domingo, março 24, 2019

MAYXIT


6 comentários:

Anónimo disse...


Cá para mim, se fosse coisa boa e leve, não iriam buscar uma mulher para carregar a dita coisa ?!
bom domingo !

Anónimo disse...

O manter, ou não, Teresa May como PM do Reino Unido dependerá, e só, do jogo político entre os Deputados (MPs) no Parlamento do RU.
Estes, os Deputados no Parlamento no RU, por sua vez dependem, e só, dos resultados eleitorais nos seu círculos eleitorais. Se T. May se mantem, ou não, como PM é consequência de uma claramente democrática estreita e precisa linha de controlo eleitoral ... pelos eleitores.

Em Portugal há quem tenha dificuldade em perceber como decorre o sistema democrático no RU.
Habituados por cá, constitucionalmente, a um sistema debilmente democrático em que um deputados não é o vencedor e, justificadamente, o digno representante do eleitorado no seu respectivo círculo eleitoral.
Deputados que deverão depender, vir a ser avaliados e consequentemente re-eleitos, ou não, pelos seus eleitores ...

Teresa May está portanto a ser avaliada, e será avaliada, por deputados que não dependem dela para serem Deputados no Parlamento do RU.

Heitor Araujo disse...

A acontecer, seria de aproveitar para darem a David Cameron a oportunidade de resolver o imbróglio em que ele meteu o Reino Unido...

Luís Lavoura disse...

darem a David Cameron a oportunidade de resolver o imbróglio em que ele meteu o Reino Unido

Cameron não meteu o Reino Unido neste imbróglio. Quem meteu foram os britânicos que votaram a favor do Brexit, e aqueles políticos e jornalistas que fizeram campanha a favor do Brexit. Cameron não se encontra entre eles.

Jaime Santos disse...

Tudo mais é incerto, mas que os dias de May enquanto PM estão contados, isso estão... Ou aprova o seu Brexit e sai para dar lugar a quem conduzirá as negociações futuras, provavelmente Johnson, ou não o aprova e provavelmente teremos uma extensão longa da permanência do RU na UE e isso os eurocéticos não lhe perdoarão.

O bom senso do UE na semana passada (com Costa a puxar pela causa da paciência com os bifes, pelos vistos e muito bem) parece ter afastado a possibilidade de uma saída sem acordo, mas mesmo disso não tenho tanto a certeza. A húbris dos deputados dos Comuns, incluindo os Remainers, pode mesmo conduzir a tal cenário, para grande gáudio dos Brexiteers.

Nessa situação, May teria mais algum tempo de vida, porque ninguém quereria ficar com o ónus de gerir tal trapalhada (nem ela, acho eu, mas não teria alternativa)...

Cameron foi suficientemente estúpido para não perceber que nunca deveria ter prometido convocar um referendo dada a crise e austeridade recentes e muito menos antecipá-lo. Mas, de facto, se houve um grande responsável pela derrota do Remain, foi o 'desaparecido em combate' Corbyn que participou em 10 (!) ações de campanha a favor da permanência.

Dúplice como sempre, fez campanha com completa reserva mental, já que é um eurocético (posição perfeitamente respeitável por si, note-se) mas estava obrigado a respeitar a posição do Partido. Agora, após anos de 'ambiguidade construtiva' tem que decidir o que quer, mas qualquer que seja a atitude que vai tomar, o mais certo é dividir o Partido.

Desengane-se quem pensa que os Tories são o Partido mais dividido pela Europa. As suas divisões são eternas (e algo folclóricas) e quando for preciso arregimentar para ganhar as próximas eleições, entra tudo na linha.

A boa notícia é que Corbyn provavelmente nunca será PM. A má será que Johnson provavelmente o será e que o after-Corbyn poderá implicar um longo e penoso período de reconstrução do Labour na oposição, até que um novo Blair apareça. Daqui a uns 15 anos...

Entretanto, os Tories terão transformado o RU numa Singapura 'on the Thames' e a população britânica nem sequer terá a proteção da normas ambientais e de trabalho europeias.

E os Lexiteers mostrarão mais uma vez o quão asnos foram ao apoiar uma saída do RU da UE pela direita. Como é costume desta Esquerda burra, acabam sempre, no seu ódio ao Liberalismo, a fazer de idiotas úteis da Direita mais reacionária...

Anónimo disse...


Hoje o Parlamento em Westminster parecia um Conclave em Roma.
A primeira votação quando não existe nenhum candidato eminentemente "papabile". Oito moções e por fim, fumo preto.

Mas, analogamente, pelo menos começam as eminências não eleigíveis a surgir. Já quatro ou cinco moções sem hipóteses (400 nãos !!!), mas nunca se sabe.
Um Conclave demorado. "Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papa", perdão habemus Brexit só lá para 12 ou 22 de Maio, Sra May?.
Bem tentou T. May, mandatada pelo seu partido, fazer um "Brexit" somente em nome....

Agora sim, começou o definir "qual Brexit" por quem tem representação para tal discutir no RU.
Entretanto Juncker e Tusk simplesmente vão desaparecer do mapa.

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...