Tem imensa piada constatar alguma indignação tuga em face da assumida agressividade americana contra a Europa. A maioria dessa gente acha que a Europa deve assumir-se como potência, autonomizar-se e garantir uma defesa autónoma, para não continuar a depender dos EUA. Mas, espera aí! Isso significa militarizar a Europa? Ah! Não, isso não! Pois...
segunda-feira, dezembro 08, 2025
domingo, dezembro 07, 2025
Europa
A União Europeia não é uma pátria, é uma agregação de Estados que entenderam que colaborar em conjunto em áreas que têm em comum constitui um valor acrescentado para os seus cidadãos. A minha pátria é Portugal, a Europa comunitária é uma opção de vida: livre e racional.
sábado, dezembro 06, 2025
A Europa de que eles gostam
Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá.
A ninguém é mais apropriado responder com a clássica frase: "Mind your own business!"
Que suerte!
Ao ler a "sorte" reservada à América Latina na nova Estratégia de Segurança dos EUA, lembrei aquilo que um dia foi dito ser o eterno destino do México: "Tan lejos de Dios y tan cerca de Estados Unidos" (frase que julgava ser de Porfirio Díaz, mas que afinal é de um tal Naranjo).
sexta-feira, dezembro 05, 2025
Não há pachorra!
- (silêncio meu, comentários vários da "plateia").
- E nas aldeias?! Há cada vez mais casas assaltadas! Mas ninguém fala disso!
- (silêncio meu. Ouviu-se um "pois é").
- Isto está cada vez pior, não sei onde vamos parar.
Pausa
- E anda por aí a morrer gente de forma muito estranha. Mas ninguém quer falar, claro! É que já sabem o que lhes acontecia se falassem! Essa é que é essa! Quer mais um café? Não? Quer fatura?
- Quero!
O que há de novo na Estratégia de Segurança Nacional dos EUA 2025 (ChatGPT)
O que há de novo na Estratégia de Segurança Nacional 2025 (Perplexity)
A Rússia e a nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA
Pedi ao Claude (IA com influência forte da Amazon e da Google) para analisar as principais consequências para as relações entre os EUA e Rússia da nova Estratégia de Segurança Nacional americana
O documento da Casa Branca estabelece uma mudança significativa na postura americana em relação à Rússia, com implicações profundas para o relacionamento bilateral:
1. Prioridade à Estabilidade Estratégica
A estratégia identifica como interesse central dos EUA “reestabelecer condições de estabilidade estratégica com a Rússia” e “gerenciar relações europeias com a Rússia”, reconhecendo que muitos europeus veem a Rússia como ameaça existencial, mas que Europa possui vantagem militar significativa exceto em armas nucleares.
2. Resolução Rápida da Guerra na Ucrânia
O documento declara ser “interesse central dos EUA negociar uma cessação expedita das hostilidades na Ucrânia” para estabilizar economias europeias, prevenir escalada não intencional e permitir reconstrução ucraniana. Isso sinaliza disposição americana para negociação pragmática com Moscou, priorizando fim do conflito sobre objetivos maximalistas.
3. Reconhecimento das Dependências Europeias
A estratégia nota que a guerra teve “efeito perverso de aumentar dependências externas da Europa”, citando especificamente empresas químicas alemãs construindo plantas na China usando gás russo. Isso sugere compreensão americana de que isolamento total da Rússia prejudica aliados europeus.
4. Redução da Ênfase no Confronto
Diferentemente de estratégias anteriores, o documento não classifica explicitamente a Rússia como ameaça prioritária ou adversário principal. A seção europeia foca mais em questões internas europeias (migração, identidade, economia) do que em contenção russa.
5. Fim da Expansão da OTAN
A estratégia estabelece objetivo de “acabar com a percepção, e prevenir a realidade, da OTAN como aliança perpetuamente em expansão” - sinal direto a Moscou sobre preocupações russas históricas quanto ao alargamento da aliança atlântica.
6. Abordagem Pragmática versus Ideológica
O documento critica políticas anteriores que tentaram impor “mudança democrática ou social” em outros países, adotando “realismo flexível” que busca “boas relações e relações comerciais pacíficas com nações do mundo sem impor-lhes mudanças” - postura que pode facilitar diálogo com Moscou.
7. Foco no Equilíbrio de Poder
A estratégia enfatiza manter “equilíbrios globais e regionais de poder para prevenir emergência de adversários dominantes”, mas esclarece que isso “não significa gastar sangue e tesouro para conter influência de todas as grandes potências mundiais” - sugerindo tolerância maior à esfera de influência russa.
8. Declínio da Centralidade Europeia
Ao priorizar Hemisfério Ocidental e Indo-Pacífico sobre Europa, a estratégia implicitamente reduz importância estratégica das tensões EUA-Rússia no contexto europeu, potencialmente criando espaço para acomodação.
9. Crítica à Postura Europeia
O documento critica “expectativas irrealistas” de europeus sobre a guerra e governos que “subvertem processos democráticos para suprimir oposição”, sinalizando desalinhamento com abordagem mais confrontacional de capitais europeias em relação a Moscou.
Síntese: A estratégia marca pivô de confrontação prolongada para busca de estabilidade estratégica com Rússia, priorizando término negociado da guerra na Ucrânia e normalização pragmática das relações, mesmo que isso contrarie preferências de aliados europeus. Representa abandono do objetivo de “derrotar” ou isolar permanentemente a Rússia em favor de coexistência gerenciada que permita aos EUA focarem em prioridades asiáticas e hemisféricas.
A China e a nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA
A Europa e a Nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA
As opções da Ucrânia
quinta-feira, dezembro 04, 2025
O meu primeiro livro
Mas, com toda a segurança, este foi o "meu" primeiro livro, o primeiro que comprei numa livraria. Andei a namorá-lo, por uns dias, na discreta montra do Libório, temendo que alguém o adquirisse. Que idade teria? O livro data de 1960, pelo que eu deveria ter uns treze ou catorze anos. Lembro-me de que o volume, cartonado, não foi barato. Tive a coragem de pedir dinheiro ao meu pai para o comprar. E, conhecendo o seu cuidado com os gastos (e isto é um eufemismo), ainda hoje me surpreende ter tido luz verde para a aquisição.
Hoje, ao olhar esta "Petite Encyclopédie Geographique", interrogo-me sobre a influência que este livro, que tem algumas páginas sublinhadas e notas manuscritas, terá tido sobre o meu futuro. É que o destino, por vezes, acaba por caber num livro.
Qual é a pressa?
O tal cair da folha
quarta-feira, dezembro 03, 2025
Monarquias ibéricas
Pode ver clicando aqui.
terça-feira, dezembro 02, 2025
Laura
segunda-feira, dezembro 01, 2025
E Gaza, lembram-se?
Não quero ser desmancha-prazeres, mas gostava de lembrar o sofrimento que os palestinos, em Gaza e na Cisjordânia, continuam a ter.
domingo, novembro 30, 2025
Ver antes
António Mota (1954-2025)
Hélder Macedo. 90 anos
Partilhamos um saudável ceticismo perante as verdades empacotadas, o pensamento preguiçoso e as certezas de almanaque, com uma dose teimosa de ironia afetiva sobre Portugal – o país a que regressamos sempre, mesmo à distância. Discutimos a democracia, o poder, as tensões do momento, a dificuldade de vislumbrar rumo no ruído global. Concordámos que Portugal continua a fazer as pazes consigo próprio através do esquecimento. Entre nós, houve sempre uma recusa partilhada: a do conformismo. Lembro-me que, nessas primeiras conversas em Londres, estavam às vezes o Rui Knopfli, o Eugénio Lisboa e, quase sempre, o Bartolomeu Cid dos Santos. Todos já se foram, como partiram o sorriso e a graça da Suzete. Mas nós vamos andando.
Há poucas semanas, no Britania, aqui em Lisboa, estivemos quatro horas sentados. Com chá, e creio que com scones, fizemos o nosso balanço irónico sobre o estado das coisas na pátria. Não saímos demasiado otimistas, e isto é um "understatement". O Hélder mantém uma lucidez única, um humor notável, uma curiosidade que não cede ao tempo. A memória dele é uma biblioteca onde nada foi arquivado por conveniência.
Hoje, no dia dos seus 90 anos, deixo-lhe um abraço muito forte. A nossa conversa não se esgota, caro Hélder.
sábado, novembro 29, 2025
A minha rotina
sexta-feira, novembro 28, 2025
Ora bem!
À escolha do freguês
Ucrânia
Ver aqui.
quinta-feira, novembro 27, 2025
Porquê?
Valerá a pena perceber a razão pela qual a nossa comunicação social se "acanha" em perguntar aos líderes da empresas que necessitam de imigrantes se estão de acordo com o discurso de certos partidos que diabolizam a imigração, a começar pelos que estão no governo.
Será?
Dizem que o golpe de Estado na Guiné-Bissau pode não ter passado de um "faz-de-conta", talvez em conluio com o presidente. Com as eleições a apontarem para a vitória de um opositor, as forças armadas saíram a terreiro para evitar a mudança de orientação política. Será mesmo assim?
quarta-feira, novembro 26, 2025
"Países estrangeiros"
O país habituou-se, desde há muito, a admirar o excelente poeta que é Luís Filipe Castro Mendes. Prestigiado e premiado, o poeta assegurou um justo reconhecimento nacional. Contudo, a sua escrita em prosa, se bem que já antes publicada, era menos conhecida. Com o surgimento como colunista regular no "Diário de Notícias", muitos acordaram para o excelente prosador que ele também é. Dessas crónicas, saiu já há tempos uma recolha. Agora, pela mão da Guerra & Paz, foi lançado um conjunto de textos memorialísticos de extrema qualidade, creio que todos ou quase todos inéditos. São apontamentos, muitas vezes datados, de episódios ocorridos em tempos evocados pelo autor, bem como reflexões suscitadas por ocasiões que atravessou. Diplomata desde há meio século, hoje jubilado da carreira mas vivendo com júbilo o sereno conforto da família e das amizades, Luís Castro Mendes nunca deixou de ser um político "engajado" (detesto a palavra, mas dá-me jeito), menos no rotineiro alinhamento partidário, bastante mais nas ideias e valores que decantou de uma vida bem vivida, com forte pegada cívica. Isso ressalta deste "Países estrangeiros - memórias e viagens", que quiçá recuperará o clássico dito de L. P. Hartley (de quem nunca li mais do que a frase, confesso), segundo o qual “o passado é um país estrangeiro: lá faziam-se as coisas de forma diferente”. O livro do Luís - que ainda não são as memórias que estão em débito - foi uma prenda antecipada de Natal para os amigos. Faça como ele: ofereça este livro aos seus próximos, no tempo que aí vem. E compre outro para si, claro. Afinal, como o outro diz, a generosidade começa em casa...
terça-feira, novembro 25, 2025
segunda-feira, novembro 24, 2025
It was Ukraine
Era a Ucrânia
domingo, novembro 23, 2025
Kerry
Eu já nem me zango ...
sábado, novembro 22, 2025
Tresler
Um tweet tem um máximo de 280 carateres. Às vezes, é dificil, nesse espaço limitado, colocar as coisas de uma forma clara, sem ambiguidade. Escrevi um texto sobre as condições colocadas à Ucrânia no documento americano. A forma como o disse suscitou, no campo dos defensores da causa ucraniana, reações fortíssimas. Confesso que esse é para o lado para o qual durmo melhor. Mas decidi perguntar à Inteligência Artificial o que pensava. E, sem surpresas, ela foi inteligente...
Ukraine: notes as brief as possible
A aventura CNN Portugal
Ontem, em Alcobaça, estive na grande festa que foi o 4° aniversário da CNN Portugal. Desta vez, fui em representação de uma das empresas que "sponsorizavam" o evento, mas devo confessar que tive um imenso gosto em reencontrar por ali muita gente com quem partilhei, em novembro de 2021, o privilégio de integrar, como comentador internacional, o grupo inicial de colaboradores do novo canal.
sexta-feira, novembro 21, 2025
A tragédia da História
A Ucrânia vai provavelmente ter de aceitar um acordo altamente desfavorável, pelo facto de, em 2022, não ter querido aceitar um compromisso menos gravoso, que lhe teria evitado a perda de centenas de milhares de pessoas e a destruição de parte do país. A História não se adivinha.
Ucrânia. Notas tão breves quanto possível
No essencial, o plano que agora terá sido apresentado pelos Estados Unidos para a Ucrânia não se afasta daquela que, desde o início, se suspeitava que era a filosofia da nova administração americana para a região: forçar os ucranianos a cederem parte do seu território, que ficaria sob administração russa, fosse isso num modelo de reconhecimento efetivo de soberania, fosse numa fórmula de "lease". De ambas as hipóteses já se tinha falado.
É agora a última fórmula aquela de que se fala. Nela, a Rússia obteria uma ocupação "de facto", podendo internamente dizer que as novas repúblicas eram suas, à luz da sua própria Constituição. A Ucrânia de Kiev (chamemos-lhe assim) manter-se-ia como titular de uma soberania "de jure", que nada indica que alguma vez pudesse vir a recuperar no futuro. O mundo, a começar pelos EUA, continuariam a reconhecer as fronteiras ucranianas de 1991, nos termos do direito internacional, mas aceitariam a ocupação russa nessa parte do território. Seria um "faz-de-conta" destinado a suspender o conflito.
Sob o ponto de vista da futura soberania limitada da Ucrânia, amputada de uma parte significativa de território, o plano prevê a não entrada para a NATO (que sempre se soube ser algo que Washington não queria), a ficar inscrita na Constituição ucraniana (talvez no modelo austríaco, a relembrar 1945) e a limitação quantitativa e qualitativa das futuras forças armadas de Kiev, nomeadamente a proibição de posse de mísseis de longo alcance.
Essas restrições neutralizantes configurariam o fim do sonho da Ucrânia de Kiev de se constituir como um país poderoso, em termos militares. Esse sonho, aliás, não era apenas ucraniano: a Europa que está a seu ocidente contava poder ter a Ucrânia a funcionar como uma frente da sua própria defesa.
Verdade seja que quer a Europa quer a Ucrânia foram, no passado, levadas a alimentar esta ilusão pelos próprios EUA, que foram quem sugeriu a vocação da Ucrânia (e da Geórgia) para ser futuro membro da NATO. O facto de poder ficar no acordo uma previsão de que a NATO não se alargará mais a Leste representaria uma imensa vitória russa. A Geórgia ficaria fora da NATO. E a Moldova? Moscovo não obteria no plano o desejado "reset", mas conseguiria o congelamento de futuros alargamentos. Obteria também um retomar dos tratados de controlo de armamento (embora falte ali muita coisa importante).
Um dos aspetos pouco claros deste plano é a questão das garantias de segurança para a Ucrânia. Não haverá tropas ocidentais no seu território e, aparentemente, não haverá "no fly zone". Como se processará a monitorização da colocação das tropas, para ambos os lados da futura "buffer zone", é ainda uma dúvida. Haverá uma espécie de Artigo 5° oferecido pelos EUA, com a responsabilidade operacional a cargo dos europeus?
Medidas como o regresso da Rússia ao G8 ou o levantamento de sanções que não dependem de Washington só podem ser implementadas depois de uma mudança da atitude dos aliados dos EUA. Esta está longe de adquirida. Do mesmo modo, é no mínimo estranho que o acordo se imiscua na questão da relação da Ucrânia com a União Europeia. E as medidas do TPI face a Putin? Caem com uma espécie de "amnistia"?
Há no plano uma dimensão de negócios, muito interessante para os EUA, que faz parte do complexo pacote com que Washington quer pôr termo ao conflito. Quer na exploração do Ártico quer nas modalidades em que a Rússia pode mobilizar parte significativa dos fundos que estavam arrestados no estrangeiro, as vantagens para os EUA estão bem presentes.
Resta saber ainda o que a Rússia "dará" aos EUA em termos de oportunidades económicas no Donbass, que se somarão às concessões ucranianas já há meses acordadas. A Ucrânia ficaria, assim, de certo modo, sob uma tutela americana. O facto de para ali se preverem eleições no prazo de 100 dias, com o regresso da língua russa e a proibição de "ideologia nazi", poderia significar que estaria próximo o fim político de Zelensky. Os fumos recentes de corrupção não devem tê-lo ajudado.
quinta-feira, novembro 20, 2025
Que bela festa, Manel!
Se é assim, não!
Tem imensa piada constatar alguma indignação tuga em face da assumida agressividade americana contra a Europa. A maioria dessa gente acha qu...


































