Os Estados Unidos são um país que não para de surpreender.
Depois da relativa desilusão que havia sido a sua prestação nos jogos olímpicos de Pequim, a América desportiva renasce, mais forte do que nunca, nas jornadas londrinas que ontem se encerraram, com a Europa num lugar secundário.
Depois da relativa desilusão que havia sido a sua prestação nos jogos olímpicos de Pequim, a América desportiva renasce, mais forte do que nunca, nas jornadas londrinas que ontem se encerraram, com a Europa num lugar secundário.
Mas há surpresas de outra natureza que também surgem do outro lado do Atlântico. Quando todos presumiam que o candidato presidencial republicano, Mitt Romney, ia "compensar" a sua imagem de conservadorismo com um companheiro de "ticket" que pudesse abrir caminho ao voto do centro, eis que surge nesse lugar uma figura de uma direita que está próxima do Tea Party, o que pode ser uma inesperada boa notícia para a recandidatura de Barack Obama. Será que o efeito de um candidato de um modelo ideológico tipo Sarah Palin vai beneficiar o atual presidente? Ou será que, em caso de vitória de Romney, poderemos ter uma reedição de uma "escola" de vice-presidentes como Spiro Agnew ou Dan Quayle? Ou será que somos nós, para quem o desfecho do que se passar em Washington não é nada indiferente, quem está a ler a realidade americana à maneira europeia?
19 comentários:
Senhor Embaixador, a sua interrogativa indirecta, no final do post, tem a resposta no título que voluntária ou inconscientemente escolheu: "América, América". Foneticamente funciona como uma onomatopeia, que fica registada nas nossas sensações vestibulares (gravidade). Diga em voz alta e verá que se sente em segurança...
O Senhor vira na abertura dos jogos olimpicos aqui no Brasil? Venha!
com amizade MOnica
Caro Anónimo das 16.43: eu apenas me limitei a citar o título do Elia Kazan, autor que chegou a ter algumas ideias com que certas pessoas que referi no post (se acaso o conhecerem) devem concordar...
Cara Mônica: bem gostava! Ao olhar ontem o espetáculo de Londres, estava a pensar que o Rio vai dar um "baile" de alegria, samba e povo aos Jogos olímpicos. Boa sorte!
Obama ganha de novo e V.Exa. vai ao Rio, pois claro.
Cara Margarida: não vou ao Rio, não! Quanto a Obama, a América que decida. Nós, na Europa, só apanhamos as canas...
Atenção ao aforismo: "Não digas 'daquela água não beberei'..."
...sem antes terem ardido muitos hectares!
Sombrios,estes post`s...
C.C.
Cara Margarida: o Brasil foi um belo capítulo da minha vida, que se fechou em 2008. Como a França se fechará ao final do primeiro mês de 2013. É da ordem natural das coisas. Como costumo dizer: é tudo tão simples...
Pois é.... mas o Tea Party não é para brincadeiras. Mas.... eu não sei.
Senhor Embaixador
Este seu post é bem sério. Não aprecio Obama, talvez porque fizesse dele o que o homem não é.
Mas a notícia que hoje refere, preocupa-me bastante.
Sou muitíssimo mais portuguesa que europeia, mas começo a pensar que entre os dois venha o diabo e escolha.
Triste época esta!É o tempo dos emergentes...
Irresistível fazer notar, minha querida Milady, que tendemos a fazer dos homens aquilo que eles não são. Em absoluto.
Pior: tendemos a permitir que essa tendência se perpetue.
Quanto ao epíteto de 'emergentes', todos o foram, no iniciozinho.
Excelência, é por causa dessa singeleza que gosto tanto de si.
O que se deve divertir com tanta 'renda de Bilros'...
;)
Politicamente nao é altura ideal para os conservadores chegarem ao Poder . Mr Barack Obama manterá a Presidencia mas os conservadores ficarao com o dinheiro que deveria governar essa grandiosa Nacao .
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada
Senhor Embaixador, "Há lodo no Cais" é um dos meus filmes preferidos. Infelizmente Elia Kazan fez (ele mesmo) papéis muito reles. Dizem que com "A Obsessão" Visconti introduziu o neo-realisno. Tenho para mim que o papel de Marlon Brando é mais completo do que o do Gino... embora Visconti seja mesmo o realizador da minha vida! Em tempos tão sérios, faz-nos bem estas tertúlias. Obrigado.
Ai! Margarida sou uma crente na bondade dos homens...talvez por ter dado à luz dois!
O problema é que as mulheres também emergiram e são, por norma, mais eficazes.
Neste caso concreto, ainda hoje tenho pena que não tenha sido a Hillary a escolhida.
Caro Embaixador, por razões que não vêm ao caso, acompanhei em dada altura o percurso político de Ryan (não confundir com a "Filha de Ryan"...). Sem ter opinião definitiva, diria que é um sujeito pragmático e ágil. É, aliás, um homem de origens modestas. A sua proximidade do Tea Party não é linear e o seu "conservadorismo" parece, na melhor das hipóteses, tático. Não quero com isto fazer propaganda a favor do Ryan, mas apenas avisar que ainda pode surpreender. Mas numa coisa estou certamente de acordo com o Embaixador: os europeus sofrem sempre de uma compreensão muito distorcida das realidades políticas norte-americanas.
Oh, vai recomeçar a feira popular(com excertos da de Lisboa) ,aliás emergindo ciclicamente para distrair as fomes e renovar a esperança e dos teatrinhos e circos repetidos e mais do mesmo emergem atores com habilidades em discursos de circulares a espirais todos convergindo para despudores...
Desejo-lhes(ao povo claro) um trovão de insights com o ressurgir de uma virgem mais operante(aliás desaparecida há ..., a não ser agora no tim tim no tibete), não configurei ainda o terceiro pastorinho mas não ficava mal asiático para perfazer diversidade...
Pelo que li até agora, não me parece que o homem do "Tea Party" seja o tolinho que Palin era.
Embora Obama tenha sido para mim, de certo modo, uma desilusão (mesmo tendo em conta as especificidades da política norte-americana), espero que seja reeleito. Mas a escolha de Ryan, pode complicar a escolha nalguns Estados.
Enviar um comentário