da parte de quem os expõe com civismo e urbanidade. Já permitir presenças acintosas e grosseiríssimas revela que não estamos num espaço de requinte, mas numa praça. No caso, de touros. Passo.
A lei da causa e efeito é inexorável. Por que passam por todas essas agruras? Povo sem Consciência. Vão continuar no sofrimento até que resolvam acabar com essa barbárie, que dizem diversão. Sempre torço para o touro, o toureiro que se esfregue.
Pronto! Acabou! E a verdade é que nem todos os comentadores, embora ameacem ir dar umas voltas á praça (da Liberdade?), saem deste post em ombros pela porta grande, com direito a orelhas (a alguns, mereciam mesmo que lhas puxassem). E é pena que o anonimato continue a predominar, ficando-se a coragem nas tábuas, sempre com uso de ferragem curta e aplicada no murrilho, não aproveitando a nobreza em presença. Neste caso, a valentia seria pegar de caras, à barbela (não recomendaria à córnea, dada a mansidão do bicho), chamando os bois pelos nomes (próprios), mas dando-lhe sempre alguma praça, em lugar de surgirem de cernelha, fugindo ao derrote, acabando por ficar no lugar do rabejador, tentando que o assunto não escape e apenas apanhando com o último pó, antes da chegada das chocas. Olhando para o que aqui foi escrito (e publicado), não me sinto o "inteligente" desta corrida, que, por uma vez, está num lugar ao sol, porque a sombra é cara, em tempos de troika.
Iiiiiiiiiii... Cheguei atrasada, que pena, de qualquer forma a Margarida e a Helena já disseram tudo com a coragem que as caracteriza. Compreendo-as perfeitamente,só não sinto o sentir da Margarida face ao requinte do blogue, que sinto manter-se em qualidade e quantidade.
Os escritos são da responsabilidade de quem os escreve, mas eu, como o touro, admito ser bastante agreste...
... Isabel - e senhor embaixador-, não é 'a qualidade e quantidade' que não se manteve (em absoluto), mas a democratização que o nosso anfitrião atribui aos comentários deselegantes. Quanto aos proverbiais 'anónimos', isso, por si só, já define os utilizadores das sombras. Atiram as pedras e escondem a mão. Uns bravos.
... bem sei que este tema já foi dado como encerrado, mas a invstida de 'A.L.H.' recoloca um ponto que não quis abordar anteriormente: a falta de argumentos objectivos para contrariar um ponto de vista, i.e., recorrerem-se de outros assuntos (obviamente fracturantes), para mascararem o que está em debate. Não é com outros temas que se justificam ideias e ideais. Misturar assuntos não resolve, apenas complica. Todos têm a sua relevância e merecem atenção dedicada - e respeito. As touradas são uma forma de humilhar, ferir e massacrar outro ser vivo. Isso não tem de se misturar com qualquer outra situação, por relevante e especial que seja. Nem é curial inferir-se uma generalidade de sentires ou opinares, por via disso. a que (des)propósito se afirma "(...)a favor do aborto, porque isso é que é moderno e intelectual e culturalmente superior(...)"?! Quando é que qualquer decisão de destruir uma vida é assim encarada? E por quem? Porque é que se encara o outro (qualquer outro), como inferior e execrável, com tanta ligeireza? Que injustiça... E que debilidade argumentativa. Com isso, a questão de se ser pró ou contra as touradas ficou resolvida? Por estas inflexibilidades e afastamentos é que a humanidade está neste ponto miserável. Somos todos mais iguais do que alguns gostariam, mas cismamos em achar que apenas nós somos detentores da razão. Eu apenas afirmo, com toda a veemência: ABOMINO VER OS ANIMAIS A SOFRER - magoa-me profundamente, enquanto ser que também sofre, tenho empatia com eles, sejam touros ou galinhas. Para mim, é disso que se trata: como nos divertirmos com o sofrimento alheio? Eu não consigo. É 'só' isso.
Voltamos à história dos "anónimos". Não há volta a dar à coisa.
Insultar anónimos é de uma cobardia notável. É fácil chamar nomes a quem não tem cara. Mais difícil é andar de peito feito a quem nos possa fazer frente, (a nível legal, por exemplo).
Mas já se sabe que esta gente não gosta de encarar o boi de fente e prefere mandar bocas para o ar...
Cara Margarida: lá deixei eu reabrir o debate. Fraquezas... Ou é da minha vista ou o comentário de ALH é irónico, concordando com o de José Tomáz Mello Breyner. Quanto a si, percebi a sua "angústia", quando escreveu "não tenho raiva dos que acham bem tourear, tenho pena. E nem vou explicar porquê". Fica claro que está dividida entre a rejeição "natural" das touradas, como alguém que defende os direitos dos animais, e a solidariedade ideológica, também "natural", com quantos defendem as touradas como ritual do património conservador nacional. Ou não será assim?
E as lutas nas arenas, entre homens e feras (bípedes e quadrúpedes), tão apreciadas pela plebe ululante e pelas elites esclarecidas? Parece que acabaram com essa nobre tradição, em nome não sei de que 'valores'! Um despautério; tradições assim, tão ricas a apreciadas, deveriam manter-se, sendo esses defensores de 'valores' atirados de imediato às feras! As tradições devem manter-se todas. Sempre! Abaixo os humanismos e as piedosas intenções! Arenas até à morte - bem selvagem e sangrenta - !
E retome-se a escravatura, que 'tradição' mais formidável não deve haver! Bem como a crença de que esses seres (chamemos-lhes assim, por caride cristã) não têm 'alma'. E, já agora e a bem da misturada argumentativa de que tantos gostam, que seja abolido o direito ao voto! Comece-se pelas mulheres (essas impertinentes) e depois passe-se a todos - viva a ditadura dos iluminados! Voltem as benditas 'tradições', caraças! A tourada não pode ficar só!
'Feliciano da Mata (vegetariano)', está coberto de razão. É facto que quem não mata, desfruta. Que seria da vida sem contradições? Mas - atenção! - tortura, é outro capítulo. E perversidade, emntão, uf!
Reabrir o debate à Margarida é um prazer partilhado e comprova o seu (e meu também)bom gosto:)!
Deixar (ou não) a arena aberta a qualquer rabedajor, picador, peão de brega e outros galifões, que por aqui passe, depende unicamente do “inteligente”* desta praça...
Abraço amigo
Para mim, Tourada, só a do Fernando Tordo.
Não importa sol ou sombra camarotes ou barreiras toureamos ombro a ombro as feras.
Ninguém nos leva ao engano toureamos mano a mano só nos podem causar dano espera.
Entram guizos chocas e capotes e mantilhas pretas entram espadas chifres e derrotes e alguns poetas entram bravos cravos e dichotes porque tudo o mais são tretas.
Entram vacas depois dos forcados que não pegam nada. Soam brados e olés dos nabos que não pagam nada e só ficam os peões de brega cuja profissão não pega.
Com bandarilhas de esperança afugentamos a fera estamos na praça da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo pelos cornos da desgraça e fazermos da tristeza graça.
Entram velhas doidas e turistas entram excursões entram benefícios e cronistas entram aldrabões entram marialvas e coristas entram galifões de crista.
Entram cavaleiros à garupa do seu heroísmo entra aquela música maluca do passodoblismo entra a aficionada e a caduca mais o snobismo e cismo...
Entram empresários moralistas entram frustrações entram antiquários e fadistas e contradições e entra muito dólar muita gente que dá lucro as milhões. E diz o inteligente que acabaram as canções.
* «O director de corrida é quem manda no espectáculo tauromáquico. É o representante do Estado através do IGAC, Inspecção-Geral das Actividades Culturais. Em Portugal, são 18 e rodam pelas mais diversas praças de touro do país. São profissionais da tourada na reforma: bandarilheiros, na sua maioria, matadores e forcados. O director de corrida é também conhecido como “o inteligente”. Diz a história secular que os “inteligentes” eram os toureiros fora de actividade mais evoluídos, numa sociedade analfabeta. Mas o nome técnico é director de corrida».
Os directores de corrida não ligam a quem se senta na bancada mas apenas à qualidade do espectáculo.
Para o director de corrida não há madames nem marçanos: é tudo a mesma coisa.
E quanto aos toureiros, as bandarilhas são ferradas com a mesma mestria, independentemente das lantejoulas e dos leques com que algumas se aperuem e lhes tentem chamar a atenção.
Touradas particulares, só para amigos, são coisas de outro tipo...
Talvez o Embaixador pudesse criar uma espécie de "duas ou três coisas deluxe", com acesso limitado às pessoas de fina estirpe e espírito superior. Sempre lhes poupava o cheiro do suor da populaça...
Outra hipótese seria um "duas ou três coisas woman", reservado naturalmente, aos espíritos mais sensíveis de entre os espíritos sensíveis. Com reforço do isolamento sonoro para não se ouvir o entrechocar das chávenas de chá.
Os espíritos sensíveis (mesmo os mais sensíveizinhos de todos)não são exclusivo feminino, 'Olé!', nem as senhoras apreciam apenas chá ou requerem especiais condições sonoras para os seus encontros que, atrevo-me a aventar, são muito mais pluritemáticos e interessantes que os do género oposto. Um deluxe é mais do que suficiente; e deixemos o anfitrião sossegar que ainda tem pesadelos com tanto intervencionismo (e ai! que se calhar já escrevi mais do que 1500 palavras e não tarda o censor, digo 'catinga', manifesta-se! Ui!)
So falta um «s» ?! deveras? Estou cheia de sorte! “ss” ainda tenho en reserva. O que me faltam são acentos agudos, mais dificeis de encontrar, e ironia.
Quanto a danos e esperas, espero não ter, Senhor Embaixador, provocado (-lhe), em demasia. Bien à vous!
Caro Feliciano o seu comentario me Mata : ) Nao sabia que também sofria do sindroma americano-espanhol Woody Allenesco...verifico no entanto que o seu aparece antes da Midnight...em Ronda ?
62 comentários:
O Senhor Embaixador nao assistiu como eu a touradas de Sanchez Mejias na companhia de Hemingway (a minha direita) e Garcia Lorca(a minha esquerda)... E pena!
a) Feliciano da Mata, aficionado
Se os organizadores desta selvajaria lessem o "Animal Farm," do Orwell, e alterassem os porcos para touros...
Lembro-me bem da última vez que fui a Viana.
Fiquei com vontade de regressar.
Não durante quaisquer 'festas', porque desde cedo que esses eventos me causaram brotoeja e sou avessa a multidões e consequentes confusões.
Mas hei-de regressar.
Existe um barco. E nele, uma saudade.
Talvez a memória do marinheiro que todo o português é...
Hoje sucedeu uma tourada, dizem. Ouvi os ecos, li umas linhas.
O povo precisa de diversão, de riso, de vinho e de sangue.
Precisa de olvidar a sua condição animal e as tropelias que lhe fazem, colocando a humilhação noutro ser, que considera apenas fonte de júbilo e carne.
Um animal aos pinotes a jorrar sangue e baba antes de pingar gordura na travessa.
Deve haver um gozo qualquer que se me escapa, seguramente.
Não, não sou vegetariana, com pena desta fraqueza, mas ultrapassei qualquer necessidade que alguma vez pudesse ter sentido de provocar sofrimento antecipado e contínuo, antes da morte sacrificial.
Nunca a senti, mas convém deixar a hipótese em aberto, pelo bem da dúvida e a justiça hipotética.
Não tenho raiva dos que acham bem tourear, tenho pena.
E nem vou explicar porquê.
E o Cocteau estava à frente do Feliciano, até aposto.
Ronaldo Azenha (Pont-de-Sèvres)
vergonhoso! execrável! do mais baixo da natureza humana...
Lá vêm as piedosas criticas anti-tauromáticas. Já começam a enfadar. Viana do Castelo não quer? Pois bem, querem muitas outras cidades e vilas de Portugal.
E vamos a isso! Oi, oi, touro lindo! Oi, oi toiro!
Nada como uma boa tourada! E depois, mais tarde, comer bifinho de toiro, com batatinha frita! Nham!
Aficionado 2.
PS: este Post foi uma “provocaçãozinha” do seu autor. Quem o conhece, sabe-o bem! O que o FSC se deve estar a rir com isto!
coitadinhos dos animais
até os comemos, carago!
bem haja
Eu já escrevi que adoraria que alguém inventasse uma almofadas para colocar no lombo do animal,
assim os aficionados teriam o pazer de ver espetar as bandarilhas
e o animal não teria que sofrer para o gozo de alguns espectadores
1) As almofadas já foram inventadas e aplicadas nos EUA.
2) Os antitourada nem falam em almofadas porque o que eles querem é o fim da tourada, ponto final.
3) Já alguém provou que o touro sofre aquilo que dizem?
4) Porque razão, a reboque das bandarilhas, querem acabar com os forcados e com o toureio a pé?
Tenho muita pena das pessoas antitourada. Não porque não gostam do espetáculo mas sim porque, sistematicamente, se mostram tão fracas a nível intelectual, tão panfletárias, tão incapazes de qualquer coisa que não seja uma espécie de birrinha da moda.
Viva a festa brava!
Não assisti. Não percebo por que foi tanto alarido, a não ser por questões políticas, digo eu...
Não sou pró nem anti-tourada. A haver touradas, sou a favor dos touros de morte, dar o golpe de misericórdia ao animal por quem o soubesse fazer rapidamente seria preferível e menos doloroso para o touro.
De resto, acho há por aí muitas vozes que se "alevantam" contra as touradas mas que não hesitam em calar-se quando o assunto é violência doméstica, p. e. (entre homem e mulher ninguém meta a colher, certo?) ou outro tipo de maus tratos a pessoas (crianças, idosos, estrangeiros)...
Esta questão das touradas situa-se naquilo que é a confrontação eterna entre dois "países": o antigo (reaccionário e tacanho)e o moderno (abero às novas ideias e à mudança). O resto é conversa e oportunismo.
Sou reaccinário tauromático.
Mudanças só se for para touradas de morte, como em Espanha.
Assim sendo, continuo tacanho.
Viva a Festa Brava e o bife de toiro!
Como terá sido o voto dos Anti-Taurinos no referendo sobre o aborto?
Em Portugal tudo serve para ainda dividir o mundo em reaccionários e modernos e não se sai disto para se poder começar a produzir
para haver de comer. Mas... eu não sei.
Muita desta conversa passa por uma questão muito simples: malta urbana convencida de que a gente do campo vale menos.
No fundo é a velha ideia de que o que é do campo ou a ele está ligado é bruto e pouco merecedor de atenção enquanto que o que é urbano é sofisticado e credor de apreço.
Só que as pessoas do campo e as suas manifestações culturais não são menos do que qualquer pipi da cidade.
Manias...
Voltei para dizer que a tourada de que se fala não fez parte do programa das festas da Senhora da Agonia. Antigamente havia tourada no programa, com grandes cavaleiros e afins, mas há alguns anos deixou de haver.
Por isso, o título do post é um bocadinho enganoso...
Francamente desolador de ler comentarios -"tão fracos a nivel intelectual"- como os de Catinga e outros anonimos aficionados de festas-bravas".
A minha vontade foi de começar este meu comentario com uma expressão bem portuguêsa que li ha dias aqui: "Oh sua besta"...
Defender a Festa Brava e ser a favor das touradas tem o mesmo mérito do oposto. Designar de "bestas" quem defende a manutenção da lide tauromática é no mínimo..."bestial".
Ao anonimo das 17:03 esclareço que não chamo besta a quem gosta de touradas mas a quem pensa e escreve:"Tenho muita pena das pessoas antitourada. Não porque não gostam do espetáculo mas sim porque, sistematicamente, se mostram tão fracas a nível intelectual, tão panfletárias, tão incapazes de qualquer coisa que não seja uma espécie de birrinha da moda".
Irra!
Helena Oneto, e como se pode ver pela sua intervenção de pouquíssima categoria, eu tenho toda a razão.
A única parte do seu comentário que me agradou foi a transcrição do meu texto (foi, também, a única corretamente escrita).
Sinta-se, portanto, alvo da minha mais profunda pena.
Caros comentadores: e se acabássemos com esta tourada? O que preferem? Um post sobre a questão monárquica ou sobre o acordo ortográfico? "À vos de choisir", olé!
Senhor Embaixador
Permita-me a ousadia de dizer "mas que dois..." a V. Ex.a e ao aficcionado Feliciano da Mata que tão boa companhia partilhou.
Olé!
" A vous de choisir, OLÉ " - gostei. Já estava farta de me rir com essa sua provocação, Sr. Embaixador...
E lembrei-me de Alexandre O'Neil:
« Ó Portugal, se fosses só três sílabas,»
Ora, cá por mim tanto me faz que haja touradas como não. Irrita-me é tanta gente a tomar partido, exaltados de cada um dos lados,para que haja touradas e para que não haja touradas.
E quando numa tourada algum daqueles alarves que se põem à frente das bestas fica ferido ou morto, devo confessar que não tenho pena nenhuma; isso faz parte do jogo que esse alguém voluntariamente jogou.
Pl
Tudo o que sobe, desce, não é?
Tempos houveram em que por aqui o convívio era harmonioso e as díspares opiniões sobejamente respeitadas; a partir do momento em que parece existir malícia e surge, declarada, a rudeza, sem faltarem os argumentos falaciosos, o ambiente degrada-se.
Não falo de reprovação ideológica - entendo os argumentos contrários aos meus da parte de quem os expõe com civismo e urbanidade.
Já permitir presenças acintosas e grosseiríssimas revela que não estamos num espaço de requinte, mas numa praça. No caso, de touros.
Passo.
O pessoal contra a tourada é como a Esquerda: quer o monopólio da "pena"...
Egoístas!
Infelizmente, a Margarida tem razão. Não faltam forcados nem picadores. É só bandarilhas!
Quem diz é quem faz.
Clóing, clóing, clóing
A lei da causa e efeito é inexorável.
Por que passam por todas essas agruras?
Povo sem Consciência.
Vão continuar no sofrimento até que resolvam acabar com essa barbárie, que dizem diversão.
Sempre torço para o touro, o toureiro que se esfregue.
Pronto! Acabou! E a verdade é que nem todos os comentadores, embora ameacem ir dar umas voltas á praça (da Liberdade?), saem deste post em ombros pela porta grande, com direito a orelhas (a alguns, mereciam mesmo que lhas puxassem). E é pena que o anonimato continue a predominar, ficando-se a coragem nas tábuas, sempre com uso de ferragem curta e aplicada no murrilho, não aproveitando a nobreza em presença. Neste caso, a valentia seria pegar de caras, à barbela (não recomendaria à córnea, dada a mansidão do bicho), chamando os bois pelos nomes (próprios), mas dando-lhe sempre alguma praça, em lugar de surgirem de cernelha, fugindo ao derrote, acabando por ficar no lugar do rabejador, tentando que o assunto não escape e apenas apanhando com o último pó, antes da chegada das chocas. Olhando para o que aqui foi escrito (e publicado), não me sinto o "inteligente" desta corrida, que, por uma vez, está num lugar ao sol, porque a sombra é cara, em tempos de troika.
Iiiiiiiiiii... Cheguei atrasada, que pena, de qualquer forma a Margarida e a Helena já disseram tudo com a coragem que as caracteriza.
Compreendo-as perfeitamente,só não sinto o sentir da Margarida face ao requinte do blogue, que sinto manter-se em qualidade e quantidade.
Os escritos são da responsabilidade de quem os escreve, mas eu, como o touro, admito ser bastante agreste...
Abriu-se uma exceção para uma "habituée".
"Jose Tomaz Mello Breyner disse...
Como terá sido o voto dos Anti-Taurinos no referendo sobre o aborto?"
Seguramente a favor do aborto, porque isso é que é moderno e intelectual e culturalmente superior!
A.L.H.
... Isabel - e senhor embaixador-, não é 'a qualidade e quantidade' que não se manteve (em absoluto), mas a democratização que o nosso anfitrião atribui aos comentários deselegantes.
Quanto aos proverbiais 'anónimos', isso, por si só, já define os utilizadores das sombras.
Atiram as pedras e escondem a mão.
Uns bravos.
... bem sei que este tema já foi dado como encerrado, mas a invstida de 'A.L.H.' recoloca um ponto que não quis abordar anteriormente: a falta de argumentos objectivos para contrariar um ponto de vista, i.e., recorrerem-se de outros assuntos (obviamente fracturantes), para mascararem o que está em debate.
Não é com outros temas que se justificam ideias e ideais. Misturar assuntos não resolve, apenas complica.
Todos têm a sua relevância e merecem atenção dedicada - e respeito.
As touradas são uma forma de humilhar, ferir e massacrar outro ser vivo.
Isso não tem de se misturar com qualquer outra situação, por relevante e especial que seja.
Nem é curial inferir-se uma generalidade de sentires ou opinares, por via disso.
a que (des)propósito se afirma "(...)a favor do aborto, porque isso é que é moderno e intelectual e culturalmente superior(...)"?!
Quando é que qualquer decisão de destruir uma vida é assim encarada? E por quem?
Porque é que se encara o outro (qualquer outro), como inferior e execrável, com tanta ligeireza?
Que injustiça...
E que debilidade argumentativa. Com isso, a questão de se ser pró ou contra as touradas ficou resolvida?
Por estas inflexibilidades e afastamentos é que a humanidade está neste ponto miserável.
Somos todos mais iguais do que alguns gostariam, mas cismamos em achar que apenas nós somos detentores da razão.
Eu apenas afirmo, com toda a veemência: ABOMINO VER OS ANIMAIS A SOFRER - magoa-me profundamente, enquanto ser que também sofre, tenho empatia com eles, sejam touros ou galinhas.
Para mim, é disso que se trata: como nos divertirmos com o sofrimento alheio?
Eu não consigo.
É 'só' isso.
Voltamos à história dos "anónimos". Não há volta a dar à coisa.
Insultar anónimos é de uma cobardia notável. É fácil chamar nomes a quem não tem cara. Mais difícil é andar de peito feito a quem nos possa fazer frente, (a nível legal, por exemplo).
Mas já se sabe que esta gente não gosta de encarar o boi de fente e prefere mandar bocas para o ar...
Olé!
Cara Margarida: lá deixei eu reabrir o debate. Fraquezas...
Ou é da minha vista ou o comentário de ALH é irónico, concordando com o de José Tomáz Mello Breyner.
Quanto a si, percebi a sua "angústia", quando escreveu "não tenho raiva dos que acham bem tourear, tenho pena. E nem vou explicar porquê". Fica claro que está dividida entre a rejeição "natural" das touradas, como alguém que defende os direitos dos animais, e a solidariedade ideológica, também "natural", com quantos defendem as touradas como ritual do património conservador nacional. Ou não será assim?
...só podia ser diplomata, senhor embaixador...
E é assim, sim.
Em Itália, já há quem queira acabar com as tradicionais corridas de cavalos ao estilo medieval. O pretexto é o mesmo e a forma de reclamar, também.
omapadomundo.blogspot.pt/2012/05/cavalos-so-passo.html
E as lutas nas arenas, entre homens e feras (bípedes e quadrúpedes), tão apreciadas pela plebe ululante e pelas elites esclarecidas?
Parece que acabaram com essa nobre tradição, em nome não sei de que 'valores'!
Um despautério; tradições assim, tão ricas a apreciadas, deveriam manter-se, sendo esses defensores de 'valores' atirados de imediato às feras!
As tradições devem manter-se todas. Sempre!
Abaixo os humanismos e as piedosas intenções!
Arenas até à morte - bem selvagem e sangrenta - !
E retome-se a escravatura, que 'tradição' mais formidável não deve haver!
Bem como a crença de que esses seres (chamemos-lhes assim, por caride cristã) não têm 'alma'.
E, já agora e a bem da misturada argumentativa de que tantos gostam, que seja abolido o direito ao voto! Comece-se pelas mulheres (essas impertinentes) e depois passe-se a todos - viva a ditadura dos iluminados!
Voltem as benditas 'tradições', caraças!
A tourada não pode ficar só!
Cara Margarida: eu, cá por mim, fico-me pelas "chegas de bois" da minha terra. Ver dois cornudos à liça é um espetáculo de truz, pode crer.
Misturar tourada, retoma da escravatura e fim dos direitos das mulheres. É obra!!!
Não deixa de ser bizarro - mesmo tendo em conta a habitual dose de disparate -, que se ponha "pretos" e "mulheres" ao nível dos bois...
Depois, digam que o que eu escrevi no meu comentário inicial não é verdadeiro...
Ainda estão nos touros? Lembro os versos da Sophia:
As pessoas sensíveis nao sao capazes de matar galinhas.
Mas as pessoas sensíveis são capazes de comer galinhas.
a) Feliciano da Mata, vegetariano
Escapa-se-lhe a ironia, 'catinga'?
Livra!
'Feliciano da Mata (vegetariano)', está coberto de razão.
É facto que quem não mata, desfruta.
Que seria da vida sem contradições?
Mas - atenção! - tortura, é outro capítulo.
E perversidade, emntão, uf!
Cara Margarida,
Tente escrever menos. A partir de 1500 palavras a ironia tende a perder-se por entre tanto discurso...
A concisão é um valor. Pratique-o.
Carissimo Senhor Embaixador,
Reabrir o debate à Margarida é um prazer partilhado e comprova o seu (e meu também)bom gosto:)!
Deixar (ou não) a arena aberta a qualquer rabedajor, picador, peão de brega e outros galifões, que por aqui passe, depende unicamente do “inteligente”* desta praça...
Abraço amigo
Para mim, Tourada, só a do Fernando Tordo.
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções.
* «O director de corrida é quem manda no espectáculo tauromáquico. É o representante do Estado através do IGAC, Inspecção-Geral das Actividades Culturais. Em Portugal, são 18 e rodam pelas mais diversas praças de touro do país. São profissionais da tourada na reforma: bandarilheiros, na sua maioria, matadores e forcados. O director de corrida é também conhecido como “o inteligente”. Diz a história secular que os “inteligentes” eram os toureiros fora de actividade mais evoluídos, numa sociedade analfabeta. Mas o nome técnico é director de corrida».
Os directores de corrida não ligam a quem se senta na bancada mas apenas à qualidade do espectáculo.
Para o director de corrida não há madames nem marçanos: é tudo a mesma coisa.
E quanto aos toureiros, as bandarilhas são ferradas com a mesma mestria, independentemente das lantejoulas e dos leques com que algumas se aperuem e lhes tentem chamar a atenção.
Touradas particulares, só para amigos, são coisas de outro tipo...
Olé!
tsss, tsss, tsss...
Prometo pensar no seu conselho, 'catinga'.
Talvez o Embaixador pudesse criar uma espécie de "duas ou três coisas deluxe", com acesso limitado às pessoas de fina estirpe e espírito superior. Sempre lhes poupava o cheiro do suor da populaça...
Olé!
Ora finalmente uma boa ideia!
Isso: um espaço deluxe, onde não apenas imperasse o perfume, mas sobretudo a boa educação.
Merci.
Isto está bonito, está!
Querem que comece com o tema "Acordo ortográfico" ou preferem "República-monarquia"? É à vontade do freguês...
Outra hipótese seria um "duas ou três coisas woman", reservado naturalmente, aos espíritos mais sensíveis de entre os espíritos sensíveis. Com reforço do isolamento sonoro para não se ouvir o entrechocar das chávenas de chá.
Olé!
(des)Accordo Ortográphico!
Cara Helena Oneto:
Na "Tourada" que publicou, faltou uma letra: um "s" em "esperas".
É que, embora menos do que nesse tempo, "só nos podem causar danos esperas"...
Os espíritos sensíveis (mesmo os mais sensíveizinhos de todos)não são exclusivo feminino, 'Olé!', nem as senhoras apreciam apenas chá ou requerem especiais condições sonoras para os seus encontros que, atrevo-me a aventar, são muito mais pluritemáticos e interessantes que os do género oposto.
Um deluxe é mais do que suficiente; e deixemos o anfitrião sossegar que ainda tem pesadelos com tanto intervencionismo (e ai! que se calhar já escrevi mais do que 1500 palavras e não tarda o censor, digo 'catinga', manifesta-se! Ui!)
É preciso chamar os cabrestos ou saem a bem?
Olé!
Carissimo Senhor Embaixador,
So falta um «s» ?! deveras? Estou cheia de sorte! “ss” ainda tenho en reserva. O que me faltam são acentos agudos, mais dificeis de encontrar, e ironia.
Quanto a danos e esperas, espero não ter, Senhor Embaixador, provocado (-lhe), em demasia.
Bien à vous!
Deixem-se de touradas e vao mas é à CORRIDA ! : )
Caro Feliciano o seu comentario me Mata : )
Nao sabia que também sofria do sindroma americano-espanhol Woody Allenesco...verifico no entanto que o seu aparece antes da Midnight...em Ronda ?
Un autre regard :
http://avenidadasaluquia34.blogspot.fr/2012/08/va-por-usted-senhor-presidente.html
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