Os critérios de arquivamento, quando o há, são diferentes, mas, em todas as embaixadas, existe o que, na linguagem vulgar da "carreira", se chama a pasta das "cartas dos doidos". É uma correspondência muito variada, quase sempre não dirigida nominalmente ao embaixador, muitas vezes escrita à mão, outras à máquina (antiga), ainda raramente (mas começa a aumentar) por via informática. Quase sempre assinadas, diferenciando-se, por aí, das regulares cartas anónimas (neste caso, umas prenhes de cobardia, outras temerosas de consequências), as "cartas dos doidos" tanto podem alertar para teorias conspirativas e catastróficas (os malefícios dos "poderes ocultos" são muito vulgares) como carrear ideias ou propostas bizarríssimas, geralmente "geniais" (algumas que, alegadamente, não progridem por via das tenebrosas conspirações que contra elas se convocaram), as quais, no entender dos subscritores, as embaixadas e os países que elas representam teriam toda a óbvia vantagem em "aproveitar". Algumas dessas cartas, chegado o fim da sua leitura, não se percebem de todo. Resta dizer que, normalmente, quem as assina não é português. Nos serviços que de mim dependeram, e salvo casos limite, houve sempre instruções para ser elaborada uma resposta amável, embora dissuasória de correspondência futura.
Depois de décadas desta vida, devo dizer que tenho pena de não ter colecionado alguns espécimens deste tipo de correspondência, em particular para tentar perceber melhor o que de apelativo se encontra numa representação diplomática para a tornar alvo preferencial deste género de iniciativas.
Ontem, recebi uma dessas cartas. Não divulgo o seu conteúdo porque, por menor que seja o crédito que ela nos mereça, temos de preservar respeito por quem a endereçou, com cuja eventual perturbação psicológica não temos o direito de brincar.
Ontem, recebi uma dessas cartas. Não divulgo o seu conteúdo porque, por menor que seja o crédito que ela nos mereça, temos de preservar respeito por quem a endereçou, com cuja eventual perturbação psicológica não temos o direito de brincar.
8 comentários:
Em Português moderno, chama-se a isto um "teaser".
Senhor Embaixador
O que é preocupante é que pessoas com esse tipo de doença possam estar sem o adequado tratamento.
Hoje é uma carta, amanhã é uma espera, daqui a meses uma tragédia.
Tudo é possível. Até eu, que não sou ninguém, recebo missivas de pessoas que admitem que eu possa fazer pedidos à família...
E isto quando é público que detesto a política e que jamais me serviria dela para obter o que quer que fosse.
Nunca, até hoje, assisti a uma posse, pisei num partido ou beneficiei de ter família na política. Bem pelo contrário. E tenho muito orgulho nisso!
Mais uma “pérola” do belo rosário diplomático, particularmente de um setor pouco conhecido, este de mensagens, muitas delas, e pior, como revela, oriundas de “anónimos”, aliás, “casaca” que detesto e, por isso, nos meus blogues ou comentários nos media, recuso sempre responder, particularmente pela falta de coragem e civismo dos seus autores. Admito, e aprecio, no caso mencionado, especialmente pela apontada “eventual perturbação psicológica” do seu autor, o conteúdo da mensagem não ser revelado. Casos como estes, infelizmente, abundam, mas, quando os conteúdos, ao desafiarem o bom senso e, até, a decência, o melhor é ignorá-los. Como disse, é pena que não tenha guardado uns extratos das tais “cartas dos doidos”. Abraço e continuação do bom trabalho. Gilberto
PS. Ó, “by the way”, continuo a apreciar não só o bom gosto das fotos que geralmente ilustram os seus blogues, mas mais intrigado fico pela, certamente, incansável busca da sua origem! Parece-me Martin Scorcese que, numa das vezes que o entrevistei me revelou a sua vasta coleção, e, como disse, “mania” em colecionar ´peça da mais variada música, aliás, bem demonstrada nos seus filmes.
Esse tipo de personagem é também habitual à porta das redacções...
E acabou por falecer, não foi?
"Com cuja eventual perturbação psicológica não temos o direito de brincar."In FSC
Aí está uma competência e habilidade em comunicação que deveria ser transversal pelo menos aos profissionais de saúde...Mas neste contexto é também uma atitude pedagógica benvinda bem ao gosto de Paulo Freire e de estudiosos da comunicação como Hélène Lazur e Jacques Chalifour.
Também há aqueles que se sentem com a maior (absoluta até) integridade psíquica, e fazem disso o maior alarde… Vê-se tanto no tempo que corre… Temos que ter um cuidadinho, o que leva a recorrer muito “ao princípio” para não ficar baralhado…
Porquê é que os Doidos, é conectado a distúrbios mentais e que precisam de psiquiatria, medicação, os Doidos.
Então vamos a um assunto que muitos daqui, tem um apreço muito maior, que é o eleito da Monarquia por vós, nesta introdução que vou abordar vamos ver quem são realmente os Doidos !!
Portugal veio de Limburg da Alemanha, os Reis Portugueses tem ADN Rb1 U152 até João VI
Rudolph IV. Comitis de Habsburg huju nominis I. Romanorum Imperatoris resge/iae, conjuges, & liberi. Ry£'. I. Romanorum Imperator primam lucem afpexit A. 1218. Calendis Maii, & quidem in gentilitio fuo Caftro Limburg , quod in Brisgoia fitum
(a) Nonnulli exclufo verne a o Iv. filium var ws r 1 III. fáciunt AL B E RtvM II. nos in hoc Murenfia aéta, aliosque plures fecuti fumus.
Os Reis de Portugal de Pedro V a Manuel II tem ADN Rb1 U106 Z305+
A casa de bourbon e orléans, Sr. Duarte Pio, sem Bragança, Sr. Miguel de Bourbon, Carlos VI de Espanha, Philippe V de Bourbon, Jacques de Bourbon, que vem da Turquia é caucasiano, tem ADN R-Z381*
existem documentos probatórios, relativo a isto tudo, de genética e em latim como isto que deixo para as pessoas ditas normais refletirem da Doideira que tem pelo seu eleito que tem como origem de Sangue do Sultão Solimanus como seu antepassado e podem reparar Suceffum é sucessor, Nativita é nascimento e Patrem é pai. A mãe de Jacques de Bourbon é Marie de Luxemburg de Vendome e Bourbon.
HISTORIÆ ECCLESIASTICÆLIBER CXXVIII. wiarraadio vadovavovaADRIANUS VI PAPA., CAROLUS V. OCCIDENTIS IMPERATOR
S. XV. Solimanus ob finiftrum asaltus fruce cellum in rabiem a&us. Jac Bolius Solimanus ob adversum hujus expedi & feq. tionis fucceffum spe in rabiem versa, Jacques de tam impotenti ira commovebatur, ut Borbon.l.cit. parum abfuerit, quin furore ac indignatione abreptus ipsum Mustapham Sororium fuum hujus belli auctorem neciSæeal.XVI. addixiffet. Referunt Scriptorum non- A.C.1522.
S. XXIV. Magnus Magister in fuo Palatio a Turcarum Imperatore in . Salutatus. Fac. de Riduo post, nimirum in ipfo Nativita Bourbon. D tis Christi Salvatoris fefto vigefima hin. du Siege de Rhodas quinta veces quinta Decembris die Solimanus urp. 682. bem, quam recens fuo imperio subjecerat, poflidendam ingreffus eft, ipfumque Magistrum, qui suum adhuc palatium incoluerat, invisit, multisque honorum significationibus cumulatum etiam Patrem fuum appellavit
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