sábado, outubro 16, 2010

Arras

Ontem, dei por muito bem empregue o longo tempo de viagem de automóvel, para uma deslocação de um dia completo a Arras, para contactar as autoridades locais, para falar de Portugal a cerca de 400 estudantes da Université d'Artois e para estar presente na inauguração da "Saison Portugaise", no "Le Quai de la Batterie".

No primeiro caso, foi muito interessante poder discutir, com uma audiência madura, a posição de Portugal perante as grandes questões internacionais, mas igualmente o futuro das línguas portuguesa e francesa à escala global, para além de um conjunto vasto de outros temas. Uma hora de palestra e outra de debate confirmaram-me a crescente curiosidade em torno da imagem de Portugal que se regista aqui em França.

Depois, foi revigorante ver como um atelier como "Le Quai de la Batterie", com o apoio da "Mairie" local, conseguiu trazer a Arras quatro excelente criadores artísticos da contemporaneidade portuguesa: Francisco Tropa, Maria Loura Estêvão, Isabel Baraona e Joana Travisco. Trata-se apenas da primeira parte de um extenso programa que se prolongará por 2011, no qual a cultura portuguesa será abordada em muitas dimensões - artes plásticas, fotografia, teatro, literatura, música, cinema, etc.

Portugal deve estar reconhecido a quem, no estrangeiro, se interessa pela sua cultura e se organiza de forma a, generosamente, a dar a conhecer. Foi essa uma das mensagens que deixei em Arras.

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada
Basicamente por ter agradecido em nosso nome também e fazer a extensão de Portugal fora de portas.
claro que é reconfortante saber que há continuidade da difusão cultural no papel determinante dos embaixadores informais.
Isabel seixas

Helena Oneto disse...

Todas as iniciativas em prol da difusão da nossa cultura são de louvar!

Aproveito para relembrar que hoje, às 17h30, Antonio de Sousa Dias vai falar da influência de Zeca Afonso na música portuguesa e às 19h00 Francisco Fanhais canta-nos Abril no Espace Renaudie em Aubervilliers (métro: Fort d'Aubervilliers)

Ai Europa!

E se a Europa conseguisse deixar de ser um anão político e desse asas ao gigante económico que é?